Hora Nona de Sexta-feira da 3ª Semana da Páscoa (Oração das Quinze Horas)

V. Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

Esta hora brilhou e, esplendente,
afastou toda nuvem da cruz.
Despojando das trevas o mundo,
restitui às nações nova luz.

Nesta hora Jesus ressuscita
do sepulcro os que haviam morrido
e, a morte vencendo, eles saem
com um novo espírito infundido.

Temos fé nessa aurora dos tempos,
das cadeias da morte libertos,
e nas graças da vida, que jorram
como fonte a correr nos desertos.

Glória a vós, que vencestes a morte,
e no céu com o Pai, Sumo Bem,
refulgindo na glória do Espírito
reinais hoje e nos séculos. Amém.

Salmodia 

Ant. Aleluia, aleluia, aleluia.

Salmo 21(22)

Aflição do justo e sua libertação

Jesus deu um forte grito:  Meu Deus, meu Deus, por que me abandonaste? (Mt 27,46).

I

2 Meu Deus, meu Deus, por que me abandonastes? *
E ficais longe de meu grito e minha prece?
3 Ó meu Deus, clamo de dia e não me ouvis, *
clamo de noite e para mim não há resposta!

4 Vós, no entanto, sois o santo em vosso Templo, *
que habitais entre os louvores de Israel.
5 Foi em vós que esperaram nossos pais; *
esperaram e vós mesmo os libertastes.
6 Seu clamor subiu a vós e foram salvos; *
em vós confiaram e não foram enganados.

7 Quanto a mim, eu sou um verme e não um homem; *
sou o opróbrio e o desprezo das nações.
8 Riem de mim todos aqueles que me vêem, *
torcem os bios e sacodem a cabeça:
9 “Ao Senhor se confiou, ele o liberte *
e agora o salve, se é verdade que ele o ama!”

10 Desde a minha concepção me conduzistes, *
e no seio maternal me agasalhastes.
11 Desde quando vim à luz vos fui entregue; *
desde o ventre de minha mãe sois o meu Deus!
12 Não fiqueis longe de mim, porque padeço; *
ficai perto, pois não há quem me socorra!

II

13 Por touros numerosos fui cercado, *
e as feras de Basã me rodearam;
14 escancararam contra mim as suas bocas, *
como leões devoradores a rugir.

15 Eu me sinto como a água derramada, *
e meus ossos estão todos deslocados;
– como a cera se tornou meu coração, *
dentro do meu peito se derrete.

=16 Minha garganta está igual ao barro seco, †
minha língua está colada ao céu da boca, *
e por vós fui conduzido ao pó da morte!
17 Cães numerosos me rodeiam furiosos, *
e por um bando de malvados fui cercado.

– Transpassaram minhas mãos e os meus pés *
18 e eu posso contar todos os meus ossos.
= Eis que me olham e, ao ver-me, se deleitam! †
19 Eles repartem entre si as minhas vestes *
e sorteiam entre si a minha túnica.

20 Vós, porém, ó meu Senhor, não fiqueis longe, *
ó minha força, vinde logo em meu socorro!
21 Da espada libertai a minha alma, *
e das garras desses cães, a minha vida!

22 Arrancai-me da goela do leão, *
e a mim tão pobre, desses touros que me atacam!
23 Anunciarei o vosso nome a meus irmãos *
e no meio da assembléia hei de louvar-vos!

III

=24 Vós que temeis ao Senhor Deus, dai-lhe louvores; †
glorificai-o, descendentes de Jacó, *
e respeitai-o toda a raça de Israel!

25 Porque Deus não desprezou nem rejeitou *
a miria do que sofre sem amparo;
– não desviou do humilhado a sua face, *
mas o ouviu quando gritava por socorro.

26 Sois meu louvor em meio à grande assembléia; *
cumpro meus votos ante aqueles que vos temem!
=27 Vossos pobres vão comer e saciar-se, †
e os que procuram o Senhor o louvarão; *
“Seus corações tenham a vida para sempre!”

28 Lembrem-se disso os confins de toda a terra, *
para que voltem ao Senhor e se convertam,
– e se prostrem, adorando, diante dele, *
todos os povos e as famílias das nações.

29 Pois ao Senhor é que pertence a realeza; *
ele domina sobre todas as nações.
30 Somente a ele adorarão os poderosos, *
e os que voltam para o pó o louvarão.
– Para ele há de viver a minha alma, *
31 toda a minha descendência há de servi-lo;

– às futuras gerações anunciará *
32 o poder e a justiça do Senhor;
– ao povo novo que há de vir, ela dirá: *
“Eis a obra que o Senhor realizou!”

Ant. Aleluia, aleluia, aleluia.

Leitura breve        ICor 5,7-8

Lançai fora o fermento velho, para que sejais uma massa nova, já que deveis ser sem fermento. Pois o nosso cordeiro pascal, Cristo, já está imolado. Assim, celebremos a festa, não com velho fermento nem com o fermento de maldade ou de perversidade, mas com os pães ázimos de pureza e de verdade.

V. Ó Senhor, ficai conosco, aleluia,
R. Pois o dia já declina. Aleluia.

Oração

Ó Deus todo-poderoso, concedei que, conhecendo a ressurreição do Senhor e a graça que ela nos trouxe, ressuscitemos para uma vida nova pelo amor do vosso Espírito. Por Cristo nosso Senhor.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


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