Quinta-feira da 1ª Semana do Advento

Ofício das Leituras


V. 
Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

O Verbo eterno do Pai,
da luz do Pai emanado,
nascendo eleva a história,
caída pelo pecado.

Nos corações, vosso amor
queime, qual fogo candente.
Ao escutar vosso anúncio,
fuja a mentira da mente.

As profundezas dos seres,
Juiz, vireis penetrar
e, castigando o culpado,
o Reino ao justo entregar.

Enfim, liberto das culpas,
fruto de nossas malícias,
no céu possamos gozar
vossas eternas delícias.

Ó Cristo, Rei piedoso,
a vós e ao Pai toda a glória,
com o Espírito Santo,
eterna honra e vitória.

Salmodia

Ant. A palavra do Senhor é proteção
paraaqueles que a ele se confiam.

IV

31 São perfeitos os caminhos do Senhor, *
sua palavra é provada pelo fogo;
– nosso Deus é um escudo poderoso *
para aqueles que a ele se confiam.

32 Quem é deus além de Deus nosso Senhor? *
Quem é Rochedo semelhante ao nosso Deus?
33 Foi esse Deus que me vestiu de fortaleza *
e que tornou o meu caminho sem pecado.

34 Tornou ligeiros os meus pés como os da corça *
e colocou-me em segurança em lugar alto;
35 adestrou as minhas mãos para o combate, *
e os meus braços, para usar arcos de bronze.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém.

Ou:

Demos glória a Deus Pai onipotente
e a seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso, †
e ao Esrito que habita em nosso peito *
pelos culos dos culos. Amém.

Ant. A palavra do Senhor é proteção
para aqueles que a ele se confiam.

Ant. 2 Com a vossa mão direita me amparastes.

V

=36 Por escudo vós me destes vossa ajuda; †
com a vossa mão direita me amparastes, *
e a vossa proteção me fez crescer.
37 Alargastes meu caminho ante meus passos, *
e por isso os meus pés não vacilaram.

38 Persegui meus inimigos e alcancei-os, *
não voltei sem os haver exterminado;
39 esmaguei-os, já não podem levantar-se, *
e debaixo dos meus pés caíram todos.

40 Vós me cingistes de coragem para a luta *
e dobrastes os rebeldes a meus pés.
41 Vós fizestes debandar meus inimigos, *
e aqueles que me odeiam dispersastes.

42 Eles gritaram, mas ninguém veio salvá-los; *
os seus gritos o Senhor não escutou.
43 Esmaguei-os como o pó que o vento leva *
e pisei-os como a lama das estradas.

44 Vós me livrastes da revolta deste povo *
e me pusestes como chefe das nações;
– serviu-me um povo para mim desconhecido, *
45 mal ouviu a minha voz, obedeceu.

= Povos estranhos me prestaram homenagem, †
46 povos estranhos se entregaram, se renderam *
e, tremendo, abandonaram seus redutos.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém.

Ant. Com a vossa mão direita me amparastes.

Ant. 3 Viva o Senhor! Bendito seja o meu Rochedo! †

VI

47 Viva o Senhor! Bendito seja o meu Rochedo! *
† E louvado seja Deus, meu Salvador!
48 Porque foi ele, o Senhor, que me vingou *
e os povos submeteu ao meu domínio;

= libertou-me de inimigos furiosos, †
49 me exaltou sobre os rivais que resistiam *
e do homem sanguinário me salvou.
50 Por isso, entre as nações, vos louvarei, *
cantarei salmos, ó Senhor, ao vosso nome.

=51 Concedeis ao vosso rei grandes vitórias †
e mostrais misericórdia ao vosso Ungido, *
a Davi e à sua casa para sempre.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém.

Ant. Viva o Senhor! Bendito seja o meu Rochedo!

V. Escutai, povos todos, a Palavra do Senhor.
R. E anunciai-a até os confins de toda a terra.

Primeira leitura

Do Livro do Profeta Isaías             16,1-5; 17,4-8

Os moabitas refugiam-se no reino de Judá.

Conversão de Efraim

16,1 Enviai um cordeiro ao dominador da terra,
desde Pedra, no deserto, ao monte de Sião.
2 Acontecerá que as cidades de Moab
fugirão para os baixios do Arnon,
como aves e seus filhotes que saem voando,
abandonando os ninhos.
Dá um conselho, toma uma decisão;
faze escurecer como noite a tua sombra ao meio-dia,
esconde os fugitivos, não denuncies os errantes.
4 Deixa morar contigo os fugitivos de Moab;
serve-lhes de esconderijo contra o devastador;
pois a opressão se acabou,
a devastação chegou ao fim,
desapareceu da terra o invasor.
5 O trono se firmará sobre a misericórdia;
sentar-se-á sobre ele, com toda a verdade,
na terra de Davi, um juiz que busca a justiça
e sabe ministrá-la com rapidez.
17,4 “Naquele dia, diminuirá a glória de Jacó,
sua robustez perderá vigor;
será como o ceifeiro que agarra os caules
e com o braço colhe espigas;
ou como o catador de espigas no vale de Rafaim;
ali não será deixado senão um cacho de uvas;
ou será como ao sacudir-se a oliveira,
em que ficam duas ou três azeitonas na ponta do galho;
ou será ainda como quando ficam
quatro ou cinco frutas no alto da árvore”,
diz o Senhor Deus de Israel.
7 Naquele dia, o homem se voltará para o seu criador
e olhará só para o Deus Santo de Israel;
8 não prestará atenção aos altares
que suas mãos fabricaram
e seus dedos aperfeiçoaram;
nem olhará para bosques e altares de incenso.

Responsório             Cf. Jr 33,15.16; Is 16,5

R. De Davi farei brotar um rebento de justiça
que tra de novo à terra o direito e a justiça.
* Será este o seu nome: “Senhor, nossa justiça”.
V. O seu trono tem por base o amor e a compaixão;
juiz justo julga com justiça e retidão.
* Será este.

Segunda leitura

Do Comentário sobre o Diatéssaron, de Santo Efrém, diácono

(Cap. 18,15-17; SCh 121,325-328).             (Séc. IV)

Vigiai: Cristo virá de novo

Para impedir que os discípulos o interrogassem sobre o momento de sua vinda, disse-lhes Cristo: Aquela hora ninguém a conhece, nem os anjos nem o Filho. Não vos compete saber o tempo e o momento (cf. Mc 13,32-33). Ocultou-nos isso para que ficássemos vigilantes e cada um de nós pudesse pensar que esse acontecimento se daria durante a nossa vida. Se tivesse revelado o tempo de sua vinda, esta deixaria de ter interesse e não seria mais desejada pelos povos da época em que se manifestará. Ele disse que viria, mas não declarou o momento e por isso as gerações e todos os séculos o esperam ardentemente.

Embora o Senhor tenha dado a conhecer os sinais de sua vinda, não se vê exatamente o último deles, pois numa mudança contínua, esses sinais apareceram e passaram e, por outro lado, ainda perduram. Sua última vinda será igual à primeira.

Os justos e os profetas o desejavam, pensando que se manifestaria em seu tempo; do mesmo modo, cada um dos fiéis de hoje deseja recebê-lo em sua época, pois ele não disse claramente o dia em que viria. E isto sobretudo para ninguém pensar que está submetido a uma determinação e hora, ele que domina os números e os tempos. Como poderia estar oculto àquele que descreveu os sinais de sua vinda, o que ele próprio estabeleceu? O Senhor pôs em relevo esses sinais para que, desde o primeiro dia, os povos de todos os séculos pensassem que ele viria no próprio tempo deles.

Permanecei vigilantes porque, quando o corpo dorme, é a natureza que nos domina e nossa atividade é então dirigida, não por nossa vontade, mas pelos impulsos da natureza. E quando a alma está dominada por um pesado torpor, como por exemplo a pusilanimidade ou a tristeza, é o inimigo que a domina e a conduz, mesmo contra a sua vontade. Os impulsos dominam a natureza e o inimigo domina a alma.

Por isso, o Senhor recomendou ao homem a vigilância tanto da alma como do corpo: ao corpo, para que se liberte da sonolência; e à alma, para que se liberte da indolência e pusilanimidade. Assim diz a Escritura: Vigiai, justos (cf. 1Cor 15,34); e também: Despertei e ainda estou contigo (cf. Sl 138,18); e ainda: Não desanimeis (cf. Jo 16,33). Por isso não desanimamos no exercício do ministério que recebemos (2Cor 4,1).

Responsório             Is 55,3-4; At 28,28

R. Convosco hei de fazer uma eterna aliança,
fiel ao meu amor, a Davi, meu servidor!
* Eu fiz dele testemunha entre os povos do universo,
guia e mestre das nações.
V. Às nações foi enviada a salvação que é Jesus Cristo
e haverão de rece-la. *Eu fiz dele. 

Oração

Despertai, ó Deus, o vosso poder e socorrei-nos com a vossa força, para que vossa misericórdia apresse a salvação que nossos pecados retardam. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora 

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.