Segunda-feira da 33ª Semana do Tempo Comum

Ofício das Leituras

V. Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

I. Quando se diz o Ofício das Leituras durante a noite ou de madrugada:

Refeitos pelo sono,
do leito levantamos.
Ficai com vossos filhos,
ó Pai, vos suplicamos.

A vós, o som primeiro,
o amor que se irradia:
sejais princípio e fim
de cada ação do dia.

Que a treva ceda à aurora,
a noite ao sol dourado:
e a luz da graça afaste
a sombra do pecado.

Lavai as nossas faltas,
Senhor, que nos salvastes;
esteja o vosso nome
nos lábios que criastes.

A glória seja ao Pai,
ao Filho seu também,
ao Espírito igualmente,
agora e sempre. Amém.

II. Quando se diz o Ofício das Leituras durante o dia:

Divindade, luz eterna,
Unidade na Trindade,
proclamando vossa glória,
suplicamos piedade.

Cremos todos no Pai Santo,
no seu Filho Salvador
e no Espírito Divino
que os une pelo Amor.

Ó verdade, amor eterno,
nosso fim, felicidade,
dai-nos fé e esperança
e profunda caridade.

Sois o fim, sois o começo,
e de tudo sois a fonte,
esperança dos que creem,
luz que brilha no horizonte.

Vós, sozinho, fazeis tudo,
e a tudo vós bastais.
Sois a luz de nossa vida,
aos que esperam premiais.

Bendizemos a Trindade,
Deus Eterno, Sumo Bem,
Pai e Filho e Santo Espírito,
pelos séculos. Amém.

Salmodia

Ant. 1 Por vossa bondade, salvai-me, Senhor!

Salmo 6

O homem aflito pede clemência ao Senhor

Agora sinto-me angustiado. Pai, livra-me desta hora (Jo 12,27).

2 Repreendei-me, Senhor, mas sem ira; *

corrigi-me, mas não com furor!

=3 Piedade de mim: estou enfermo †

e curai o meu corpo doente! *

4 Minha alma está muito abatida!

= Até quando, Senhor, até quando.? †

5 Oh! voltai-vos a mim e poupai-me, *

e salvai-me por vossa bondade!

6 Porque, morto, ninguém vos recorda; *

pode alguém vos louvar no sepulcro?

=7 Esgotei-me de tanto gemer, †

banho o leito em meu pranto de noite, *

minha cama inundei com as lágrimas!

–8 Tenho os olhos turvados de mágoa, *

fiquei velho de tanto sofrer!

9 Afastai-vos de mim, malfeitores, *

porque Deus escutou meus soluços!

10 O Senhor escutou meus pedidos; *

o Senhor acolheu minha prece!

11 Apavorem-se os meus inimigos; *

com vergonha, se afastem depressa!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *

Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Por vossa bondade, salvai-me, Senhor!

Ant. 2 O Senhor é o refúgio do oprimido,
seu abrigo nos momentos de aflição.

Salmo 9 A(9)

Ação de graças pela vitória

De novo há de vir em sua glória para julgar os vivos e os mortos

I

2 Senhor, de coração vos darei graças, *

as vossas maravilhas cantarei!

3 Em vós exultarei de alegria, *

cantarei ao vosso nome, Deus Altíssimo!

4 Voltaram para trás meus inimigos, *

perante a vossa face pereceram;

5 defendestes meu direito e minha causa, *

juiz justo assentado em vosso trono.

6 Repreendestes as nações, e os maus perdestes, *

apagastes o seu nome para sempre.

=7 O inimigo se arruinou eternamente, †

suas cidades foram todas destruídas, *

e até sua lembrança exterminastes.

8 Mas Deus sentou-se para sempre no seu trono, *

preparou o tribunal do julgamento;

9 julgará o mundo inteiro com justiça, *

e as nações há de julgar com equidade.

10 O Senhor é o refúgio do oprimido, *

seu abrigo nos momentos de aflição.

11 Quem conhece o vosso nome, em vós espera, *

porque nunca abandonais quem vos procura.

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *

Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. O Senhor é o refúgio do oprimido,
seu abrigo nos momentos de aflição.

Ant. 3 Anunciarei vossos louvores
junto às portas de Sião.

II

12 Cantai hinos ao Senhor Deus de Sião, *

celebrai seus grandes feitos entre os povos!

 –13 Pois não esquece o clamor dos infelizes, *

deles se lembra e pede conta do seu sangue.

=14 Tende pena e compaixão de mim, Senhor! †

Vede o mal que os inimigos me fizeram! *

E das portas dos abismos retirai-me,

=15 para que eu possa anunciar vossos louvores †

junto às portas da cidade de Sião, *

e exultar por vosso auxílio e salvação!

16 Os maus caíram no buraco que cavaram, *

nos próprios laços foram presos os seus pés.

17 O Senhor manifestou seu julgamento: *

ficou preso o pecador em seu pecado.

18 Que tombem no abismo os pecadores *

e toda gente que se esquece do Senhor!

19 Mas o pobre não será sempre esquecido, *

nem é vã a esperança dos humildes.

20 Senhor, erguei-vos, não se ufanem esses homens! *

Perante vós sejam julgados os soberbos!

21 Lançai, Senhor, em cima deles o terror, *

e saibam todos que não passam de mortais!

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém.

Ant. Anunciarei vossos louvores
junto às portas de Sião.

V. Dai-me o saber, e cumprirei a vossa lei.
R. E de todo o coração a guardarei.

Primeira leitura

Do Livro do Profeta Joel             4,1-3.9-21

Juízo final e felicidade eterna

Assim fala o Senhor:
4,1 “Eis que, naqueles dias
e naquele tempo,
quando eu mudar a sorte
de Judá e Jerusalém,
2 reunirei todos os povos
e os conduzirei ao Vale de Josafá,
e ali me baterei com eles
em favor do meu povo e minha herança, Israel,
que eles dispersaram pelas nações,
depois de dividirem minha terra.
3 Puseram em sorteio o meu povo,
fizeram do menino um prostituto,
venderam a menina para comprarem vinho!
9 Gritai isto às nações,
organizai a luta,
arrebanhai os mais fortes;
que todos os guerreiros capazes
se agrupem e ataquem.
10Transformai vossos arados em espadas
e vossas foices em lanças;
que o fraco diga:
‘Eu sou forte’.
11 Vinde, comparecei,
povos todos ao redor,
é hora de lá vos reunirdes.
Envia, Senhor, os teus fortes defensores!
12 Levantem-se e ponham-se em marcha os povos
rumo ao Vale de Josafá;
ali me sentarei como juiz para julgar
todas as nações em redor.
13 Tomai a foice,
pois a colheita está madura;
vinde calcar,
que o lagar está cheio:
as tinas transbordam,
porque grande é a sua malícia.
14 Povos e mais povos
no Vale da Decisão:
o dia do Senhor está próximo
no Vale da Decisão.
15 Escureceram o sol e a lua
e as estrelas perderam o brilho.
16 Desde Sião rugirá o Senhor,
fará ouvir sua voz desde Jerusalém;
tremerão céus e terra,
mas o Senhor será refúgio para o seu povo,
será a fortaleza dos filhos de Israel.
17 Sabereis, então, que eu sou o Senhor, vosso Deus,
que habito em Sião, meu santo monte;
Jerusalém será lugar sagrado,
por onde não mais passarão estranhos.
18 Acontecerá naquele dia
que os montes farão correr vinho,
e as colinas manarão leite;
aos regatos de Judá não há de faltar água,
e da casa do Senhor brotará uma fonte,
que irá alimentar a torrente de Setim.
19 O Egito será devastado,
e a Iduméia, devastada e deserta,
por causa de suas atrocidades
contra os filhos de Judá,
derramando sangue inocente em suas terras.
20 Judá será habitada para sempre,
e Jerusalém, por todos os séculos.
21 Vingarei meu sangue, não o deixarei sem castigo.
O Senhor está habitando em Sião”.

Responsório Jl 3,18; Ap 22,17c.1

R. As montanhas vinho novo manarão
e por todos os regatos de Judá
a água em torrentes correrá
e da casa do Senhor sairá uma fonte.
* Venha, pois, o que tem sede e quem quiser,
venha buscar gratuitamente a água da vida.
V. O anjo me mostrou o rio da água viva
transparente qual cristal,
que saía ao pé do trono de Deus e do Cordeiro.
* Venha, pois.

Segunda leitura

Do Tratado sobre o perdão, de São Fulgêncio de Ruspe, bispo

(Lib. 2,11.2-12,1.3-4: CCL 91A,693-695)             (Séc.VI)

Ao vencedor a segunda morte não causará dano

Num momento, num piscar de olhos, com a última trombeta, pois soará uma trombeta, os mortos ressurgirão incorruptos e nós seremos mudados (1Cor 15,52). Dizendo “nós”, Paulo mostra que alcançarão junto com ele o dom da futura mutação aqueles que agora se mantêm na comunhão eclesial e moral com ele e seus companheiros. Querendo sugerir qual será a mudança, diz: É preciso que o corpo incorruptível se revista de incorruptibilidade, e o mortal se revista de imortalidade (1Cor 15,53). Portanto, para que haja neles a mudança da justa retribuição, precede agora a mudança da gratuita liberalidade.

Aos que nesta vida se mudaram do mal para o bem, promete-se o prêmio da futura mudança.

A graça faz com que, primeiro ressurgidos aqui espiritualmente pela justificação, comece a mudança pelo dom divino. Mais tarde, na ressurreição do corpo, que completa a mudança dos justos, a glorificação, sendo sempre perfeita, não sofrerá mudança. A graça da justificação primeiro, e depois da glorificação muda-os de tal forma que esta glorificação neles permanece imutável e eterna.

Aqui são mudados pela primeira ressurreição, que os ilumina, para que se convertam. Por ela passam da morte para a vida, da iniqüidade para a justiça, da incredulidade para a fé, das más ações para a vida santa. Por isto, a segunda morte não tem poder sobre eles. O apocalipse refere-se a isto: Feliz quem tem parte na primeira ressurreição; sobre ele não tem poder a segunda morte (Ap 20,6). No mesmo livro, lê-se: Ao vencedor a segunda morte não causará dano (Ap 2,11). Na conversão do coração consiste a primeira ressurreição, no suplício eterno, a segunda morte.

Apresse-se, então, em tornar-se participante da primeira ressurreição quem não quiser ser condenado ao eterno castigo da segunda morte. Pois aqueles que, mudados no presente pelo temor de Deus, passam da vida má para a vida santa, passam da morte para a vida e eles mesmos, em seguida, passarão da vida obscura à glória.

Responsório             Cl 3,3-4; Rm 6,11

R. Vós morrestes, meus irmãos,
e vossa vida está escondida em Deus com Jesus Cristo.
* Quando Cristo, vossa vida, aparecer em sua glória,
vós sereis manifestados com ele igualmente.
V. Considerai-vos, como mortos ao pecado,
mas vivendo para Deus em Jesus Cristo.
* Quando Cristo.

Oração

Senhor nosso Deus, fazei que a nossa alegria consista em vos servir de todo o coração, pois só teremos felicidade completa, servindo a vós, criador de todas as coisas. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo. 

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.