Ofício das Leituras da Memória de Santo Antônio de Pádua (de Lisboa), presbítero e doutor da Igreja


V. Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

Eterno Sol, que envolveis
a criação de esplendor,
a vós, Luz pura das mentes,
dos corações o louvor.

Pelo poder do Espírito,
lâmpadas vivas brilharam.
Da salvação os caminhos
a todo o mundo apontaram.

Por estes servos da graça
fulgiu com novo esplendor
o que a palavra proclama
e que a razão demonstrou.

Tem parte em suas coroas,
pela doutrina mais pura,
este varão que louvamos
e como estrela fulgura.

Por seu auxílio pedimos:
dai-nos, ó Deus, caminhar
na direção da verdade
e assim a vós alcançar.

Ouvi-nos, Pai piedoso,
e vós, ó Filho, também,
com o Espírito Santo,
Rei para sempre. Amém.

Salmodia

Ant. 1 Fostes vós que nos salvastes, ó Senhor!
Para sempre louvaremos vosso nome.

Salmo 43(44)

Calamidades do povo

Em tudo isso, somos mais que vencedores, graças àquele que nos amou! (Rm 8,37).

I

2 Ó Deus, nossos ouvidos escutaram, *
e contaram para nós, os nossos pais,
– as obras que operastes em seus dias, *
em seus dias e nos tempos de outrora:

=3 Expulsastes as nações com vossa mão, †
e plantastes nossos pais em seu lugar; *
para aumen-los, abatestes outros povos.
4 Não conquistaram essa terra pela espada, *
nem foi seu braço que lhes deu a salvação;

– foi, porém, a vossa mão e vosso braço *
e o esplendor de vossa face e o vosso amor.
5 Sois vós, o meu Senhor e o meu Rei, *
que destes as vitórias a Jacó;
6 com vossa ajuda é que vencemos o inimigo, *
por vosso nome é que pisamos o agressor.

7 Eu não pus a confiança no meu arco, *
a minha espada não me pôde libertar;

8 mas fostes vós que nos livrastes do inimigo, *
e cobristes de vergonha o opressor.
9 Em vós, ó Deus, nos gloriamos todo dia, *
celebrando o vosso nome sem cessar.

Ant. Fostes vós que nos salvastes, ó Senhor!
Para sempre louvaremos vosso nome.

Ant. 2 Perdoai, ó Senhor, o vosso povo,
não entregueis à vergonha a vossa herança!

II

10 Porém, agora nos deixastes e humilhastes, *
já não saís com nossas tropas para a guerra!
11 Vós nos fizestes recuar ante o inimigo, *
os adverrios nos pilharam à vontade.

12 Como ovelhas nos levastes para o corte, *
e no meio das nações nos dispersastes.
13 Vendestes vosso povo a preço baixo, *
e não lucrastes muita coisa com a venda!

14 De nós fizestes o escárnio dos vizinhos, *
zombaria e gozação dos que nos cercam;
15 para os pagãos somos motivo de anedotas, *
zombam de nós a sacudir sua cabeça.

16 À minha frente trago sempre esta desonra, *
e a vergonha se espalha no meu rosto,
17 ante os gritos de insultos e blasfêmias *
do inimigo sequioso de vingança.

Ant. Perdoai, ó Senhor, o vosso povo,
não entregueis à vergonha a vossa herança!

Ant. 3 Levantai-vos, ó Senhor, e socorrei-nos,
libertai-nos pela vossa compaixão!

III

18 E tudo isso, sem vos termos esquecido *
e sem termos violado a Aliança;
19 sem que o nosso coração voltasse atrás, *
nem se afastassem nossos pés de vossa estrada!
20 Mas à cova dos chacais nos entregastes *
e com trevas pavorosas nos cobristes!

21 Se tivéssemos esquecido o nosso Deus *
e estendido nossas mãos a um Deus estranho,
22 Deus não teria, por acaso, percebido, *
ele que  o interior dos corações?
23 Por vossa causa nos massacram cada dia *
e nos levam como ovelha ao matadouro!

24 Levantai-vos, ó Senhor, por que dormis? *
Despertai! Não nos deixeis eternamente!
25 Por que nos escondeis a vossa face *
e esqueceis nossa opressão, nossa miséria?

26 Pois arrasada até o pó está noss’alma *
e ao chão está colado o nosso ventre.
– Levantai-vos, vinde logo em nosso auxílio, *
libertai-nos pela vossa compaixão!

Ant. Levantai-vos, ó Senhor, e socorrei-nos,
libertai-nos pela vossa compaixão!

V. quem nós iremos, Senhor Jesus Cristo?
R. Só tu tens palavras de vida eterna.

Primeira leitura

Do Livro de Josué 5,13—6,21

Conquista da cidade fortificada dos inimigos

Naqueles dias: 5,13 Estando Josué nos arredores da cidade de Jericó, levantou os olhos e viu diante de si um homem de pé, com uma espada desembainhada na mão. Josué foi até ele e perguntou: “Tu és dos nossos ou dos inimigos?” 14Ele respondeu: “Não. Sou o chefe do exército do Senhor, e acabo de chegar”. Então Josué prostrou-se com o rosto por terra e o adorou. Depois perguntou-lhe: “O que diz o meu Senhor ao seu servo?” 15O chefe do exército do Senhor respondeu a Josué: “Tira as sandálias dos pés, pois o lugar que pisas é sagrado”. E Josué fez o que lhe foi ordenado.

6,1 Jericó estava fechada e fortificada por causa dos filhos de Israel, e ninguém ousava sair nem entrar.

2O Senhor disse então a Josué: “Vê. Eu entreguei à tua mão Jericó, com seu rei e todos os seus homens valentes. 3Vós, todos os homens de guerra, dai a volta em redor da cidade, uma vez por dia. Assim fareis durante seis dias. 4Sete sacerdotes levarão sete trombetas de chifre de carneiro diante da arca. No sétimo dia dareis sete voltas à cidade, e os sacerdotes tocarão as trombetas. 5E, quando o som das trombetas se fizer mais demorado e penetrante, e vos ferir os ouvidos, todo o povo levantará numa só voz um grande clamor, e cairão os muros da cidade até aos fundamentos, e cada um entrará pelo lugar que estiver à sua frente”.

6Então Josué, filho de Nun, chamou os sacerdotes e lhes disse: “Tomai a arca da aliança, e que sete sacerdotes tomem sete trombetas e vão adiante da arca do Senhor”. 7E disse ao povo: “Ide e rodeai a cidade, e quem estiver armado passe à frente da arca do Senhor”.

8Logo que Josué acabou de falar, os sete sacerdotes tocaram as sete trombetas diante da arca da aliança do Senhor. 9Todo o exército armado marchava à frente dos sacerdotes que tocavam as trombetas, e o resto da multidão seguia atrás da arca, e o som das trombetas retumbava por toda a parte. 10Josué tinha ordenado ao povo, dizendo: “Não griteis nem façais ouvir a vossa voz e nenhuma palavra saia de vossa boca, até ao dia em que eu vos disser: ‘Gritai!’ Então gritareis”. 11Assim, a arca do Senhor deu, naquele dia, uma volta à cidade e, retornando ao acampamento, pernoitou ali.

12No dia seguinte, Josué levantou-se ainda de noite, os sacerdotes tomaram a arca do Senhor, e sete deles 13tomaram as sete trombetas de chifre de carneiro e marcharam diante da arca do Senhor, andando e tocando; e o povo armado ia adiante deles, e o resto da multidão seguia a arca, e as trombetas ressoavam. 14E rodearam uma vez a cidade, no segundo dia, e voltaram para o acampamento. Assim fizeram durante seis dias.

15Mas, no sétimo dia, levantando-se de madrugada, deram sete voltas à cidade, conforme o mesmo cerimonial; somente naquele dia rodearam a cidade sete vezes. 16Quando os sacerdotes tocaram as trombetas na sétima volta, Josué disse ao povo: “Gritai, porque o Senhor vos entregou a cidade. 17E a cidade, com tudo o que nela houver, seja condenada ao extermínio, em honra do Senhor. Somente Raab, a prostituta, será conservada com vida, bem como todos os que estiverem com ela em sua casa, porque escondeu os mensageiros que enviamos. 18Quanto a vós, guardai-vos de tocar alguma daquelas coisas consagradas ao extermínio, para que não sejais culpados de um grande pecado, pois tornaríeis o acampamento de Israel condenado ao extermínio, levando-o à desordem.19Mas tudo o que se encontrar de ouro e prata, de utensílios de cobre e de ferro, seja consagrado ao Senhor e depositado no seu tesouro”.

20O povo lançou então um grande grito e as trombetas ressoaram. E, logo que a voz e o som chegaram aos ouvidos da multidão, desabaram de repente as muralhas, e cada um entrou pelo lugar que estava à sua frente, e tomaram a cidade. 21E mataram tudo o que nela havia, homens e mulheres, crianças e velhos, bois, ovelhas e jumentos, tudo foi passado ao fio da espada.

Responsório Cf. Is 25,1ab.2ad; Hb 11,30

R. Ó Senhor, vós sois meu Deus,
quero exaltar o vosso nome;
* Pois reduzistes a cidade a um sepulcro
e nunca mais ela será reconstruída.
V. Foi pela fé que as muralhas de Jericó de

Segunda leitura

Dos Sermões de Santo Antônio de Pádua, presbítero

(I.226)             (Séc.XII)

A palavra é viva quando são as obras que falam

            Quem está repleto do Espírito Santo fala várias línguas. As várias línguas são os vários testemunhos sobre Cristo, a saber: a humildade, a pobreza, a paciência e a obediência; falamos estas línguas quando os outros as veem em nós mesmos. A palavra é viva quando são as obras que falam. Cessem, portanto, os discursos e falem as obras. Estamos saturados de palavras, mas vazios de obras. Por este motivo o Senhor nos amaldiçoa, como amaldiçoou a figueira em que não encontrara frutos, mas apenas folhas. Diz São Gregório: “Há uma lei para o pregador: que faça o que prega”. Em vão pregará o conhecimento da lei quem destrói a doutrina por suas obras.

            Os apóstolos, entretanto, falavam conforme o Espírito Santo os inspirava (cf. At 2,4). Feliz de quem fala conforme o Espírito Santo lhe inspira e não conforme suas ideias! Pois há alguns que falam movidos pelo próprio espírito e, usando as palavras dos outros, apresentam-nas como suas, atribuindo-as a si mesmos. Destes e de outros semelhantes, diz o Senhor por meio do profeta Jeremias: Terão de se haver comigo os profetas que roubam um do outro as minhas palavras. Terão de se haver comigo os profetas, diz o Senhor, que usam suas línguas para proferir oráculos. Eis que terão de haver-se comigo os profetas que profetizam sonhos mentirosos, diz o Senhor, que os contam, e seduzem o meu povo com suas mentiras e seus enganos. Mas eu não os enviei, não lhes dei ordens, e não são de nenhuma utilidade para este povo – oráculo do Senhor (Jr 23,30-32).

            Falemos, portanto, conforme a linguagem que o Espírito Santo nos conceder; e peçamos-lhe humilde e devotamente que derrame sobre nós a sua graça, a fim de podermos celebrar o dia de Pentecostes com a perfeição dos cinco sentidos e na observância do decálogo. Que sejamos repletos de um profundo espírito de contrição e nos inflamemos com essas línguas de fogo que são os louvores divinos. Desse modo, ardentes e iluminados pelos esplendores da santidade, mereceremos ver o Deus Uno e Trino.

Responsório Cf. Os 14,6b; Sl 91(92),13; Eclo 24,4a

R. O justo como o lírio brotará
* E florirá ante o Senhor, eternamente.
V. Será louvado na assembleia dos eleitos.
* E florirá.

Oração

Deus eterno e todo-poderoso, que destes Santo Antônio ao vosso povo como insigne pregador e intercessor em todas as necessidades, fazei-nos, por seu auxílio, seguir os ensinamentos da vida cristã, e sentir a vossa ajuda em todas as provações. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


Comments

Uma resposta para “Ofício das Leituras da Memória de Santo Antônio de Pádua (de Lisboa), presbítero e doutor da Igreja”

  1. Avatar de Geraldo Corrêa Filho
    Geraldo Corrêa Filho

    A outra face?

    Estes são os santos que receberam a bênção do Senhor e a misericórdia de Deus, seu salvador. É a geração dos que buscam a Deus (Sl 23,5s).

    Oração do dia
    Deus eterno e todo-poderoso, que destes Santo Antônio ao vosso povo como insigne pregador e intercessor em todas as necessidades, fazei-nos, por seu auxílio, seguir os ensinamentos da vida cristã e sentir a vossa ajuda em todas as provações. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, Vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

    ‘ …não enfrenteis quem é malvado! ‘

    https://padrepauloricardo.org/episodios/prega-se-mais-com-a-vida-que-com-palavras

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