Ofício das Leituras de Sábado da 23ª Semana do Tempo Comum

V. Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:

Um Deus em três pessoas,
o mundo governais:
dos homens que criastes
as faltas perdoais.

Ouvi, pois, nosso canto
e o pranto que vertemos:
de coração sem mancha,
melhor vos contemplemos.

Por vosso amor tenhamos
a alma iluminada,
e alegres aguardemos,
Senhor, vossa chegada.

Rompendo agora a noite,
do sono despertados,
com os bens da pátria eterna
sejamos cumulados!

A glória seja ao Pai,
ao Filho seu também;
ao Espírito igualmente,
agora e sempre. Amém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:

Autor da glória eterna,
que ao povo santo dais
a graça septiforme
do Espírito, escutai:

Tirai ao corpo e à mente
do mal as opressões;
cortai os maus instintos,
curai os corações.

Tornai as mentes calmas,
as obras completai,
ouvi do orante as preces,
a vida eterna dai.

Do tempo, em sete dias,
o curso conduzis.
No dia oitavo e último
vireis como juiz.

E nele, ó Redentor,
da ira nos poupai,
tirai-nos da esquerda,
à destra nos guardai.

Ouvi a prece humilde
do povo reverente,
e a vós daremos glória,
Deus Trino, eternamente.

Salmodia

Ant. 1 Agradeçamos ao Senhor o seu amor
e as suas maravilhas entre os homens.

Salmo 106(107)

Ação de graças pela libertação

Deus enviou sua palavra aos israelitas e lhes anunciou a boa-nova da paz, por meio de Jesus Cristo (At 10,36).

I

1 Dai graças ao Senhor, porque ele é bom, *
porque eterna é a sua misericórdia!

2 Que o digam os libertos do Senhor, *
que da mão dos opressores os salvou
3 e de todas as nações os reuniu, *
do Oriente, Ocidente, Norte e Sul.

4 Uns vagavam, no deserto, extraviados, *
sem acharem o caminho da cidade.
5 Sofriam fome e também sofriam sede, *
e sua vida ia aos poucos definhando.

6 Mas gritaram ao Senhor na aflição, *
ele os libertou daquela angústia.
7 Pelo caminho bem seguro os conduziu *
para chegarem à cidade onde morar.

8 Agradeçam ao Senhor o seu amor *
e as suas maravilhas entre os homens!
9 Deu de beber aos que sofriam tanta sede *
e os famintos saciou com muitos bens!

10 Alguns jaziam em meio a trevas pavorosas, *
prisioneiros da miséria e das correntes,
11 por se terem revoltado contra Deus *
e desprezado os conselhos do Altíssimo.
12 Ele quebrou seus corações com o sofrimento; *
eles tombaram, e ninguém veio ajudá-los!

13 Mas gritaram ao Senhor na aflição, *
ele os libertou daquela angústia.
14 E os retirou daquelas trevas pavorosas, *
despedaçou suas correntes, seus grilhões.

15 Agradeçam ao Senhor o seu amor *
e as suas maravilhas entre os homens!
16 Porque ele arrombou portas de bronze *
e quebrou trancas de ferro das prisões!

Ant. Agradeçamos ao Senhor o seu amor
e as suas maravilhas entre os homens.

Ant. 2 Nós vimos seus progios e suas maravilhas.

II

17 Uns deliravam no caminho do pecado, *
sofrendo a conseqüência de seus crimes;
18 todo alimento era por eles rejeitado, *
e da morte junto às portas se encontravam.

19 Mas gritaram ao Senhor na aflição, *
ele os libertou daquela angústia.
20 Enviou sua palavra e os curou, *
e arrancou as suas vidas do sepulcro.

21 Agradeçam ao Senhor o seu amor *
e as suas maravilhas entre os homens!
22 Ofereçam sacrifícios de louvor, *
e proclamem na alegria suas obras!

23 Os que sulcam o alto-mar com seus navios, *
para ir comerciar nas grandes águas,
24 testemunharam os prodígios do Senhor *
e as suas maravilhas no alto-mar.

25 Ele ordenou, e levantou-se o furacão, *
arremessando grandes ondas para o alto;
26 aos céus subiam e desciam aos abismos, *
seus corações desfaleciam de pavor.

27 Cambaleavam e caíam como bêbados, *
toda a sua perícia deu em nada.
28 Mas gritaram ao Senhor na aflição, *
ele os libertou daquela angústia.

29 Transformou a tempestade em bonança, *
e as ondas do oceano se calaram.
30 Alegraram-se ao ver o mar tranqüilo, *
e ao porto desejado os conduziu.

31 Agradeçam ao Senhor o seu amor *
e as suas maravilhas entre os homens!
32 Na assembléia do seu povo o engrandeçam *
e o louvem no conselho de anciãos!

Ant. Nós vimos seus progios e suas maravilhas.

Ant. 3 Que os justos, vendo as obras do Senhor,
compreendam como é grande o seu amor!

III

33 Ele mudou águas correntes em deserto, *
e fontes de água borbulhante em terra seca;
34 transformou as terras férteis em salinas, *
pela macia dos que nelas habitavam.

35 Converteu em grandes lagos os desertos *
e a terra árida em fontes abundantes;
36 e ali fez habitarem os famintos, *
que fundaram sua cidade onde morar.

37 Plantaram vinhas, semearam os seus campos, *
que deram frutos e colheitas abundantes.
38 Abençoou-os e cresceram grandemente, *
e não deixou diminuir o seu rebanho.

39 Mas depois ficaram poucos e abatidos, *
oprimidos por desgraças e aflições;
40 porém Aquele que confunde os poderosos *
e os fez errar por um deserto sem saída,
41 retirou da indigência os seus pobres, *
e qual rebanho aumentou suas famílias.

42 Que os justos vejam isto e rejubilem, *
e os maus fechem de vez a sua boca!
43 Quem é bio, que observe essas coisas *
e compreenda a bondade do Senhor!

Ant. Que os justos, vendo as obras do Senhor,
compreendam como é grande o seu amor!

V. Chega às nuvens a vossa verdade, Senhor,
R. E aos abismos dos mares, os vossos juízos.

Primeira leitura

Do Livro das Lamentações             5,1-22

Prece pela libertação do povo

1 Lembra-te,Senhor, do que nos aconteceu,
vê e considera a nossa humilhação.
2 Nossa herança passou a estrangeiros,
nossa habitação, a desconhecidos.
3 Estamos órfãos de pai,
nossas mães estão viúvas.
4 Pagamos para beber nossa água,
compramos a dinheiro nossa lenha.
5 Suportamos canga no nosso pescoço,
cansados, não nos dão repouso.
6 Demos as mãos a egípcios e assírios,
para abastecer-nos de pão.
7 Nossos pais pecaram e já não existem,
mas nós sofremos o peso de suas culpas.
8 Escravos são os que dominam sobre nós;
Ninguém nos liberta de suas mãos.
9 Conseguimos pão com risco de vida,
enfrentando a espada na orla do deserto.
10 Nossa pele enrugou-se como ao forno
pelo ardor da fome.
11 Em Sião foram desonradas as mulheres
e as jovens na cidade de Judá.
12 Fizeram enforcar nossos chefes;
não respeitaram a idade de nossos anciãos.
13 Os jovens tinham de girar a mó do moinho
e os meninos, de carregar lenha.
14 Os anciãos não mais comparecem às portas,
os jovens não frequentam o coro de música.
15 Acabou a alegria do nosso coração,
o nosso canto degenerou em tristeza.
16 Caiu a coroa da nossa cabeça;
ai de nós, que pecamos.
17 Por isso tudo, está triste o nosso coração,
por isso, meus olhos perderam o brilho:
18 pois que o monte Sião está devastado,
por lá andam à solta as raposas.
19 Mas tu, Senhor, permaneces para a eternidade
e o teu trono subsiste de geração em geração.
20 Por que esquecer-te de nós, sempre,
e abandonar-nos por tanto tempo?
21 Atrai-nos parati, Senhor,
e parati nós nos voltaremos;
faze-nos reviver os dias de outrora.
22 A não ser que nos rejeitaste totalmente,
não estás irritado demais conosco?

Responsório             Lm 5,19a.20a.21a; Mt 8,25b

R. Vós, Senhor, permaneceis eternamente;
por que nos esqueceis perpetuamente?
* Ó Senhor, reconduzi-nos para vós,
e para vós nós voltaremos convertidos.
V. Salvai-nos, ó Senhor, que perecemos! * Ó Senhor.

Segunda leitura

Dos Sermões de Santo Atanásio, bispo

(Oratio de incarnatione Verbi, 10: PG25,111-114)      (Séc.IV)

Renova os nossos dias como no princípio

Deus Verbo do excelso Pai não abandonou a natureza dos homens que descambava para a corrupção. Mas pela oblação do próprio corpo destruiu a morte em que haviam incorrido, corrigiu pela doutrina sua indignidade e tudo de humano restaurou.

Poderá confirmar tudo isto pela autoridade dos teólogos, discípulos de Cristo, quem quer que leia o que dizem: A caridade de Cristo nos urge, sabendo que se um morreu por todos, logo todos estão mortos; e por todos morreu ele para que não mais vivamos para nós mesmos, mas para aquele que por nós morreu e ressuscitou dos mortos, nosso Senhor Jesus Cristo (cf. 2Cor 5,14-15). E de novo: Aquele que foi colocado por pouco tempo abaixo dos anjos, Jesus, nós o vemos coroado de glória e de honra, por causa dos sofrimentos da morte, para que, pela graça de Deus, provasse a morte em favor de todos (Hb 2,9). Mais adiante, dá a razão por que ao Deus Verbo e só a ele convinha fazer-se homem: Convinha que o autor da salvação, para quem tudo e por quem tudo foi feito, e que levaria muitos filhos à glória, chegasse à consumação pela paixão (Hb 2,10). Por estas palavras significa não competir a outro que não ao Deus Verbo, por quem foram criados no início, arrancar os homens da corrupção.

Foi este o motivo por que o Verbo aceitou um corpo, a fim de se tornar vítima em favor dos corpos semelhantes; também isto se afirma pelos seguintes dizeres: Os filhos têm em comum a carne e o sangue; ele de igual modo deles participou, para destruir por sua morte aquele que detinha o império da morte, isto é, o diabo, e libertar os que pelo temor da morte eram sujeitos à escravidão durante toda a vida (Hb 2,14-15). Na verdade, imolando o próprio corpo, pôs fim à lei decretada contra nós e para nós renovou o princípio da vida, dando a esperança de ressurgirmos. 

A morte recebera dos homens o poder contra os homens; pelo Verbo de Deus enviado aos homens, veio a destruição da morte e a ressurreição da vida, como disse o varão repleto de Cristo: Porque por um homem entrou a morte e por um homem, a ressurreição dos mortos. Pois como em Adão todos morrem, assim em Cristo todos serão vivificados (1Cor 15,21-22) e o que se segue. Já não mais morremos para nosso castigo, mas como os que serão despertados dos mortos aguardamos a ressurreição comum a todos. Em seu tempo, Deus, o autor e doador destas coisas, o manifestará.

Responsório             Rm 3,23-25a; 1Cor 15,22

R. Pois, todos os homens pecaram
e carecem da glória de Deus,
sendo justificados, de graça,
mediante a libertação, realizada por meio de Cristo.
* Deus destinou que Cristo fosse, por seu sangue,
a vítima da propiciação,
pela fé que colocamos nele mesmo.
V. Assim como em Adão todos morrem,
terão todos a vida em Cristo. * Deus.

Oração

Ó Deus, pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos e filhas, concedei aos que creem no Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


Comments

Uma resposta para “Ofício das Leituras de Sábado da 23ª Semana do Tempo Comum”

  1. Avatar de Geraldo Corrêa Filho
    Geraldo Corrêa Filho

    Frutos…

    Vós sois justo, Senhor, e justa é a vossa sentença; tratai o vosso servo segundo a vossa misericórdia (Sl 118,137.124).

    Oração do dia
    Ó Deus, Pai de bondade, que nos redimistes e adotastes como filhos, concedei aos que creem em Cristo a verdadeira liberdade e a herança eterna. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

    ‘ Por que me chamais: ‘Senhor! Senhor!’, mas não fazeis o que eu digo? ‘

    https://padrepauloricardo.org/episodios/quem-da-conta-de-viver-o-evangelho

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