Ofício das Leituras de Sábado da 18ª Semana do Tempo Comum

V. Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:

Luz eterna, luz potente,
dia cheio de esplendor,
vencedor da noite escura
e da luz restaurador,
luz que, as trevas destruindo,
enche as mentes de fulgor.

Ao nascerdes, nos chamais,
e acordamos pressurosos;
sem vós, somos miseráveis,
mas convosco, venturosos
e, por vós da morte livres,
nos tornamos luminosos.

Sobre a morte e sobre a noite
por vós somos vencedores.
Dai-nos, Rei, a vossa luz,
luz de esplêndidos fulgores.
Desta luz nem mesmo a noite
escurece os esplendores.

Honra seja ao Pai, a vós
e ao Espírito também,
Una e Trina Divindade,
paz e vida, luz e bem,
nome doce mais que todos,
Deus agora e sempre. Amém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:

Deus que não tendes princípio,
Deus procedente do Pai,
Deus, que dos dois sois o Amor,
vinde até nós, nos salvai!

Vós sois o nosso desejo,
sede amor e alegria;
vai para vós nosso anseio,
a vossa luz nos recria.

Com o Nascido da Virgem,
ó Pai, de todos Senhor,
regei dos seres o íntimo
por vosso Espírito de amor.

Lembrai-vos, Santa Trindade,
do amor com que nos amastes:
Criando o homem primeiro,
de novo em sangue o criastes.

O que o Deus uno criou,
Cristo na cruz redimiu.
Tendo por nós padecido,
guarde os que em sangue remiu.

A vós, ó Santa Trindade,
paz e alegria convêm,
poder, império e beleza,
honra e louvores. Amém.

Salmodia

Ant. 1 O Senhor, somente ele é que fez grandes maravilhas:
porque eterno é seu amor.

Salmo 135(136)

Hino pascal pelas maravilhas
do Deus criador e libertador

Anunciar as maravilhas de Deus é louvá-lo (Cassiodoro).

I

1 Demos graças ao Senhor, porque ele é bom: *
Porque eterno é seu amor!
2 Demos graças ao Senhor, Deus dos deuses: *
Porque eterno é seu amor!
3 Demos graças ao Senhor dos senhores: *
Porque eterno é seu amor!

4 Somente ele é que fez grandes maravilhas: *
Porque eterno é seu amor!
5 Ele criou o firmamento com saber: *
Porque eterno é seu amor!
6 Estendeu a terra firme sobre as águas: *
Porque eterno é seu amor!

7 Ele criou os luminares mais brilhantes: *
Porque eterno é seu amor!
8 Criou o sol para o dia presidir: *
Porque eterno é seu amor!
9 Criou a lua e as estrelas para a noite: *
Porque eterno é seu amor!

Ant. O Senhor, somente ele é que fez grandes maravilhas:
porque eterno é seu amor.

Ant. 2 Tirou do meio deles Israel
com mão forte e com braço estendido.

II

10 Ele feriu os primonitos do Egito *
Porque eterno é seu amor!
11 E tirou do meio deles Israel: *
Porque eterno é seu amor!
12 Com mão forte e com braço estendido: *
Porque eterno é seu amor!

13 Ele cortou o mar Vermelho em duas partes: *
Porque eterno é o seu amor!
14 Fez passar no meio dele Israel: *
Porque eterno é o seu amor!
15 E afogou o Faraó com suas tropas: *
Porque eterno é seu amor!

Ant. Tirou do meio deles Israel
com mão forte e com braço estendido.

Ant. 3 Demos graças ao Senhor, o Deus dos céus,
pois ele nos salvou dos inimigos.

III

16 Ele guiou pelo deserto o seu povo: *
Porque eterno é seu amor!
17 E feriu por causa dele grandes reis: *
Porque eterno é seu amor!
18 Reis poderosos fez morrer por causa dele: *
Porque eterno é seu amor!

19 A Seon que fora rei dos amorreus: *
Porque eterno é seu amor!
20 E a Og, o soberano de Basã: *
Porque eterno é seu amor!

21 Repartiu a terra deles como herança: *
Porque eterno é seu amor!
22 Como herança a Israel, seu servidor: *
Porque eterno é seu amor!
23 De nós, seu povo, humilhado, recordou-se: *
Porque eterno é seu amor!

24 De nossos inimigos libertou-nos: *
Porque eterno é seu amor!
25 A todo ser vivente ele alimenta: *
Porque eterno é seu amor!
26 Demos graças ao Senhor, o Deus dos céus: *
Porque eterno é seu amor!

Ant. Demos graças ao Senhor, o Deus dos céus,
pois ele nos salvou dos inimigos.

V. Mostrai-nos, ó Senhor, vossos caminhos.

R. E fazei conhecer a vossa estrada!

Primeira leitura

Do Livro do Profeta Oséias 5,14—7,2

Inutilidade da falsa conversão

Eis o que diz o Senhor:
5,14 “Pois eu serei como leoa para Efraim,
como filhote de leão para a casa de Judá;
eu, eu mesmo farei a presa, irei e agarrá-la-ei,
e ninguém a tomará.
15 Irei de volta para o meu lugar
até que tenham cumprido as penas,
e queiram encontrar-se comigo,
procurando-me em suas aflições.”
6,1 ‘Vinde, voltemos para o Senhor,
ele nos feriu e há de tratar-nos,
ele nos machucou e há de curar-nos.
2 Em dois dias, nos dará vida,
e, ao terceiro dia, há de restaurar-nos,
e viveremos em sua presença.
3 É preciso saber segui-lo
para reconhecer o Senhor.
Certa como a aurora é a sua vinda,
ele virá até nós como as primeiras chuvas,
como as chuvas tardias que regam o solo’.
4 Como vou tratar-te, Efraim?
Como vou tratar-te, Judá?
O vosso amor é como nuvem pela manhã,
como orvalho que cedo se desfaz.
5 Eu os desbastei por meio dos profetas,
arrasei-os com as palavras de minha boca,
mas, como luz, expandem-se meus juízos;
6 quero amor, e não sacrifícios,
conhecimento de Deus, mais do que holocaustos”.
7 Mas eles violaram o pacto em Adam,
e nesse lugar transgrediram a minha lei.
8 Galaad é cidade de malfeitores,
manchada de sangue.
9 O grupo de sacerdotes
é como uma quadrilha de salteadores;
eles matam, na estrada, os que viajam a Siquém,
e entregam-se ao crime teimosamente.
10 Na casa de Israel vi algo horrível:
as obscenidades de Efraim,
de que Israel se contaminou.
11 Mas para ti também, Judá, está reservada
uma colheita de sofrimentos,
quando eu fizer mudar a sorte do meu povo.
7,1 Quando eu quis curar Israel,

manifestou-se a maldade de Efraim

e a perversidade da Samaria,
pois praticavam a mentira;
um ladrão ataca por dentro
e o bando assalta por fora.
2 E não dizem para si mesmos
que eu lembro toda a sua maldade.
Agora, estão cercados por suas obras,
consumadas diante de mim.

Responsório Mt 9,13a; Os 6,6b.4c

R. Ide vós, e aprendei o que quer dizer:
* Eu não quero oferenda e sacrifício;
quero amor e a ciência do Senhor.
V. Vosso amor é como a nuvem da manhã,
como o orvalho que depressa se dissipa. * Eu não.

Segunda leitura

Do Tratado Contra as heresias, de Santo Irineu, bispo

(Lib. 4,17,4-6:SCh 100,590-594) (Séc. II)

Quero a misericórdia e não o sacrifício

Deus não queria dos Israelitas sacrifícios e holocaustos, mas fé, obediência, justiça, em vista da salvação. Manifestando a sua vontade, pelo profeta Oséias Deus lhes dizia: Quero a misericórdia mais que o sacrifício, e o conhecimento de Deus acima dos holocaustos (Os 6,6). Também nosso Senhor advertia-os sobre o mesmo, ao dizer: Se soubésseis o que significa ‘Quero a misericórdia e não o sacrifício, nunca condenaríeis inocentes’ (Mt 12,7). Dava testemunho de que os profetas proclamavam a verdade, e lhes censurava a insensatez da culpa.

Prescrevendo a seus discípulos oferecer a Deus primícias vindas de suas criaturas, não por delas precisar, mas para que não fossem eles estéreis nem ingratos, tomou dentre as criaturas o pão, deu graças e disse: Isto é o meu corpo. O mesmo com o cálice, também criatura como nós, declarou ser seu sangue e indicou a nova oblação da nova Aliança (cf. Mt 26,28). Recebendo-a dos apóstolos, a Igreja em todo o mundo a oferece a Deus, àquele que nos concede o alimento, primícias de seus dons no Novo Testamento. Sobre ela, Malaquias, um dos doze profetas, assim se exprimiu: Minha benevolência não está em vós, diz o Senhor onipotente, e não aceitarei sacrifícios de vossas mãos. Porque do nascente ao poente meu nome será glorificado entre as nações, em todo lugar haverá incenso oferecido a meu nome e um sacrifício puro. Porque grande entre os povos é meu nome, diz o Senhor onipotente (Ml 1,10-11). Com toda a evidência dá a entender que o primeiro povo cessará de oferecer a Deus. Mas que em todo lugar se lhe oferecerá um sacrifício que será puro, e todas as nações glorificarão seu nome.

Que nome é este, glorificado pelas nações? Haverá outro que não o de nosso Senhor, por quem o Pai é glorificado e glorificado o homem? E sendo do seu Filho por ele feito homem, chama-o seu. É como se um rei pintasse a imagem de seu Filho. Com razão diria ser sua de duas maneiras: é de seu filho e ele próprio a faz. Assim o nome de Jesus Cristo, glorificado na Igreja por todo o universo, o Pai declara ser o seu, porque é de seu Filho e por ter sido ele próprio a gravá-lo e a dá-lo para a salvação dos homens.

Já que o nome do Filho é próprio do Pai e a Igreja faz a oblação ao Pai onipotente por Jesus Cristo, diz-se com razão nos dois sentidos: E em todo lugar se oferecerá incenso a meu nome e sacrifício puro. O incenso, João no Apocalipse diz serem as orações dos santos (Ap 5,8).

Responsório Cf. Lc 22,19.20; Pr 9,5

R. Isto é o meu corpo, entregue por vós;
este cálice é a nova Aliança em meu sangue,
por vós derramado.
* Fazei isto, diz Cristo, cada vez que o fizerdes,
em memória de mim.
V. O meu pão, vinde comer, bebei meu vinho misturado.
* Fazei. 

Oração

Manifestai, ó Deus, vossa inesgotável bondade para com os filhos e filhas que vos imploram e se gloriam de vos ter como criador e guia, restaurando para eles a vossa criação, e conservando-a renovada. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


Comments

Uma resposta para “Ofício das Leituras de Sábado da 18ª Semana do Tempo Comum”

  1. Avatar de maria ines cardoso dos santos ferreira
    maria ines cardoso dos santos ferreira

    “Quero amor, e não sacrifícios,
    conhecimento de Deus, mais do que holocaustos”.

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