Quinta-feira da 21ª Semana do Tempo Comum




V. Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:

Criastes céu e terra,
a vós tudo obedece;
livrai a nossa mente
do sono que entorpece.

As culpas perdoai,
Senhor, vos suplicamos;
de pé, para louvar-vos,
o dia antecipamos.

À noite as mãos e as almas
erguemos para o templo:
mandou-nos o Profeta,
deixou-nos Paulo o exemplo.

As faltas conheceis
e até as que ocultamos;
a todas perdoai,
ansiosos suplicamos.

A glória seja ao Pai,
ao Filho seu também,
ao Espírito igualmente,
agora e sempre. Amém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:

A vós, honra e glória,
Senhor do saber,
que vedes o íntimo
profundo do ser,
e em fontes de graça
nos dais de beber.

As boas ovelhas
guardando, pastor,
buscais a perdida
nos montes da dor,
unindo-as nos prados
floridos do amor.

A ira do Rei
no dia final
não junte aos cabritos
o pobre mortal.
Juntai-o às ovelhas
no prado eternal.

A vós, Redentor,
Senhor, Sumo Bem,
louvores, vitória
e glória convém,
porque reinais sempre
nos séculos. Amém.

Salmodia

Ant. 1 Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força! †

Salmo 17(18),2-30

Ação de graças pela salvação e pela vitória

Na mesma hora aconteceu um grande terremoto (Ap 11,13).

I

2 Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força, *
3 minha rocha, meu refúgio e Salvador!
= Ó meu Deus, sois o rochedo que me abriga, †
minha força e poderosa salvação, *
sois meu escudo e proteção: em vós espero!

4 Invocarei o meu Senhor: a ele a glória! *
e dos meus perseguidores serei salvo!
5 Ondas da morte me envolveram totalmente, *
e as torrentes da maldade me aterraram;
6 os laços do abismo me amarraram *
e a própria morte me prendeu em suas redes.

7 Ao Senhor eu invoquei na minha angústia *
e elevei o meu clamor para o meu Deus;
– de seu Templo ele escutou a minha voz, *
e chegou a seus ouvidos o meu grito.

Ant. Eu vos amo, ó Senhor! Sois minha força!

Ant. 2 O Senhor me libertou, porque me ama.

II

=8 A terra toda estremeceu e se abalou, †
os fundamentos das montanhas vacilaram *
e se agitaram, porque Deus estava irado.
=9 De seu nariz, fumaça em nuvens se elevou, †
da boca saiu fogo abrasador *
dos seus lábios, carvões incandescentes.

10 Os céus ele abaixou e então desceu *
pousando em nuvens pretas os seus pés.
11 Um querubim o conduzia no seu vôo, *
sobre as asas do vento ele pairava.

12 Das trevas fez um véu para envolver-se, *
escondeu-se em densas nuvens e água escura.
13 No clarão que procedia de seu rosto, *
carvões incandescentes se acendiam.

14 Trovejou dos altos céus o Senhor Deus, *
o Altíssimo fez ouvir a sua voz;
15 e, lançando as suas flechas, dissipou-os, *
dispersou-os com seus raios fulgurantes.

16 Até o fundo do oceano apareceu, *
e os fundamentos do universo foram vistos,
– ante as vossas ameaças, ó Senhor, *
e ao sopro abrasador de vossa ira.

17 Lá do alto ele estendeu a sua mão *
e das águas mais profundas retirou-me;
18 libertou-me do inimigo poderoso *
e de rivais muito mais fortes do que eu.

19 Assaltaram-me no dia da aflição, *
mas o Senhor foi para mim um protetor;
20 colocou-me num lugar bem espaçoso: *
o Senhor me libertou, porque me ama.

Ant. O Senhor me libertou, porque me ama.

Ant. 3 Ó Senhor, fazei brilhar a minha lâmpada!
Ó meu Deus, iluminai as minhas trevas!

III

21 O Senhor recompensou minha justiça *
e a pureza que encontrou em minhas mãos,
22 pois nos caminhos do Senhor eu caminhei, *
e de meu Deus não me afastei por minhas culpas.

23 Tive sempre à minha frente os seus preceitos, *
e de mim não afastei sua justiça.
24 Diante dele tenho sido sempre reto *
e conservei-me bem distante do pecado.
25 O Senhor recompensou minha justiça *
e a pureza que encontrou em minhas mãos.

26 Ó Senhor, vós sois fiel com o fiel, *
sois correto com o homem que é correto;
27 sois sincero com aquele que é sincero, *
mas arguto com o homem astucioso.
28 Pois salvais, ó Senhor Deus, o povo humilde, *
mas os olhos dos soberbos humilhais.

29 Ó Senhor, fazeis brilhar a minha lâmpada; *
ó meu Deus, iluminais as minhas trevas.
30 Junto convosco eu enfrento os inimigos, *
com vossa ajuda eu transponho altas muralhas.

Ant. Ó Senhor, fazei brilhar a minha lâmpada!
Ó meu Deus, iluminai as minhas trevas!

V. todos se admiravam das palavras

R. Cheias de graça que saíam de seus bios.

V. Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Primeira leitura

Do Livro do Profeta Jeremias             3,1-5.19–4,4

Convite à conversão

A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos:

3,1 “Se o marido repudia sua mulher

e esta, separando-se dele,

se casa com outro homem,

acaso ainda voltará para ela?

Acaso não está profanado

e contaminado um país assim?

Cometeste adultério com muitos amantes,

voltarás para mim?

– diz o Senhor.

2 Levanta os olhos para as colinas

e vê se há lugar onde não te prostituíste.

Sentavas-te à beira do caminho à espera deles,

como o árabe do deserto;

profanaste a terra

com tuas práticas luxuriosas, com tua imoralidade.

3 Por isso te foram negadas as águas da chuva,

e não voltou a chover na primavera.

Ostentaste o rosto de uma meretriz,

incapaz de envergonhar-se.

4 Agora, ainda me chamas:

‘Tu és o meu pai, guia de minha meninice!

5 Pode ele ficar irado para sempre,

continuar indignado até ao fim?’

Assim falaste,

mas continuaste a praticar o mal.

19 Mas eu disse:

Como hei de considerar-te um dos filhos

e dar-te uma terra agradável,

a mais bela herança entre as nações?

Ainda disse: Vós me chamareis pai

e não deixareis de me seguir.

20 Oh! não, vós me desprezastes, casa de Judá,

como a mulher abandona o seu amante”,

diz o Senhor.

21 Ouviu-se nas colinas a voz

de choro e de súplicas: são filhos de Israel,

eles que trilharam o mau caminho

e esqueceram o Senhor, seu Deus.

22 “Convertei-vos, filhos que me tendes rejeitado,

vou curar os males dessa rejeição”.

“Eis-nos, então, viemos a ti;

tu és o Senhor, nosso Deus.

23 Aquelas colinas eram mentirosas,

mentirosa a agitação nos montes;

somente no Senhor, nosso Deus,

está a salvação de Israel.

24 A infâmia destruiu o trabalho de nossos pais

desde a nossa juventude,

seus rebanhos e o gado,

seus filhos e filhas.

25 Vamos dormir com essa infâmia,

cobertos de vergonha;

nós ofendemos o Senhor, nosso Deus,

nós e nossos pais,

desde a juventude até ao dia de hoje,

não escutamos a voz do Senhor, nosso Deus”.

4,1 “Se queres, Israel,

diz o Senhor,

é para mim que deves voltar;

se removeres de minha frente os teus ídolos,

 então não fugirás.

2 Pois hás de jurar: ‘O Senhor vive!’

e o farás pela verdade,

pelo juízo divino e pela justiça,

nele as nações serão abençoadas

e compartilharão de sua glória.

3 Isto diz o Senhor

aos homens de Judá e de Jerusalém:

Refazei vosso campo cultivado,

não queirais semear sobre espinhos.

4 Circuncidai-vos para o Senhor

e retirai o prepúcio do coração,

ó homens de Judá e habitantes de Jerusalém,

para não suscitardes o fogo de minha indignação;

não o façais crescer, a ponto de não se apagar,

devido a vossas obras perversas”.

Responsório             Jr 14,7; Sl 129(130),3

R. Se as nossas maldades nos acusam,

agi em nós, ó Senhor, por vosso nome!

* Nossas culpas são muitas, realmente,

ó Senhor, pois pecamos contra vós.

V. Se levardes em conta nossas faltas,

quem haverá de subsistir? * Nossas.

Segunda leitura

Das Instruções de São Columbano, abade

(Instr. 13, De Christo fonte vitae, 2-3:

Opera, Dublin 1957, 118-120)          (Séc.VII)

Tu és, ó Deus, nosso tudo

Irmãos, sigamos a vocação que nos chama da vida para a fonte da vida, fonte não apenas de água viva, mas da eterna vida, fonte de luz e de claridade; dela tudo provém, sabedoria e vida, luz eterna.

Autor da vida, é fonte da vida; Criador da luz, fonte da luz. Portanto, desprezando o que se vê e ultrapassando o mundo até as alturas dos céus, busquemos, quais peixes muito inteligentes e espertos, a fonte da luz, a fonte da vida, a fonte de água viva, para bebermos a água viva que jorra para a vida eterna (cf. Jo 4,14).

Oxalá te dignes admitir-me a esta fonte, Deus misericordioso, bom Senhor, onde eu, com os que têm sede de ti, beberei da onda viva da fonte viva de água corrente. Refeito por sua indizível doçura, esteja sempre unido a ela e diga: “Quão doce é a fonte de água viva, donde nunca falta a água que jorra para a vida eterna!”

Ó Senhor, tu és esta fonte, sempre, sempre desejável, sempre, sempre a ser bebida. Dá-nos, sempre, Cristo Senhor, desta água, para que também em nós haja a fonte de água viva que jorra para a vida eterna. Grande coisa peço, quem o duvida? Mas tu, rei da glória, sabes dar grandes coisas e grandes coisas prometeste; nada maior do que tu e te deste a nós, te deste por nós.

Rogamos-te então que conheçamos o que amamos, porque não te pedimos dar-nos nada além de ti. Tu és o nosso tudo, nossa vida, nossa luz, nossa salvação, nosso alimento, nossa bebida, nosso Deus. Rogo-te, nosso Jesus, inspira nossos corações com aquela brisa de teu Espírito e fere nossas almas com tua caridade. Que cada uma de nossas almas possa na verdade dizer: Mostra-me o amado de minha alma (cf. Ct 1,6), porque estou ferida de amor.

Desejo, Senhor, que se grave em mim esta ferida. Feliz a alma que assim foi ferida pela caridade; esta busca a fonte, esta bebe e, no entanto, sempre tem sede bebendo e sempre haure desejando aquela que sempre bebe sedenta. Assim sempre busca amando aquela que se cura ferindo. Que Deus e nosso Senhor Jesus Cristo, o bom médico eficaz, se digne ferir com a chaga da salvação o íntimo de nossa alma. A ele,com o Pai e com o Espírito Santo, pertence a unidade pelos séculos dos séculos. Amém.

Responsório             Jo 4,14-15

R. Quem beber daquela água que eu lhe der,

nunca mais sentirá sede, diz Jesus.

* Pois a água que eu lhe der vai se tornar

uma fonte a jorrar para a vida eterna.

V. Ó Senhor, eu peço, dai-me desta água,

a fim de que não mais eu tenha sede. * Pois a água.

Oração

Ó Deus, que unis os corações dos vossos fiéis num só desejo, dai ao vosso povo amar o que ordenais e esperar o que prometeis, para que, na instabilidade deste mundo, fixemos os nossos corações onde se encontram as verdadeiras alegrias. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.

R. Graças a Deus.