Ofício das Leituras de Quarta-feira da 17ª Semana do Tempo Comum

V. Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:

Criastes céu e terra,
a vós tudo obedece;
livrai a nossa mente
do sono que entorpece.

As culpas perdoai,
Senhor, vos suplicamos;
de pé, para louvar-vos,
o dia antecipamos.

À noite as mãos e as almas
erguemos para o templo:
mandou-nos o Profeta,
deixou-nos Paulo o exemplo.

As faltas conheceis
e até as que ocultamos;
a todas perdoai,
ansiosos suplicamos.

A glória seja ao Pai,
ao Filho seu também,
ao Espírito igualmente,
agora e sempre. Amém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:

A vós, honra e glória,
Senhor do saber,
que vedes o íntimo
profundo do ser,
e em fontes de graça
nos dais de beber.

As boas ovelhas
guardando, pastor,
buscais a perdida
nos montes da dor,
unindo-as nos prados
floridos do amor.

A ira do Rei
no dia final
não junte aos cabritos
o pobre mortal.
Juntai-o às ovelhas
no prado eternal.

A vós, Redentor,
Senhor, Sumo Bem,
louvores, vitória
e glória convém,
porque reinais sempre
nos séculos. Amém.

Salmodia

Ant. 1 Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força! †

Salmo 17(18),2-30

Ação de graças pela salvação e pela vitória

Na mesma hora aconteceu um grande terremoto (Ap 11,13).

I

2 Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, *
3 minha rocha, meu refúgio e Salvador!
= Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, †
minha força e poderosa salvação, *
sois meu escudo e proteção: em vós espero!

4 Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! *
e dos meus perseguidores serei salvo!
5 Ondas da morte me envolveram totalmente, *
e as torrentes da maldade me aterraram;
6 os laços do abismo me amarraram *
e a própria morte me prendeu em suas redes.

7 Ao Senhor eu invoquei na minha angústia *
e elevei o meu clamor para o meu Deus;
– de seu Templo ele escutou a minha voz, *
e chegou a seus ouvidos o meu grito.

Ant. Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força!

Ant. 2 O Senhor me libertou, porque me ama.

II

=8 A terra toda estremeceu e se abalou, †
os fundamentos das montanhas vacilaram *
e se agitaram, porque Deus estava irado.
=9 De seu nariz, fumaça em nuvens se elevou, †
da boca saiu fogo abrasador *
dos seus lábios, carvões incandescentes.

10 Os céus ele abaixou e então desceu *
pousando em nuvens pretas os seus pés.
11 Um querubim o conduzia no seu vôo, *
sobre as asas do vento ele pairava.

12 Das trevas fez um véu para envolver-se, *
escondeu-se em densas nuvens e água escura.
13 No clarão que procedia de seu rosto, *
carvões incandescentes se acendiam.

14 Trovejou dos altos céus o Senhor Deus, *
o Altíssimo fez ouvir a sua voz;
15 e, lançando as suas flechas, dissipou-os, *
dispersou-os com seus raios fulgurantes.

16 Até o fundo do oceano apareceu, *
e os fundamentos do universo foram vistos,
– ante as vossas ameaças, ó Senhor, *
e ao sopro abrasador de vossa ira.

17 Lá do alto ele estendeu a sua mão *
e das águas mais profundas retirou-me;
18 libertou-me do inimigo poderoso *
e de rivais muito mais fortes do que eu.

19 Assaltaram-me no dia da aflição, *
mas o Senhor foi para mim um protetor;
20 colocou-me num lugar bem espaçoso: *
o Senhor me libertou, porque me ama.

Ant. O Senhor me libertou, porque me ama.

Ant. 3 Ó Senhor, fazei brilhar a minha lâmpada!
Ó meu Deus, iluminai as minhas trevas!

III

21 O Senhor recompensou minha justiça *
e a pureza que encontrou em minhas mãos,
22 pois nos caminhos do Senhor eu caminhei, *
e de meu Deus não me afastei por minhas culpas.

23 Tive sempre à minha frente os seus preceitos, *
e de mim não afastei sua justiça.
24 Diante dele tenho sido sempre reto *
e conservei-me bem distante do pecado.
25 O Senhor recompensou minha justiça *
e a pureza que encontrou em minhas mãos.

26 Ó Senhor, vós sois fiel com o fiel, *
sois correto com o homem que é correto;
27 sois sincero com aquele que é sincero, *
mas arguto com o homem astucioso.
28 Pois salvais, ó Senhor Deus, o povo humilde, *
mas os olhos dos soberbos humilhais.

29 Ó Senhor, fazeis brilhar a minha lâmpada; *
ó meu Deus, iluminais as minhas trevas.
30 Junto convosco eu enfrento os inimigos, *
com vossa ajuda eu transponho altas muralhas.

Ant. Ó Senhor, fazei brilhar a minha lâmpada!
Ó meu Deus, iluminai as minhas trevas!

V. todos se admiravam das palavras

R. Cheias de graça que saíam de seus bios.

Primeira leitura

Da Segunda Carta de São Paulo aos Coríntios 10,1–11,6

Apologia do Apóstolo

Irmãos: 10,1 Sou eu, Paulo em pessoa, que vos suplico, pela mansidão e bondade de Cristo, – eu, tão humilde, quando estou entre vós, e, quando ausente, tão ousado para convosco. 2Peço-vos que, quando estiver presente, não me veja obrigado a recorrer à severidade, da qual pretendo usar com aqueles que julgam que nós temos agido por meros motivos humanos. 3Embora vivamos na carne, não militamos conforme a carne. 4As armas do nosso combate não são carnais. São armas poderosas aos olhos de Deus, capazes de derrubar fortalezas. Destruímos os raciocínios falsos 5e todo orgulho intelectual que se levanta contra o conhecimento de Deus. Subjugamos todo pensamento, levando-o a obedecer a Cristo. 6E estamos dispostos a punir toda desobediência, quando estiver perfeita a vossa obediência.

7Reparai o que é óbvio: Se alguém está convencido de pertencer a Cristo, considere bem que, como ele, nós também pertencemos a Cristo. 8E mesmo se eu me gloriar um pouco demais do poder que Deus nos deu – certamente para vossa edificação e não para vossa destruição –, não me envergonharei por isso. 9Não quero dar a impressão de vos amedrontar com minhas cartas. 10Com efeito, há quem diga: “As cartas são severas e enérgicas, mas a presença física é fraca e o discurso, desprezível”. 11Entenda bem quem assim fala que tais como somos à distância, pela palavra, através das cartas, tais seremos pela ação, quando estivermos presentes.

12Na verdade, não ousamos equiparar-nos, nem comparar-nos com alguns que se recomendam a si próprios. Tomando-se como medida de si mesmos e comparando-se consigo mesmos, mostram falta de bom senso. 13Quanto a nós, não nos gloriaremos além do que é justo. Mas, tomaremos como medida de nossa glória a regra de ação que Deus marcou para nós, fazendo-nos chegar até vós. 14Com efeito, não ultrapassamos os nossos limites, como seria o caso, se não tivéssemos chegado até vós. Mas, de fato, chegamos até vós, pregando o evangelho de Cristo. 15Não ultrapassamos a justa medida, gloriando-nos com trabalhos alheios. Mas, com o progresso da vossa fé, esperamos que a nossa ação se estenda mais e mais entre vós, segundo a regra que nos foi assinalada. 16Assim poderemos levar o evangelho além de vossas fronteiras, mas sem nos gloriar de obras já realizadas em território alheio.

17Quem se gloria, glorie-se no Senhor. 18Pois é aprovado só aquele que o Senhor recomenda e não aquele que se recomenda a si mesmo.

11,1 Oxalá pudésseis suportar um pouco de insensatez, da minha parte. Na verdade, vós me suportais. 2Sinto por vós um amor ciumento semelhante ao amor que Deus vos tem. Fui eu que vos desposei a um único esposo, apresentando-vos a Cristo como virgem pura. 3Porém, receio que, como Eva foi enganada pela esperteza da serpente, também vossos pensamentos se corrompam, afastando-se da simplicidade e pureza devidas a Cristo. 4De fato, se aparece alguém pregando um outro Jesus, que nós não pregamos, ou prometendo um outro Espírito, que não recebestes, ou anunciando um outro evangelho, que não acolhestes, vós o suportais de bom grado. 5No entanto, entendo que em nada sou inferior a esses super apóstolos! 6Mesmo que eu seja inábil na arte de falar, não o sou quanto à ciência: eu vo-lo tenho demonstrado em tudo e de todas as maneiras.

Responsório             2Cor 10,3-4a; Ef 6,16a.17b

R. Embora vivendo na carne,
não lutamos conforme a carne;
* Pois, as armas de nossa milícia,
não são armas carnais deste mundo.
V. Tomemos o escudo da fé,
empunhemos a espada do Espírito,
isto é, a palavra de Deus. * Pois as armas.

Segunda leitura

Das Catequeses de São Cirilo de Jerusalém, bispo

(Cat. 18,23-25: PG33,1043-1047)         (Séc.IV)

Igreja ou convocação do povo de Deus

Católica ou universal chama-se a Igreja, porque se espalhou de um extremo a outro de todo o orbe da terra. Porque ensina universalmente e sem falha todos os artigos da fé que os homens precisam conhecer, seja sobre as coisas visíveis ou as invisíveis, seja as celestes ou as terrestres. Porque reúne no verdadeiro culto o gênero humano inteiro, autoridades e súditos, doutos e ignorantes. Enfim, porque cura e sana em todo o universo qualquer espécie de pecados cometidos pela alma e pelo corpo. Porque ela possui tudo, toda virtude, seja qual for o nome que se lhe dê, nas ações e nas palavras, bem como toda a variedade dos dons espirituais.

Igreja, isto é, convocação: nome bem apropriado porque convoca a todos e os reúne, como o Senhor diz no Levítico: Convoca toda a congregação diante da porta do tabernáculo do testemunho. É de notar a palavra convoca, usada aqui pela primeira vez nas Escrituras, na ocasião em que o Senhor estabeleceu Aarão como sumo sacerdote. No Deuteronômio Deus diz a Moisés: Convoca para junto de mim o povo para que me escutem e aprendam a temer-me. Há outra menção da Eclésia, quando se fala das tábuas da Lei: Nelas estavam escritas todas as palavras que o Senhor vos falou no monte, do meio do fogo, no dia da ‘Eclésia‘, isto é, convocação; como se dissesse mais claramente: No dia em que, chamados pelo Senhor, vos congregastes. O Salmista também diz: Eu te confessarei, Senhor, na grande ‘Eclésia’, no meio do povo numeroso te louvarei.

Já antes o salmista cantara: Na ‘Eclésia’, bendizei o Senhor Deus, das fontes de Israel. O Salvador edificou com os gentios a segunda, a nossa Santa Igreja dos cristãos, da qual dissera a Pedro: E sobre esta pedra edificarei a minha Igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela.

Rejeitada a primeira, a da Judéia, de ora em diante multiplicam-se as Igrejas de Cristo, aquelas de que se fala nos salmos: Cantai ao Senhor um cântico novo, seu louvor na ‘eclésia’ dos santos. De acordo com isto diz o Profeta aos judeus: Meu afeto não está em vós, diz o Senhor e acrescenta logo: Por isso, do nascer do sol até o ocaso, meu nome é glorificado entre os povos. Desta mesma santa e católica Igreja escreve Paulo a Timóteo: Para que saibas como comportar-te na casa de Deus, a Igreja do Deus vivo, coluna e sustentáculo da verdade.

Responsório             1Pd 2,9-10a

R. Sois a raça escolhida, nação santa
e o povo conquistado por Deus.
* A fim de anunciardes os prodígios
daquele que das trevas vos chamou
à sua luz maravilhosa.
V. Vós outrora, não-povo,
sois agora, deveras, o povo de Deus. * A fim.

Oração

Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


Comments

Uma resposta para “Ofício das Leituras de Quarta-feira da 17ª Semana do Tempo Comum”

  1. Avatar de Geraldo Corrêa Filho
    Geraldo Corrêa Filho

    Tudo pelo Reino

    Deus habita em seu templo santo, reúne seus filhos em sua casa; é ele que dá força e poder a seu povo (Sl 67,6s.36)

    Oração do dia
    Ó Deus, sois o amparo dos que em vós esperam e, sem vosso auxílio, ninguém é forte, ninguém é santo; redobrai de amor para conosco, para que, conduzidos por vós, usemos de tal modo os bens que passam, que possamos abraçar os que não passam. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

    ‘ …vende todos os seus bens e compra… ‘

    https://padrepauloricardo.org/episodios/o-escondimento-de-deus-e-o-nosso

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