Ofício das Leituras de 19 de Dezembro



Ofício das Leituras

V. Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

Oh vinde depressa,
do seio da virgem,
Beleza dos céus!
O mundo admire:
um tal nascimento
é digno de Deus.

Não germe de homem,
mas sopro divino
no seio o gerou.
O verbo de Deus
se fez nossa carne,
o ventre deu flor.

A vida já cresce
no seio da Virgem
que guarda a pureza.
Deus mora em seu templo
e brilha a virtude
em toda a grandeza.

Que venha o herói
que é homem e é Deus,
do quarto nupcial,
correr glorioso
seu nobre caminho,
a trilha real.

Igual a Deus Pai,
reveste dos homens
a carne, a fraqueza,
e, desta maneira,
nos dá a virtude,
de Deus fortaleza.

Já brilha o presépio,
e um novo esplendor
a noite nos traz.
Que fujam as trevas,
a fé resplandeça
e reine a paz.

A vós, Rei piedoso,
e ao Pai que nos ama,
a glória convém.
Com vosso Espírito
reinais sobre o mundo
nos séculos. Amém. 

Salmodia

Ant. 1 Olhai e vede, ó Senhor, a humilhação do vosso povo!

Salmo 88(89),39-53

Lamentação sobre a ruína da casa de Davi

Fez aparecer para nós uma força de salvação na casa de Davi (Lc 1,69).

IV

39 E no entanto vós, Senhor, repudiastes vosso Ungido, *
gravemente vos irastes contra ele e o rejeitastes!
40 Desprezastes a Aliança com o vosso servidor, *
profanastes sua coroa, atirando-a pelo chão!

41 Derrubastes, destruístes os seus muros totalmente, *
e as suas fortalezas reduzistes a ruínas.
42 Os que passam no caminho sem piedade o saquearam *
e tornou-se uma vergonha para os povos, seus vizinhos.

43 Aumentastes o poder da mão direita do agressor, *
e exultaram de alegria os inimigos e opressores.
44 Vós fizestes sua espada ficar cega, sem ter corte, *
não quisestes sustentá-lo quando estava no combate.

45 O seu cetro glorioso arrancastes de sua mão, *
derrubastes pelo chão o seu trono esplendoroso,
46 e de sua juventude a duração abreviastes, *
recobrindo sua pessoa de vergonha e confusão.

Ant. Olhai e vede, ó Senhor, a humilhação do vosso povo!

Ant. 2 Sou o rebento da estirpe de Davi,
sou a estrela fulgurante da manhã.

V

47 Até quando, Senhor Deus, ficareis sempre escondido?*
Arde a vossa ira como fogo eternamente?
48 Recordai-vos, ó Senhor, de como é breve a minha vida,*
e de como é perecível todo homem que criastes!
49 Quem acaso viverá sem provar jamais a morte, *
e quem pode arrebatar a sua vida dos abismos?

50 Onde es, ó Senhor Deus, vosso amor de antigamente?*
Não jurastes a Davi fidelidade para sempre?
51 Recordai-vos, ó Senhor, da humilhação dos vossos servos, *
pois carrego no meu peito os ultrajes das nações;

52 com os quais sou insultado pelos vossos inimigos, *
com os quais eles ultrajam vosso Ungido a cada passo!
53 O Senhor seja bendito desde agora e para sempre! *
Bendito seja o Senhor Deus, eternamente! Amém, amém!

Ant. Sou o rebento da estirpe de Davi,
sou a estrela fulgurante da manhã.

Ant. 3 Os nossos dias vão murchando como a erva;
vós, Senhor, sois desde sempre e para sempre.

Salmo 89(90)

O esplendor do Senhor esteja sobre nós

Para o Senhor, um dia é como mil anos, e mil anos como um dia (2Pd 3,8).

1 Vós fostes um regio para nós, *
ó Senhor, de geração em geração.
=2 Já bem antes que as montanhas fossem feitas †
ou a terra e o mundo se formassem, *
desde sempre e para sempre vós sois Deus.

3 Vós fazeis voltar ao pó todo mortal, *
quando dizeis: “Voltai ao pó, filhos de Adão!”
4 Pois mil anos para vós são como ontem, *
qual vilia de uma noite que passou.

5 Eles passam como o sono da manhã, *
6 são iguais à erva verde pelos campos:
– De manhã ela floresce vicejante, *
mas à tarde é cortada e logo seca.

7 Por vossa ira perecemos realmente, *
vosso furor nos apavora e faz tremer;
8 pusestes nossa culpa à nossa frente, *
nossos segredos ao clarão de vossa face.

9 Em vossa ira se consomem nossos dias, *
como um sopro se acabam nossos anos.
10 Pode durar setenta anos nossa vida, *
os mais fortes talvez cheguem a oitenta;
– a maior parte é ilusão e sofrimento: *
passam depressa e também nós assim passamos.

11 Quem avalia o poder de vossa ira, *
o respeito e o temor que mereceis?
12 Ensinai-nos a contar os nossos dias, *
e dai ao nosso coração sabedoria!

13 Senhor, voltai-vos! Até quando tardareis? *
Tende piedade e compaixão de vossos servos!
14 Saciai-nos de manhã com vosso amor, *
e exultaremos de alegria todo o dia!

15 Alegrai-nos pelos dias que sofremos, *
pelos anos que passamos na desgraça!
16 Manifestai a vossa obra a vossos servos, *
e a seus filhos revelai a vossa glória!

17 Que a bondade do Senhor e nosso Deus *
repouse sobre nós e nos conduza!
– Tornai fecundo, ó Senhor, nosso trabalho, *
fazei dar frutos o labor de nossas mãos!

Ant. Os nossos dias vão murchando como a erva;
vós, Senhor, sois desde sempre e para sempre.

V. Mostrai-nos, ó Senhor, vossa bondade.
R. E a vossa salvação nos concedei!

Primeira leitura
Do Livro do Profeta Isaías 47,1.3b-15

Lamentação sobre a Babilônia

Desce, senta-te no pó,
jovem cidade da Babilônia;
senta-te no chão, sem trono, cidade dos caldeus,
porque não mais serás chamada
a meiga e delicada.
3b
 “Tomarei vingança, a ninguém perdoarei”,
4
 diz o nosso libertador,
cujo nome é: Senhor dos exércitos,
Santo de Israel.
5
 Senta-te bem calada, fica no escuro,
cidade dos caldeus,
pois não serás mais chamada
a Senhora dos reinos.
6
 Irritei-me, sim, contra meu povo,
rejeitei minha herança profanada,
entreguei-os às tuas mãos;
não tiveste dó nem piedade deles,
e carregaste demais sobre os idosos o peso da escravidão,
7
 e disseste: “Eu serei soberana para sempre”.
Não te ocorreram à mente tais coisas
nem suspeitaste de teu destino final.
E agora, escuta isto, ó vaidosa,
que vivias em segurança e dizias no teu coração:
“Eu sou única, não há outra igual a mim,
não ficarei viúva
nem sofrerei privação de filhos”.
9
 Cairão sobre ti esses dois males,
de repente e de uma só vez:
viuvez e privação dos filhos,
chegaram de improviso sobre ti
por causa de teus inúmeros crimes,
por causa da abundância dos teus encantos.
10 
Tiveste confiança em tua malícia
e disseste: “Não há quem me veja”.
Esta sabedoria e esta ciência te enganaram.
E dizias, cheia de ti:
“Eu sou única, não há outra igual a mim”.
11
 Cairá sobre ti uma desgraça
que não saberás evitar;
virá sobre ti um mal
que não poderás suportar;
virá de repente sobre ti
uma calamidade como nunca viste.
12 
Deixa-te ficar com teus encantos
e com os inúmeros crimes
em que te envolveste desde a juventude:
talvez isso te ajude, talvez te atemorize.
13
 Fracassaste em tuas inúmeras previsões;
apareçam para salvar-te os que estudam o céu
e contemplam os astros,
os que costumam anunciar-te o futuro
a cada passagem da lua nova.
14
 Ei-los feitos como palha,
pois o fogo os queimou.
Não se livrarão a si mesmos da força da chama;
não são brasas para aquecer
nem lareira para se estar ao lado.
15 
Assim acabam esses fautores de encantos
pelos quais te fatigaste desde a tua juventude;
cada um deles corre para seu lado,
não há ninguém que venha em teu socorro.

Responsório Is 49,13; 47,4

R. Cantai, ó céus, e exulte a terra,
gritai, ó montes, de alegria:
* Pois o Senhor se compadece de seu povo e dos aflitos.
V. Ele é o nosso Redentor, o Senhor do universo,
o Deus santo de Israel. * Pois o Senhor.

Segunda leitura
Do Tratado contra as heresias, de Santo Irineu, bispo
(Lib. 3,20, 2-3: SCh 34, 342-344)       (Sec. II)

A economia da Encarnação redentora

A glória do homem é Deus; mas quem se beneficia das obras de Deus e de toda a sua sabedoria e poder é o homem.

Semelhante ao médico que demonstra sua competência no doente, assim Deus se manifesta nos homens. Eis por que o Apóstolo Paulo diz: Deus encerrou todos os homens na desobediência, a fim de exercer misericórdia para com todos (Rm 11,32). Referia-se ao homem que, por ter desobedecido a Deus, perdeu a imortalidade, mas depois obteve misericórdia, recebendo a adoção por intermédio do Filho de Deus.

Se o homem acolhe, sem orgulho nem presunção, a verdadeira glória que procede das criaturas e do criador, isto é, de Deus todo-poderoso que dá a tudo a existência, e se permanece em seu amor, na obediência e na ação de graças, receberá dele uma glória ainda maior, progredindo sempre mais, até se tornar semelhante àquele que morreu por ele.

Com efeito, Cristo se revestiu de uma carne semelhante à do pecado (Rm 8,3) para condenar o pecado e, depois de o condenar, expulsá-lo da carne. Tudo isso para incentivar o homem a tornar-se semelhante a ele, destinando-o a ser imitador de Deus, colocando-o sob a obediência paterna, a fim de que visse a Deus e tivesse acesso ao Pai. O Verbo de Deus habitou no homem e se fez filho do homem, para acostumar o homem a compreender a Deus e Deus a habitar no homem, segundo a vontade do Pai.

Por esse motivo, o sinal de nossa salvação, o Emanuel nascido da Virgem (cf. Is 7,11.14), foi dado pelo próprio Senhor; pois seria ele quem salvaria os homens, já que não poderiam salvar-se por si mesmos. Por isso São Paulo proclama a fraqueza do homem, dizendo: Estou ciente de que o bem não habita em mim (Rm 7,18), indicando que o bem de nossa salvação não vem de nós, mas de Deus. E ainda: Infeliz que sou! Quem me libertará deste corpo de morte? (Rm 7,24). E logo mostra quem o liberta: A graça de nosso Senhor Jesus Cristo (cf. Rm 7,25).

Também Isaías diz: Fortalecei as mãos enfraquecidas e firmai os joelhos debilitados. Dizei às pessoas deprimidas: “Criai ânimo, não tenhais medo! Vede, é vosso Deus, é a vingança que vem, é a recompensa de Deus; é ele que vem para nos salvar” (cf. Is 35,3-4). Na verdade, nossa salvação não poderia vir de nós mesmos, mas unicamente do socorro de Deus.

Responsório Cf. Jr 31,10; 4,5

R. Ouvi, nações, a palavra do Senhor
e anunciai-a nas ilhas mais distantes:
* Eis que vem nosso Deus e Salvador.
V. Anunciai, em alta voz, fazei ouvir,
com voz forte, proclamai aos homens todos:
* Eis que vem.

Oração

Ó Deus, que revelastes ao mundo o esplendor de vossa glória pelo parto virginal de Maria, dai-nos venerar com fé pura e celebrar sempre com amor sincero o mistério tão profundo da encarnação. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


Comments

Uma resposta para “Ofício das Leituras de 19 de Dezembro”

  1. Avatar de Geraldo Corrêa Filho
    Geraldo Corrêa Filho

    Como terei certeza disso?

    Aquele que há de vir chegará sem demora: já não haverá mais temor entre nós, porque ele é o nosso salvador (Hb 10,37).

    Oração do dia
    Ó Deus, que revelastes ao mundo o esplendor da vossa glória pelo parto virginal de Maria, dai-nos venerar com fé pura e celebrar sempre com amor sincero o mistério tão profundo da encarnação. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

    ‘ Eis que ficarás mudo e não poderás falar até o dia em que essas coisas acontecerem… ‘

    https://padrepauloricardo.org/episodios/o-raiz-de-jesse-vinde-salvar-nos

Deixe um comentário para Geraldo Corrêa Filho Cancelar resposta

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *