Ofício das Leituras de 18 de Dezembro


V. Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

Oh vinde depressa,
do seio da virgem,
Beleza dos céus!
O mundo admire:
um tal nascimento
é digno de Deus.

Não germe de homem,
mas sopro divino
no seio o gerou.
O verbo de Deus
se fez nossa carne,
o ventre deu flor.

A vida já cresce
no seio da Virgem
que guarda a pureza.
Deus mora em seu templo
e brilha a virtude
em toda a grandeza.

Que venha o herói
que é homem e é Deus,
do quarto nupcial,
correr glorioso
seu nobre caminho,
a trilha real.

Igual a Deus Pai,
reveste dos homens
a carne, a fraqueza,
e, desta maneira,
nos dá a virtude,
de Deus fortaleza.

Já brilha o presépio,
e um novo esplendor
a noite nos traz.
Que fujam as trevas,
a fé resplandeça
e reine a paz.

A vós, Rei piedoso,
e ao Pai que nos ama,
a glória convém.
Com vosso Espírito
reinais sobre o mundo
nos séculos. Amém. 

Salmodia

Ant. 1 Vem a nós o nosso Deus e nos fala abertamente.

Salmo 49(50)

O culto que agrada a Deus

Eu não vim abolir a Lei, mas dar-lhe pleno cumprimento (cf. Mt 5,17).

I

1 Falou o Senhor Deus, chamou a terra, *
do sol nascente ao sol poente a convocou.
2 De Sião, beleza plena, Deus refulge, *
3 vem a nós o nosso Deus e não se cala.

– À sua frente vem um fogo abrasador, *
ao seu redor, a tempestade violenta.
4 Ele convoca céu e terra ao julgamento, *
para fazer o julgamento do seu povo:

5 “Reuni à minha frente os meus eleitos, *
que selaram a Aliança em sacrifícios!”
6 Testemunha o próprio céu seu julgamento, *
porque Deus mesmo é juiz e vai julgar.

Ant. Vem a nós o nosso Deus e nos fala abertamente.

Ant. 2 Oferece ao Senhor um sacricio de louvor!

II

=7 “Escuta, ó meu povo, eu vou falar; †
ouve, Israel, eu testemunho contra ti: *
Eu, o Senhor, somente eu, sou o teu Deus!

8 Eu não venho censurar teus sacrifícios, *
pois sempre estão perante mim teus holocaustos;
9 não preciso dos novilhos de tua casa *
nem dos carneiros que estão nos teus rebanhos.

10 Porque as feras da floresta me pertencem *
e os animais que estão nos montes aos milhares.
11 Conheço os pássaros que voam pelos céus *
e os seres vivos que se movem pelos campos.

12 Não te diria, se com fome eu estivesse, *
porque é meu o universo e todo ser.
13 Porventura comerei carne de touros? *
Beberei, acaso, o sangue de carneiros?

14 Imola a Deus um sacrifício de louvor *
e cumpre os votos que fizeste ao Altíssimo.
15 Invoca-me no dia da angústia, *
e então te livrarei e hás de louvar-me”.

Ant. Oferece ao Senhor um sacricio de louvor!

Ant. 3 Eu não quero oferenda e sacricio;
quero o amor e a ciência do Senhor!

III

=16 Mas ao ímpio é assim que Deus pergunta: †
“Como ousas repetir os meus preceitos *
e trazer minha Aliança em tua boca?

17 Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos *
e deste as costas às palavras dos meus lábios!
18 Quando vias um ladrão, tu o seguias *
e te juntavas ao convívio dos adúlteros.

19 Tua boca se abriu para a maldade *
e tua língua maquinava a falsidade.
20 Assentado, difamavas teu irmão, *
e ao filho de tua mãe injuriavas.

21 Diante disso que fizeste, eu calarei? *
Acaso pensas que eu sou igual a ti?
– É disso que te acuso e repreendo *
e manifesto essas coisas aos teus olhos.

=22 Entendei isto, todos vós que esqueceis Deus, †
para que eu não arrebate a vossa vida, *
sem que haja mais ninguém para salvar-vos!

23 Quem me oferece um sacrifício de louvor, *
este sim é que me honra de verdade.
– A todo homem que procede retamente, *
eu mostrarei a salvação que vem de Deus”.

Ant. Eu não quero oferenda e sacricio;

V. Levantai vossa cabeça e olhai.
R. Pois a vossa redenção se aproxima.

Primeira leitura

Do Livro do Profeta Isaías 46,1-13

Contra os ídolos da Babilônia

Caiu Bel, Nebo ficou prostrado;
esses ídolos são postos em cima de bestas de carga;
– transporte de estátuas pesadas em animais cansados.
2
 Elas começaram a pender e ruíram,
não resistiram ao peso;
os dois vão para o cativeiro.
Ouvi-me, casa de Jacó
e todos os remanescentes da casa de Israel,
que eu carreguei desde o ventre materno,
que eu gerei e dei à luz.
Serei o mesmo até à vossa velhice
e ainda vos carregarei até os cabelos brancos;
como vos criei, eu vos manterei,
carregarei nos braços e salvarei.
A quem me assemelhais e igualais,
com quem me comparais, para sermos semelhantes?
Os que têm muito ouro na sacola
e pesam prata na balança,
esses contratam o ourives para fazer um deus,
e depois prostram-se e adoram-no.
Tomam-no às costas
e colocam-no em seu devido lugar;
aí fica, não se mexerá mais dali;
agora, se alguém chamar por ele, não responde;
não o salvará em sua aflição.
Lembrai-vos disso e tende vergonha;
entrai em vós mesmos, pecadores.
Recordai o tempo passado;
– eu sou vosso Deus, não há outro,
não há um Deus semelhante a mim.
10 
Sou eu o que anuncio desde o começo as últimas coisas,
quando ainda não tinham acontecido,
e digo: “Minha resolução permanecerá,
realizarei tudo o que for de minha vontade”.
11 
Sou o que chamo do Oriente uma ave de rapina
e chamo do país distante o homem de meus desígnios:
disse, e os trarei, ordenei e farei cumprir.
12
 Ouvi-me, gente de coração duro,
sempre distantes da justiça.
13
 Fiz apressar minha justiça, ela não está longe;
minha salvação não tardará,
trarei minha salvação para Sião,
minha glória para Israel.

Responsório Is 46,12.13

R. Escutai-me, corações endurecidos,
e vós, todos afastados da justiça:
* Em Sião colocarei a salvação
e darei a minha glória a Israel.
V. Minha justiça se aproxima e não demora,
e a minha salvação não tarda mais. * Em Sião.

Segunda leitura

Da Carta a Diogneto

(Cap. 8, 5–9, 5: Funk 1, 325-327)    (Séc. II)

Por seu Filho, Deus nos revelou seu amor

Nenhum homem viu a Deus nem o conheceu, mas ele mesmo se manifestou. Manifestou-se pela fé, pois só a ela é concedida a visão de Deus. O Senhor e Criador do universo, Deus, que fez todas as coisas e as dispôs em ordem, não só amou os homens, mas também foi paciente com eles. Deus sempre foi, é e será o mesmo: benigno e bom, isento de ira, veraz; só ele é bom. E quando concebeu seu grande e inefável desígnio, só o comunicou a seu Filho. Enquanto mantinha oculto e em reserva seu plano de sabedoria, parecia abandonar-nos e esquecer-se de nós. Mas, quando revelou por seu Filho amado e manifestou o que havia preparado desde o princípio, ofereceu-nos tudo ao mesmo tempo: participar de seus benefícios, ver e compreender. Quem de nós poderia jamais esperar tamanha generosidade?

Tendo Deus, portanto, tudo disposto em si mesmo com o seu Filho, deixou-nos, até estes últimos tempos, seguir nossos impulsos desordenados, desviados do caminho reto pelos maus prazeres e paixões. Não que ele tivesse algum gosto com nossos pecados; tolerando-os, não aprovava aquele tempo de iniqüidade, mas preparava este tempo de justiça. Assim, convencidos de termos sido, naquele período, indignos da vida em razão de nossas obras, tornemo-nos agora dignos dela pela bondade de Deus. E depois de mostrar nossa incapacidade de entrar pelas próprias forças no Reino de Deus, nos tornemos capazes disso pelo poder divino.

Quando, pois, a nossa iniquidade atingiu o auge e se tornou manifesto que a paga merecida do castigo e da morte estava iminente, chegou o tempo estabelecido por Deus para revelar sua bondade e poder. Ó imensa benignidade e amor de Deus! Ele não nos odiou, não nos rejeitou nem se vingou de nós, mas nos suportou com paciência. Cheio de compaixão, assumiu nossos pecados, entregou seu próprio Filho como preço de nossa redenção: o santo pelos pecadores, o inocente pelos maus, o justo pelos injustos, o incorruptível pelos corruptíveis, o imortal pelos mortais. O que poderia apagar nossos pecados a não ser sua justiça? Por quem poderíamos ser justificados, nós, ímpios e maus, senão pelo Filho de Deus?

Ó doce intercâmbio, ó misteriosa iniciativa, ó surpreendente benefício, ser a iniquidade de muitos vencida por um só justo e a justiça de um só justificar muitos ímpios!

Responsório At 4,12; Is 9,6

R. Não existe salvação em nenhum outro;
* Não foi dado outro nome sob o céu,
pelo qual o mundo possa se salvar.
V. Será seu nome, admivel Conselheiro,
Deus forte, Pai do culo futuro,
Príncipe da paz será chamado. * Não foi dado.

Oração

Ó Deus todo-poderoso, concedei aos que gememos na antiga escravidão, sob o jugo do pecado, a graça de ser libertados pelo novo natal do vosso Filho, que tão ansiosamente esperamos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


Comments

Uma resposta para “Ofício das Leituras de 18 de Dezembro”

  1. Avatar de Denise da Silva
    Denise da Silva

    4.Serei o mesmo até à vossa velhice
    e ainda vos carregarei até os cabelos brancos;
    como vos criei, eu vos manterei,
    carregarei nos braços e salvarei.
    Amem
    Isaiah 46,4

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