Ofício das Leituras do 7° Domingo do Tempo Comum

V. Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:

Cantemos todos este dia,
no qual o mundo começou,
no qual o Cristo ressurgido
da morte eterna nos salvou.

Já o profeta aconselhava
buscar de noite o Deus da luz.
Deixando pois o nosso sono,
vimos em busca de Jesus.

Que ele ouça agora a nossa prece,
tome a ovelhinha em sua mão,
leve o rebanho pela estrada
que nos conduz à salvação.

Eis que o esperamos vigilantes,
cantando à noite o seu louvor:
vem de repente como esposo,
como o ladrão, como o senhor.

Ao Pai eterno demos glória,
ao Unigênito também;
a mesma honra eternamente
ao seu Espírito convém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:

Santo entre todos, já fulgura
o dia oitavo, resplendente,
que consagrais em vós, ó Cristo,
vós, o primeiro dos viventes.

Às nossas almas, por primeiro,
vinde trazer ressurreição,
e da segunda morte livres,
os nossos corpos surgirão.

Ao vosso encontro, sobre as nuvens,
em breve, ó Cristo, nós iremos.
Ressurreição e vida nova,
convosco sempre viveremos.

Dai-nos, à luz da vossa face,
participar da divindade,
vos conhecendo como sois,
Luz, verdadeira suavidade.

Por vós entregues a Deus Pai,
que seu Espírito nos dá,
à perfeição da caridade
o Trino Deus nos levará.

Salmodia

Ant. 1 Todos os dias haverei
de bendizer-vos, ó Senhor. Aleluia.

Salmo 144(145)

Louvor à grandeza de Deus

Justo és tu, Senhor, aquele que é e que era, o Santo (Ap 16,5).

I

1 Ó meu Deus, quero exaltar-vos, ó meu Rei, *
e bendizer o vosso nome pelos séculos.

2 Todos os dias haverei de bendizer-vos, *
hei de louvar o vosso nome para sempre.
3 Grande é o Senhor e muito digno de louvores, *
e ninguém pode medir sua grandeza.

4 Uma idade conta à outra vossas obras *
e publica os vossos feitos poderosos;
5 proclamam todos o esplendor de vossa glória *
e divulgam vossas obras portentosas!

6 Narram todos vossas obras poderosas, *
e de vossa imensidade todos falam.
7 Eles recordam vosso amor tão grandioso *
e exaltam, ó Senhor, vossa justiça.

8 Misericórdia e piedade é o Senhor, *
ele é amor, é paciência, é compaixão.
9 O Senhor é muito bom para com todos, *
sua ternura abraça toda criatura.

Ant. Todos os dias haverei
de bendizer-vos, ó Senhor. Aleluia.

Ant. 2 O vosso reino, ó Senhor, é para sempre. Aleluia.

II

10 Que vossas obras, ó Senhor, vos glorifiquem, *
e os vossos santos com louvores vos bendigam!
11 Narrem a glória e o esplendor do vosso reino *
saibam proclamar vosso poder!

12 Para espalhar vossos prodígios entre os homens *
e o fulgor de vosso reino esplendoroso.
13 O vosso reino é um reino para sempre, *
vosso poder, de geração em geração.

Ant. O vosso reino, ó Senhor, é para sempre.

Ant. 3 O Senhor é amor fiel em sua palavra,
é santidade em toda obra que ele faz. Aleluia. †

III

13b O Senhor é amor fiel em sua palavra, *
é santidade em toda obra que ele faz.
14 † Ele sustenta todo aquele que vacila *
e levanta todo aquele que tombou.

15 Todos os olhos, ó Senhor, em vós esperam *
e vós lhes dais no tempo certo o alimento;
16 vós abris a vossa mão prodigamente *
e saciais todo ser vivo com fartura.

17 É justo o Senhor em seus caminhos, *
é santo em toda obra que ele faz.
18 Ele está perto da pessoa que o invoca, *
de todo aquele que o invoca lealmente.

19 O Senhor cumpre os desejos dos que o temem, *
ele escuta os seus clamores e os salva.
20 O Senhor guarda todo aquele que o ama, *
mas dispersa e extermina os que são ímpios.

=21 Que a minha boca cante a glória do Senhor †
e que bendiga todo ser seu nome santo *
desde agora, para sempre e pelos séculos.

Ant. O Senhor é amor fiel em sua palavra,
é santidade em toda obra que ele faz. Aleluia.

V. Meu filho, ouve minhas palavras.
R. Presta ouvido a meus conselhos!

Primeira leitura

Início do Livro do Eclesiastes 1,1-18

Inanidade de todas as coisas

1Palavras do Eclesiastes, filho de Davi, rei de Jerusalém. 2“Vaidade das vaidades,
diz o Eclesiastes,
vaidade das vaidades! Tudo é vaidade.”
3Que proveito tira o homem
de todo o trabalho
com o qual se afadiga debaixo do sol?
4Uma geração passa, outra lhe sucede,
enquanto a terra permanece sempre a mesma.
5O sol se levanta, o sol se deita,
apressando-se para voltar ao seu lugar,
donde novamente torna a levantar-se.
6Dirigindo-se para o sul e voltando para o norte,
ora para cá, ora para lá,
vai soprando o vento,
para retomar novamente o seu curso.
7Todos os rios correm para o mar,
e contudo o mar não transborda;
voltam ao lugar de onde saíram
para tornarem a correr.
8Tudo é penoso,
difícil para o homem explicar.
A vista não se cansa de ver,
nem o ouvido se farta de ouvir.
9O que foi, será;
o que aconteceu, acontecerá:
10não há nada de novo debaixo do sol.
Uma coisa da qual se diz: “Eis aqui algo de novo”,
também esta já existiu nos séculos que nos precederam.
11Não há memória do que aconteceu no passado,
nem também haverá lembrança do que acontecer,
entre aqueles que viverão depois.

12Eu, o Eclesiastes, fui rei de Israel em Jerusalém. 13Coloquei todo o coração em investigar e em explorar com a sabedoria tudo o que se faz debaixo do sol. É uma tarefa ingrata que Deus deu aos filhos dos homens para com ela se ocuparem. 14Examinei todas as obras que se fazem debaixo do sol. Pois bem, tudo é vaidade e frustração!

15O que é torto não se pode endireitar;
o que faz falta não se pode contar.

16Pensei em meu coração: “aqui estou eu engrandecido com tanta sabedoria acumulada que ultrapassa a dos meus predecessores em Jerusalém”. Minha mente alcançou muita sabedoria e conhecimento. 17Coloquei todo o empenho em compreender a sabedoria e o conhecimento, a tolice e a loucura, e compreendi que tudo isso é também frustração.

18Muita sabedoria, muito desgosto;
quanto mais conhecimento, mais sofrimento.

Responsório Ecl 1,14; 4,14; 1Tm 6,7

R. Vi tudo o que é feito debaixo do sol
e é tudo vaidade e angústia de espírito.
* Como nu nasce o homem
do ventre materno,
assim volta, sem nada poder consigo levar.
V. Nós nada trouxemos, ao vir a este mundo,
nada podemos levar ao dei-lo. * Como nu.

Segunda leitura

Dos Capítulos sobre a Caridade, de São Máximo Confessor, abade

(Centuria 1, cap. 1,4-5.16-17.23-24.26-28.30-40:
PG 90,962-967)

(Séc. VIII)

Sem a caridade, tudo é vaidade das vaidades

A caridade é a boa disposição do espírito, que nada coloca acima do divino conhecimento. Ninguém poderá jamais alcançar uma caridade permanente de Deus, se estiver preso pelo espírito a qualquer coisa terrena.

Quem ama a Deus antepõe o conhecimento e a ciência dele a toda sua criatura. Nele pensa incessantemente com íntimo desejo e amor.

Se todas as coisas que existem têm Deus por criador e por ele foram feitas, então Deus, que assim as criou, como não será incomparavelmente de maior valor? Quem abandona a Deus, o bem insuperável e se entrega ao que é pior, dá provas de considerar Deus abaixo da criação.

Quem me ama, diz o Senhor, guardará meus mandamentos. É este o meu mandamento: que vos ameis uns aos outros. Portanto, quem não ama o próximo, não guarda o mandamento. Quem não guarda o mandamento, também não pode amar o Senhor.

Feliz o homem que é capaz de amar igualmente todos os homens.

Quem ama a Deus, ama também sem exceção o próximo. Sendo assim, não consegue guardar seu dinheiro, mas gasta-o divinamente, dando a quem quer que dele precise.

Quem, à imitação de Deus, dá esmolas, não faz diferença nas necessidades corporais entre bons e maus, porém a todos igualmente distribui em vista da indigência real. Contudo, em atenção à boa vontade, prefere o virtuoso e diligente ao mau.

A caridade não se revela apenas nas esmolas em dinheiro. Muito mais em partilhar a doutrina e em prestar serviços corporais.

Quem, verdadeiramente, de coração, rejeita as coisas mundanas e, sem fingimento, se entrega aos serviços de caridade para com o próximo, este, bem depressa liberto dos vícios e paixões, torna-se participante do amor e ciência de Deus.

Quem encontrou em si a caridade divina, sem cansaço, sem fadiga, segue o Senhor, seu Deus, conforme o admirável Jeremias, mas com fortaleza de ânimo suporta todo labor, opróbrio e injúria, sem nada pensar de mal.

Não digais, diz o profeta Jeremias, somos o templo do Senhor. Tu também não digas: “A fé nua, sem mais, em nosso Senhor Jesus Cristo, pode conceder-me a salvação”. Isto não pode ser se não lhe unires também o amor por ele mediante as obras. Quanto à simples fé: Os demônios também crêem e tremem.

Obra de caridade é prestar de boa vontade benefícios ao próximo como também a longanimidade e a paciência; e ainda, usar das coisas com discernimento.

Responsório Cf. Jo 13,34; 1Jo 2,10a.3

R. Eu vos dou novo preceito:
Que uns aos outros vos ameis como eu vos tenho amado.
* Quem ama a seu irmão permanece na luz.

V. Meus irmãos, nisto sabemos que a Cristo conhecemos:
Se guardamos seus preceitos. * Quem ama.

HINO TE DEUM (A VÓS, Ó DEUS, LOUVAMOS)

A vós, ó Deus, louvamos,
a vós, Senhor, cantamos.
A vós, Eterno Pai,
adora toda a terra.


A vós cantam os anjos,
os céus e seus poderes:
Sois Santo, Santo, Santo,
Senhor, Deus do universo!


Proclamam céus e terra
a vossa imensa glória.
A vós celebra o coro
glorioso dos Apóstolos,


Vos louva dos Profetas
a nobre multidão
e o luminoso exército
dos vossos santos Mártires.


A vós por toda a terra
proclama a Santa Igreja,
ó Pai onipotente,
de imensa majestade,


e adora juntamente
o vosso Filho único,
Deus vivo e verdadeiro,
e ao vosso Santo Espírito.


Ó Cristo, Rei da glória,
do Pai eterno Filho,
nascestes duma Virgem,
a fim de nos salvar.


Sofrendo vós a morte,
da morte triunfastes,
abrindo aos que têm fé
dos céus o reino eterno.


Sentastes à direita
de Deus, do Pai na glória.
Nós cremos que de novo
vireis como juiz.


Portanto, vos pedimos:
salvai os vossos servos,
que vós, Senhor, remistes
com sangue precioso.


Fazei-nos ser contados,
Senhor, vos suplicamos,
em meio a vossos santos
na vossa eterna glória.


(A parte que se segue pode ser omitida, se for oportuno).

Salvai o vosso povo.
Senhor, abençoai-o.
Regei-nos e guardai-nos
até a vida eterna.


Senhor, em cada dia,
fiéis, vos bendizemos,
louvamos vosso nome
agora e pelos séculos.


Dignai-vos, neste dia,
guardar-nos do pecado.
Senhor, tende piedade
de nós, que a vós clamamos.


Que desça sobre nós,
Senhor, a vossa graça,
porque em vós pusemos
a nossa confiança.


Fazei que eu, para sempre,
não seja envergonhado:
Em vós, Senhor, confio,
sois vós minha esperança!

Oração

Concedei, ó Deus todo-poderoso, que, procurando conhecer sempre o que é reto, realizemos vossa vontade em nossas palavras e ações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


Comments

Uma resposta para “Ofício das Leituras do 7° Domingo do Tempo Comum”

  1. Avatar de José Aldo Buarque de Mendonça
    José Aldo Buarque de Mendonça

    Que bom, as leituras de hoje me tocou bastante. Quero Senhor, esvaziar meu coração das coisas mundanas e preenchê-lo com as essenciais, melhorando a cada dia o meu agir espiritual e temporal. Vaidade das Vaidades, não; Caridade em movimento, Sim. PAZ e BEM.

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