Ofício das Leituras da Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América Latina




V. Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

Foste dona-de-casa e peregrina,
a teu marido e filho servias.
E, os planos do Senhor sempre seguindo,
punhas amor em tudo o que fazias.

Te encontras na montanha antes da aurora,
onde te impele o amor vais apressada:
trazes também teu filho ao novo mundo,
queres nele fazer nova morada.

Como de nossa raça te apresentas,
falando a nossa língua com doçura,
e pedes te façamos uma casa,
de onde possa jorrar tua ternura.

Tu subiste a Isabel como ao Calvário,
desces do céu a nós, bela e suave;
Vens tomar-nos contigo no teu manto…
Desces e sobes: para isto é Ave!

Glória demos ao Pai que é sem princípio,
ao Filho que assumiu a humanidade.
No espírito que ambos nos enviam,
louvemos a Santíssima Trindade!


Salmodia

Ant. 1 Nunca mais se porá o teu sol
e tua lua jamais minguará.

Salmo 23(24)

1 Ao Senhor pertence a terra e o que ela encerra, *
o mundo inteiro com os seres que o povoam;
2 porque ele a tornou firme sobre os mares, *
e sobre as águas a mantém inabalável.

3 “Quem subi até o monte do Senhor, *
quem fica em sua santa habitação?”
=4 “Quem tem mãos puras e inocente coração, †
quem não dirige sua mente para o crime, *
nem jura falso para o dano de seu próximo.

5 Sobre este desce a bênção do Senhor *
e a recompensa de seu Deus e Salvador”.
6 “É assim a geração dos que o procuram, *
e do Deus de Israel buscam a face”.

=7 “Ó portas, levantai vossos frontões! †
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, *
a fim de que o Rei da glória possa entrar!”

=8 Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” †
“É o Senhor, o valoroso, o onipotente, *
o Senhor, o poderoso nas batalhas!”

=9 “Ó portas, levantai vossos frontões! †
Elevai-vos bem mais alto, antigas portas, *
a fim de que o Rei da glória possa entrar!”

=10 Dizei-nos: “Quem é este Rei da glória?” †
“O Rei da glória é o Senhor onipotente, *
o Rei da glória é o Senhor Deus do universo!”

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém.

Ant. Nunca mais se porá o teu sol
e tua lua jamais minguará.


Ant. 2 Ouço a voz do meu amado,
vejo-o correndo nas montanhas
saltando sobre os montes,
como uma corça bem ligeira.

Salmo 45(46)

2 O Senhor para nós é regio e vigor, *
sempre pronto, mostrou-se um socorro na angústia;
3 assim não tememos, se a terra estremece, *
se os montes desabam, caindo nos mares,
4 se as águas trovejam e as ondas se agitam, *
se, em feroz tempestade, as montanhas se abalam:

5 Os braços de um rio vêm trazer alegria *
à Cidade de Deus, à morada do Altíssimo.
6 Quem a pode abalar? Deus es no seu meio! *
Já bem antes da aurora, ele vem ajudá-la.
7 Os povos se agitam, os reinos desabam; *
troveja sua voz e a terra estremece.

8 Conosco está o Senhor do universo! *
nosso refúgio é o Deus de Jacó!

9 Vinde ver, contemplai os progios de Deus *
e a obra estupenda que fez no universo:
= reprime as guerras na face da terra, †
10 ele quebra os arcos, as lanças destrói, *
queima no fogo os escudos e as armas:
11 “Parai e sabei, conhecei que eu sou Deus, *
que domino as nações, que domino a terra!”

12 Conosco está o Senhor do universo! *
nosso refúgio é o Deus de Jacó!

Demos glória a Deus Pai onipotente
e a seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso, †
e ao Esrito que habita em nosso peito *
pelos culos dos culos. Amém.

Ant. Ouço a voz do meu amado,
vejo-o correndo nas montanhas
saltando sobre os montes,
como uma corça bem ligeira.  

Ant. 3 Vamos cedo para o campo,
visitar as nossas vinhas,
ver se as vides já florescem,
se estão em flor as romãzeiras,
lá hei de mostrar-te meu amor.  

Salmo 86(87)

1 O Senhor ama a cidade *
que fundou no Monte santo;
2 ama as portas de Sião *
mais que as casas de Jacó.

3 Dizem coisas gloriosas *
da Cidade do Senhor:
4 “Lembro o Egito e Babilônia *
entre os meus veneradores.

= Na Filistéia ou em Tiro †
ou no país da Etiópia, *
este ou aquele ali nasceu”.

=5 De Sião, porém, se diz: †
“Nasceu nela todo homem; *
Deus é sua segurança”.

=6 Deus anota no seu livro, †
onde inscreve os povos todos: *
“Foi ali que estes nasceram”.

7 E por isso todos juntos *
a cantar se alegrarão;
– e, dançando, exclamarão: *
“Estão em ti as nossas fontes!”

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém.

 Ant. Vamos cedo para o campo,
visitar as nossas vinhas,
ver se as vides já florescem,
se estão em flor as romãzeiras,
lá hei de mostrar-te meu amor.  


V. Senhora dos jardins, meus companheiros te escutam.
R. Faze ouvir a tua voz.

Primeira leitura

Do Livro do Profeta Isaías             52,7.9-10; 54,10a. 11-14a. 15;55,3b.12b-13

Sobre os montes foi anunciada a paz

52,7 Como são belos, andando sobre os montes,
os pés de quem anuncia e prega a paz,
de quem anuncia o bem e prega a salvação
e diz a Sião: “Reina teu Deus!”
9 Alegrai-vos e exultai ao mesmo tempo,
ó ruínas de Jerusalém,
o Senhor consolou seu povo
e resgatou Jerusalém.
10 O Senhor desnudou seu santo braço
aos olhos de todas as nações;
todos os confins da terra hão de ver
a salvação que vem do nosso Deus.
54,10a Podem os montes recuar,
diz o Senhor,
e as colinas abalar-se,
mas minha misericórdia não se apartará de ti.
11b Eis que assentarei tuas pedras sobre rubis,
e tuas bases sobre safiras;
12 revestirei de jaspe tuas fortificações,
e teus portões, de pedras preciosas,
e todos os teus muros, de pedra escolhida.
13 Todos os teus filhos serão discípulos do Senhor,
teus filhos possuirão muita paz;
14 a terás a justiça por fundamento.
15 Se houver um ataque, não partirá de mim;
quem te atacar, tombará frente a ti.
55,3b Farei convosco um pacto eterno,
manterei fielmente as graças concedidas a Davi.
12b Montes e colinas cantarão louvores diante de vós
e todas as árvores do lugar aplaudirão.
13 Em lugar de espinhos, crescerá o cipreste,
em lugar da urtiga, a murta;
tudo será para a glória do Senhor,
como um sinal eterno, que não desaparecerá.

Responsório Is 52,7; Sl 71(72),3; 120(121),1

R. Quão formosos sobre os montes
os pés do que anuncia as boas-novas a Sião!
* Das montanhas venha a paz a todo o povo
e desça das colinas a justiça!
V. Eu levanto os meus olhos para os montes,
de onde pode vir o meu socorro? * Das montanhas.


Segunda leitura

Do “Nicán Mopohua”, relato do escritor indígena do século dezesseis Dom Antônio Valeriano
(“Nican Mopohua”, 12ª edición, Buena Prensa, México, D.F., 1971, p. 3-19.21) (Séc. XVI)

A voz da rola se escuta em nossa terra

Num sábado de mil e quinhentos e trinta e um, perto do mês de dezembro, um índio de nome Juan Diego, mal raiava a madrugada, ia do seu povoado a Tlatelolco, para participar do culto divino e escutar os mandamentos de Deus. Já amanhecia, quando chegou ao cerrito chamado Tepeyac e escutou que do alto o chamavam:

– Juanito! Juan Dieguito!

Subiu até o cimo e viu uma senhora de sobre-humana grandeza, cujo vestido brilhava como o sol, e que, com voz muito branda e suave, lhe disse:

– Juanito, menor dos meus filhos, fica sabendo que sou Maria sempre Virgem, Mãe do verdadeiro Deus, por quem vivemos. Desejo muito que se erga aqui um templo para mim, onde mostrarei e prodigalizarei todo o meu amor, compaixão, auxílio e proteção a todos os moradores desta terra e também a outros devotos que me invoquem confiantes. Vai ao Bispo do México e manifesta-lhe o que tanto desejo. Vai e põe nisto todo o teu empenho.

Chegando Juan Diego à presença do Bispo Dom Frei Juan de Zumárraga, frade de São Francisco, este pareceu não dar crédito e respondeu:

– Vem outro dia, e te ouvirei com mais calma.

Juan Diego voltou ao cimo do cerro, onde a Senhora do céu o esperava, e lhe disse:

– Senhora, menorzinha de minhas filhas, minha menina, expus a tua mensagem ao Bispo, mas parece que não acreditou. Assim, rogo-te que encarregues alguém mais importante de levar tua mensagem com mais crédito, porque não passo de um joão-ninguém.

Ela respondeu-lhe:

– Menor dos meus filhos, rogo-te encarecidamente que tornes a procurar o Bispo Amanhã dizendo-lhe que eu própria, Maria sempre Virgem, Mãe de Deus, é que te envio.

Porém no dia seguinte, domingo, o Bispo de novo não lhe deu crédito e disse ser Indispensável algum sinal para poder-se acreditar que era Nossa Senhora mesma que o enviara. E o despediu sem mais aquela.

Segunda-feira, Juan Diego não voltou. Seu tio Juan Bernardino adoecera gravemente e à noite pediu-lhe que fosse a Tlatelolco de madrugada, para chamar um sacerdote que o ouvisse em confissão.

Juan Diego saiu na terça-feira, contornando o cerro e passando pelo outro lado, em direção ao Oriente, para chegar logo à Cidade do México, a fim de que Nossa Senhora não o detivesse. Porém ela veio a seu encontro e lhe disse:

– Ouve e entende bem uma coisa, tu que és o menorzinho dos meus filhos: o que agora te assusta e aflige não é nada. Não se perturbe o teu coração nem te inquiete coisa alguma. Não estou aqui, eu, tua mãe? Não estás sob a minha sombra? Não estás porventura sob a minha proteção? Não te aflija a doença do teu tio. Fica sabendo que ele já sarou. Sobe agora, meu filho, ao cimo do cerro, onde acharás um punhado de flores que deves colher e trazer-mo.

Quando Juan Diego chegou ao cimo, ficou assombrado com a quantidade de belas rosas de Castela que ali haviam brotado em pleno inverno; envolvendo-as em sua manta, levou-as para Nossa Senhora. Ela lhe disse:

– Meu filho, eis a prova, o sinal que apresentarás ao Bispo, para que nele veja a minha vontade. Tu é o meu embaixador, digno de toda a confiança.

Juan Diego pôs-se a caminho, agora contente e confiante em sair-se bem de sua missão. Ao chegar à presença do Bispo, lhe disse:

– Senhor, fiz o que me ordenaste. Nossa senhora consentiu em atender o teu pedido. Despachou-me ao cimo do cerro, para colher ali várias rosas de Castela, trazê-las a ti, entregando-as pessoalmente. Assim o faço, para que reconheças o sinal que pediste e assim cumpras a sua vontade. Ei-las aqui: recebe-as.

Desdobrou em seguida a sua branca manta. À medida em que as várias rosas de Castela espalhavam-se pelo chão desenhava-se no pano e aparecia de repente a preciosa imagem de Maria sempre Virgem, Mãe de Deus, como até hoje se conserva no seu templo de Tepeyac.

A cidade inteira, em tumulto, vinha ver e admirar a sua santa imagem e dirigir-lhe suas preces. Obedecendo à ordem que a própria Nossa Senhora dera ao tio Juan Bernardino, quando devolveu-lhe a saúde, ficou sendo chamada como ela queria: “Santa Maria sempre Virgem de Guadalupe”.

Responsório Ct 2,13.14; Ap 12,1

R. Levanta-te, amada, formosa minha, vem a mim,
* Vem e mostra-me teu rosto, faze ouvir a tua voz.
porque doce é tua voz, e teu rosto é amável!
V. Um sinal esplendoroso no céu apareceu:
uma mulher de sol vestida, tendo a lua sob os pés
e a cabeça coroada com a coroa de doze estrelas.
* Vem e mostra-me.


HINO TE DEUM (A VÓS, Ó DEUS, LOUVAMOS)

A vós, ó Deus, louvamos,
a vós, Senhor, cantamos.
A vós, Eterno Pai,
adora toda a terra.

A vós cantam os anjos,
os céus e seus poderes:
Sois Santo, Santo, Santo,
Senhor, Deus do universo!

Proclamam céus e terra
a vossa imensa glória.
A vós celebra o coro
glorioso dos Apóstolos,

Vos louva dos Profetas
a nobre multidão
e o luminoso exército
dos vossos santos Mártires.

A vós por toda a terra
proclama a Santa Igreja,
ó Pai onipotente,
de imensa majestade,

e adora juntamente
o vosso Filho único,
Deus vivo e verdadeiro,
e ao vosso Santo Espírito.

Ó Cristo, Rei da glória,
do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem,
a fim de nos salvar.

Sofrendo vós a morte,
da morte triunfastes
abrindo aos que têm fé
dos céus o reino eterno.

Sentastes à direita
de Deus, do Pai na glória.
Nós cremos que de nov
vireis como juiz.

Portanto, vos pedimos:
salvai os vossos servos,
que vós, Senhor, remistes
com sangue precioso.

Fazei-nos ser contados,
Senhor, vos suplicamos,
em meio a vossos santos
na vossa eterna glória.

(A parte que se segue pode ser omitida, se for oportuno).
Salvai o vosso povo.
Senhor, abençoai-o.
Regei-nos e guardai-nos
até a vida eterna.

Senhor, em cada dia,
fiéis, vos bendizemos,
louvamos vosso nome
agora e pelos séculos.

Dignai-vos, neste dia,
guardar-nos do pecado.
Senhor, tende piedade
de nós, que a vós clamamos.

Que desça sobre nós,
Senhor, a vossa graça,
porque em vós pusemos
a nossa confiança.

Fazei que eu, para sempre,
não seja envergonhado:
Em vós, Senhor, confio,
sois vós minha esperança!

Oração

Ó Deus, que nos destes a Santa Virgem Maria para amparar-nos como Mãe solícita, concedei aos povos da América Latina, que hoje se alegram com sua proteção, crescer constantemente na fé e alcançar o desejado progresso no caminho da justiça e da Paz. Por nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na Unidade do Espírito Santo. Amém!

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


Comments

Uma resposta para “Ofício das Leituras da Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América Latina”

  1. Avatar de Geraldo Corrêa Filho
    Geraldo Corrêa Filho

    Partiu para a região montanhosa

    Alegremo-nos todos no Senhor, celebrando a festa de Nossa Senhora de Guadalupe; conosco alegram-se os anjos e glorificam o Filho de Deus.

    Oração do dia
    Ó Deus, que nos destes a santa virgem Maria para amparar-nos como mãe solícita, concedei aos povos da América Latina, que hoje se alegram com sua proteção, crescer constantemente na fé e alcançar o desejado progresso no caminho da justiça e da paz. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

    ‘ Como posso merecer que a mãe do meu Senhor me venha visitar? ‘

    https://padrepauloricardo.org/episodios/ela-veio-nos-libertar-da-cultura-da-morte

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