V. Vinde, ó Deus, em meu auxílio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. Aleluia.
Hino
I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:
Refeitos pelo sono,
do leito levantamos.
Ficai com vossos filhos,
ó Pai, vos suplicamos.
A vós, o som primeiro,
o amor que se irradia:
sejais princípio e fim
de cada ação do dia.
Que a treva ceda à aurora,
a noite ao sol dourado:
e a luz da graça afaste
a sombra do pecado.
Lavai as nossas faltas,
Senhor, que nos salvastes;
esteja o vosso nome
nos lábios que criastes.
A glória seja ao Pai,
ao Filho seu também,
ao Espírito igualmente,
agora e sempre. Amém.
II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:
Divindade, luz eterna,
Unidade na Trindade,
proclamando vossa glória,
suplicamos piedade.
Cremos todos no Pai Santo,
no seu Filho Salvador
e no Espírito Divino
que os une pelo Amor.
Ó verdade, amor eterno,
nosso fim, felicidade,
dai-nos fé e esperança
e profunda caridade.
Sois o fim, sois o começo,
e de tudo sois a fonte,
esperança dos que creem,
luz que brilha no horizonte.
Vós, sozinho, fazeis tudo,
e a tudo vós bastais.
Sois a luz de nossa vida,
aos que esperam premiais.
Bendizemos a Trindade,
Deus Eterno, Sumo Bem,
Pai e Filho e Santo Espírito,
pelos séculos. Amém.
Salmodia
Ant. 1 Por vossa bondade, salvai-me, Senhor!
Salmo 6
O homem aflito pede clemência ao Senhor
Agora sinto-me angustiado. Pai, livra-me desta hora (Jo 12,27).
–2 Repreendei-me, Senhor, mas sem ira; *
corrigi-me, mas não com furor!
=3 Piedade de mim: estou enfermo †
e curai o meu corpo doente! *
4 Minha alma está muito abatida!
= Até quando, Senhor, até quando.? †
5 Oh! voltai-vos a mim e poupai-me, *
e salvai-me por vossa bondade!
–6 Porque, morto, ninguém vos recorda; *
pode alguém vos louvar no sepulcro?
=7 Esgotei-me de tanto gemer, †
banho o leito em meu pranto de noite, *
minha cama inundei com as lágrimas!
–8 Tenho os olhos turvados de mágoa, *
fiquei velho de tanto sofrer!
–9 Afastai-vos de mim, malfeitores, *
porque Deus escutou meus soluços!
–10 O Senhor escutou meus pedidos; *
o Senhor acolheu minha prece!
–11 Apavorem-se os meus inimigos; *
com vergonha, se afastem depressa!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Por vossa bondade, salvai-me, Senhor!
Ant. 2 O Senhor é o refúgio do oprimido,
seu abrigo nos momentos de aflição.
Salmo 9 A(9)
Ação de graças pela vitória
De novo há de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos
I
–2 Senhor, de coração vos darei graças, *
as vossas maravilhas cantarei!
–3 Em vós exultarei de alegria, *
cantarei ao vosso nome, Deus Altíssimo!
–4 Voltaram para trás meus inimigos, *
perante a vossa face pereceram;
–5 defendestes meu direito e minha causa, *
juiz justo assentado em vosso trono.
–6 Repreendestes as nações, e os maus perdestes, *
apagastes o seu nome para sempre.
=7 O inimigo se arruinou eternamente, †
suas cidades foram todas destruídas, *
e até sua lembrança exterminastes.
–8 Mas Deus sentou-se para sempre no seu trono, *
preparou o tribunal do julgamento;
–9 julgará o mundo inteiro com justiça, *
e as nações há de julgar com equidade.
–10 O Senhor é o refúgio do oprimido, *
seu abrigo nos momentos de aflição.
–11 Quem conhece o vosso nome, em vós espera, *
porque nunca abandonais quem vos procura.
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. O Senhor é o refúgio do oprimido,
seu abrigo nos momentos de aflição.
Ant. 3 Anunciarei vossos louvores
junto às portas de Sião.
II
–12 Cantai hinos ao Senhor Deus de Sião, *
celebrai seus grandes feitos entre os povos!
–13 Pois não esquece o clamor dos infelizes, *
deles se lembra e pede conta do seu sangue.
=14 Tende pena e compaixão de mim, Senhor! †
Vede o mal que os inimigos me fizeram! *
E das portas dos abismos retirai-me,
=15 para que eu possa anunciar vossos louvores †
junto às portas da cidade de Sião, *
e exultar por vosso auxílio e salvação!
–16 Os maus caíram no buraco que cavaram, *
nos próprios laços foram presos os seus pés.
–17 O Senhor manifestou seu julgamento: *
ficou preso o pecador em seu pecado.
–18 Que tombem no abismo os pecadores *
e toda gente que se esquece do Senhor!
–19 Mas o pobre não será sempre esquecido,
nem é vã a esperança dos humildes.
–20 Senhor, erguei-vos, não se ufanem esses homens! *
Perante vós sejam julgados os soberbos!
–21 Lançai, Senhor, em cima deles o terror, *
e saibam todos que não passam de mortais!
– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.
Ant. Anunciarei vossos louvores
junto às portas de Sião.
V. Dai-me o saber, e cumprirei a vossa lei.
R. E de todo o coração a guardarei.
Primeira leitura
Do Livro do Profeta Ezequiel 34,1-6.11-16.23-31
Israel, rebanho do Senhor
1A palavra do Senhor foi-me dirigida nestes termos: 2”Filho do homem, profetiza contra os pastores de Israel! Profetiza, dizendo-lhes: Assim fala o Senhor Deus aos pastores: Ai dos pastores de Israel, que se apascentam a si mesmos! Não são os pastores que devem apascentar as ovelhas? 3Vós vos alimentais com o seu leite, vestis a sua lã e matais os animais gordos, mas não apascentais as ovelhas. 4Não fortalecestes a ovelha fraca, não curastes a ovelha doente, nem enfaixastes a ovelha ferida. Não trouxestes de volta a ovelha extraviada, não procurastes a ovelha perdida; ao contrário, dominastes sobre elas com dureza e brutalidade. 5As ovelhas dispersaram-se por falta de pastor; tomando-se presa de todos os animais selvagens. 6minhas ovelhas vaguearam sem rumo por todos os montes e colinas elevadas. Dispersaram-se minhas ovelhas por toda a extensão do país, e ninguém perguntou por elas, nem as procurou.
11Assim diz o Senhor Deus: Vede! Eu mesmo vou procurar minhas ovelhas e tomar conta delas. 12Como o pastor toma conta do rebanho, de dia, quando se encontra no meio das ovelhas dispersas, assim vou cuidar de minhas ovelhas e vou resgatá-las de todos os lugares em que forem dispersadas num dia de nuvens e escuridão. 13Vou retirar minhas ovelhas do meio dos povos e recolhê-las do meio dos países para as conduzir à sua terra. Vou apascentar as ovelhas sobre os montes de Israel, nos vales dós riachos e em todas as regiões habitáveis do país. 14Vou apascentá-las em boas pastagens e nos altos montes de Israel estará o seu abrigo. Ali repousarão em prados verdejantes e pastarão em férteis pastagens sobre os montes de Israel. 15Eu mesmo vou apascentar as minhas ovelhas e fazê-las repousar – oráculo do Senhor Deus. 16Vou procurar a ovelha perdida, reconduzir a extraviada, enfaixar a da perna quebrada, fortalecer a doente, e vigiar a ovelha gorda e forte. Vou apascentá-las conforme o direito.
23Para apascentá-las farei surgir sobre elas um único pastor, o meu servo Davi: ele as apascentará e lhes servirá de pastor. 24Eu, o Senhor, serei o seu Deus e o meu servo Davi será príncipe entre eles. Eu, o Senhor, falei. 25Farei com eles uma aliança de paz, farei desaparecer do país os animais ferozes, de modo que poderão morar em segurança no deserto e dormir nos bosques. 26Farei deles e dos arredores da minha colina uma bênção; farei cair chuva a seu tempo, chuva que será uma bênção. 27As árvores do campo produzirão fruto e a terra dará suas colheitas, e eles estarão em segurança no seu país. Saberão que eu sou o Senhor, quando eu lhes quebrar as barras do jugo e os libertar da mão dos que os escravizam. 28Não mais servirão de pilhagem para as nações, e os animais selvagens não tornarão a devorá-los. Morarão em segurança sem que ninguém os aterrorize. 29Farei germinar para eles plantações tão fabulosas que não haverá mais vítimas de fome no país, nem terão de suportar a injúria das nações. 30Assim saberão que eu, o Senhor, sou O Deus-com-eles, e eles o meu povo, a casa de Israel – oráculo do Senhor Deus. 31E quanto a vós, minhas ovelhas, sois as ovelhas de minha pastagem, e eu sou o vosso Deus” – oráculo do Senhor Deus.
Responsório Ez 34,12b. 13.14b
R. Buscarei minhas ovelhas de todos os lugares,
pelos quais foram dispersas,
no dia de nuvens e de trevas,
e as reconduzirei para a sua própria terra,
*Em pastagens abundantes eu as pastorearei.
V. Eu vim para que tenham a vida em abundância. *
Em pastagens.
Segunda leitura
Do Sermão sobre os pastores, de Santo Agostinho, bispo
(Sermo, 46,14-15: CCI, 41,541-542) (Sec. V)
Insiste a tempo e fora de tempo
A desgarrada não reconduzistes e a que se perdia não fostes procurar (Ez 34,4). Aqui às vezes caímos em mãos dos ladrões e nos dentes dos lobos vorazes. Rogamos, pois, que oreis por estes nossos perigos. Também as ovelhas são rebeldes. Quando procuramos as erradias, declaram não ser nossas, para seu erro e perdição: “Que quereis de nós? Por que nos procurais?” Como se não fosse o mesmo motivo que nos faz querê-las e procurá-las; porque se desviam e se perdem. “Se estou no erro, diz, se na morte, que queres de mim? Por que me procuras?” Justamente porque estás no erro, quero reconduzir-te; porque te perdeste quero encontrar-te. “Quero assim errar, quero assim me perder”.
Queres vaguear assim, queres perder-te assim? Muito bem, mas eu não quero. Ouso dizer isto mesmo: sou importuno. Escuto o Apóstolo que diz: Prega a palavra, insiste a tempo e fora de tempo (2Tm 4,2). Com quem, a tempo? Com quem, fora de tempo? A tempo com os desejosos, fora de tempo com os que não querem ouvir. Sou inteiramente importuno, ouso dizer: “Tu queres errar, tu queres perecer; eu não quero”. E afinal não o quer Aquele que me faz tremer. Se eu quiser o erro, vê o que me dirá, vê como me repreenderá: Ao desgarrado não reconduzistes, ao que se perdera nãofostes procurar. Temerei mais a ti do que a Ele? Teremos todos de nos apresentar ao tribunal de Cristo (2Cor 5, 10).
Reconduzirei a desgarrada, procurarei a perdida. Quer queiras quer não, assim farei. E se, em minha busca, os espinhos dos bosques me rasgarem, eu me obrigarei a ir por todos os atalhos difíceis. Baterei todos os cercados; enquanto me der forças o Senhor que me ameaça, percorrerei tudo sem descanso. Reconduzirei a desgarrada, procurarei a perdida. Se não queres que eu sofra, não te desgarres, não te percas. E pouco dizer que tenho pena de ti, desgarrada e perdida. Tenho medo de que, se te abandonar, venha a matar o que é forte. Escuta o que se segue. E ao que era forte, matastes (Ez 34,3). Se eu abandonar a desgarrada e perdida, o que é forte terá gosto em desgarrar-se e perder-se.
Responsório Eclo 4,28-29; 2Tm 4,2
R. Não deixes de falar no tempo oportuno,
nem queiras esconder a tua sabedoria
por modéstia enganosa.
*Pela fala se conhece a real sabedoria;
e o saber, pela palavra, que profere o homem sábio.
V. Proclama, em todo o tempo, a Palavra do Senhor,
persuade, repreende e exorta com coragem,
com saber e paciência.
* Pela fala.
Oração
Ó Pai, que resumisses toda a lei no amor a Deus e ao próximo, fazei que, observando o vosso mandamento, consigamos chegar um dia à vida eterna. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.
Conclusão da Hora
V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.
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