Ofício das Leituras de 5 de Janeiro




Ofício das Leituras

V. Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

Eterno esplendor da beleza divina,
ó Cristo, vós sois luz e vida e perdão.
As nossas doenças trazeis o remédio,
abris uma porta para a salvação.

O coro dos anjos ressoa na terra
e um mundo novo seu canto anuncia:
a glória a Deus Pai nas alturas celestes,
e ao gênero humana a paz e alegria.

Embora pequeno, deitado em presépio,
em todo Universo, ó Cristo, reinais.
Ó fruto bendito da Virgem sem mancha,
que todos vos amem num reino de paz.

Nasceis para dar-nos o céu como Pátria,
vivendo na carne da humanidade.
Renovem-se as mentes e os corações,
se unam por laços de tal caridade.

Às vozes dos anjos as nossas unimos,
num coro exultante de glória e louvor,
cantando aleluias ao Pai e ao Filho,

Salmodia

Ant. 1 Levantai-vos, ó Senhor, vinde logo em meu socorro!

Salmo 34(35),1-2.3c.9-19.22-23.27.28

O Senhor salva nas perseguições

Reuniram-se… e resolveram prender Jesus por um ardil para o matar (Mt 26,3.4).

I

1 Acusai os que me acusam, ó Senhor, *
combatei os que combatem contra mim!
=2 Empunhai o vosso escudo e armadura; †
levantai-vos, vinde logo em meu socorro *
3c e dizei-me: “Sou a tua salvação!”

9 Então minh’alma no Senhor se alegrará *
e exulta de alegria em seu auxílio.
10 Direi ao meu Senhor com todo o ser: *
“Senhor, quem pode a vós se assemelhar,
– pois livrais o infeliz do prepotente *
e libertais o miserável do opressor?”

11 Surgiram testemunhas mentirosas, *
acusando-me de coisas que não sei.
12 Pagaram com o mal o bem que fiz, *
e a minh’alma está agora desolada!

Ant. Levantai-vos, ó Senhor, vinde logo em meu socorro!

Ant. 2 Defendei minha causa, Senhor poderoso!

II

=13 Quando eram eles que sofriam na doença, †
eu me humilhava com cilício e com jejum *
e revolvia minhas preces no meu peito;
14 eu sofria e caminhava angustiado *
como alguém que chora a morte de sua mãe.

=15 Mas apenas tropecei, eles se riram; †
como feras se juntaram contra mim *
e me morderam, sem que eu saiba seus motivos;
16 eles me tentam com blasfêmias e sarcasmos *
e se voltam contra mim rangendo os dentes.

Ant. Defendei minha causa, Senhor poderoso!

Ant. 3 Minha língua anuncia vossa justiça eternamente.

III

=17 Até quando, ó Senhor, podeis ver isso? †
Libertai a minha alma destas feras *
e salvai a minha vida dos leões!
18 Então, em meio à multidão, vos louvarei *
e na grande assembléia darei graças.

19 Que não possam nunca mais rir-se de mim *
meus inimigos mentirosos e injustos!
– Nem acenem os seus olhos com maldade *
aqueles que me odeiam sem motivo!

22 Vós bem vistes, ó Senhor, não vos caleis! *
Não fiqueis longe de mim, ó meu Senhor!
23 Levantai-vos, acordai, fazei justiça! *
Minha causa defendei, Senhor, meu Deus!

27 Rejubile de alegria todo aquele *
que se faz o defensor da minha causa
– e possa dizer sempre: “Deus é grande, *
ele deseja todo o bem para o seu servo!”
28 Minha língua anunciará vossa justiça *
e cantarei vosso louvor eternamente!

Ant. Minha língua anuncia vossa justiça eternamente.


V. O Verbo era a luz verdadeira,
R. Que ilumina a todos os homens.

 Primeira leitura

Da Carta de São Paulo aos Colossenses 4,2-18

Exortação à vigilância. Conclusão da carta 

Irmãos: 2 Permanecei firmes na oração, vigilantes nela e em ação de graças. 3 rezai também por nós, para que Deus abra uma porta à palavra e para que nós possamos pregar o mistério de Cristo, pois em razão disso fui lançado na prisão. 4 Rezai para que novamente eu o possa manifestar como é meu dever. 5 Sede circunspectos no trato como os de fora, tirai proveito da ocasião. 6  Que as vossas palavras sejam sempre amáveis, mas temperadas com sal, pois deveis saber como responder a cada um da maneira certa.

7 Tíquico, o irmão dileto, vos informará da minha situação; ele é meu fiel auxiliar e, como eu, serve ao Senhor. 8 Envio-o de propósito a vós para vos transmitir notícias nossas e para vos dar ânimo. 9 Onésimo, irmão fiel e caríssimo, o acompanha; ele é vosso conterrâneo. Eles vos porão a par de tudo o que se passa aqui.

10 Saúda-vos Aristarco, que está comigo na prisão, e Marcos, primo de Barnabé, sobre quem já recebeste instruções; se ele for ter convosco, acolhei-o bem. 11 Jesus, chamado Justo, vos saúda também. Dos que tinham sido judeus, são estes os únicos que trabalham comigo pelo reino de Deus; eles têm sido uma consolação para mim. 12Saúda-vos Epafras, conterrâneo vosso; este servo de Cristo Jesus não cessa de empenhar-se por vós nas suas orações, para que vos torneis perfeitos e totalmente imbuídos da vontade de Deus. 13 Posso testemunhar que ele se empenha muito por vós, como também pelos de Laodicéia e de Hierápolis.

14 Saúdam-vos Lucas, o médico, nosso caro amigo, e Demas. 15 Saudai os irmãos de Laodicéia, como também Ninfa e a comunidade de fiéis que se reúne em sua casa. 16Quando esta carta tiver sido lida na vossa presença, fazei que a leiam também entre vós a carta dirigida a Laodicéia. 17 Dizei a Arquipo: “Vê se te desempenhas bem do ministério que recebeste como encargo do Senhor”.

18 A saudação, eu, Paulo, a escrevo com a minha própria mão. Lembrai-vos de que estou algemado. A graça esteja com todos vós.

Responsório Cl 4,3; cf. Sl 50(51),17

R. Oremos, meus irmãos, uns pelos outros,
que Deus nos abra a porta à palavra,
* Para o mistério de Cristo anunciarmos.
V. Que o Senhor nos abra os lábios para cantar,
e a nossa boca anunciará o seu louvor. * Para o mistério.

Segunda leitura

Dos Sermões de Santo Agostinho, bispo
(Sermo 194, 3-4: PL 38, 1016-1017)        (Séc.V)

Seremos saciados com a visão do verbo 

Quem poderia conhecer todos os tesouros da sabedoria e ciência ocultos em Cristo e escondidos na pobreza de sua carne? Ele, sendo rico, se fez pobre por nossa causa, a fim de enriquecermos com a sua pobreza (cf. 2Cor 8,9). Quando  assumiu a nossa condição e experimentou a morte, manifestou-se na pobreza; contudo, não perdeu suas riquezas, mas prometeu-as para o futuro.

Como é grande a riqueza de sua bondade, reservada para os que o temem, e concedida aos que nele esperam!

Agora nosso conhecimento é imperfeito, até chegar o que é perfeito. Para sermos capazes de alcançá-lo é que o Cristo, igual ao Pai na condição divina, fez-se igual a nós na condição de servo e nos recriou à semelhança divina. O Filho único de Deus, tornando-se filho do homem torna filhos de Deus a muitos filhos dos homens; e promovendo a nossa condição de servos com a sua forma visível de servo, tornou-nos livres e capazes de contemplar a sua forma divina.

Somos filhos de Deus, mas ainda não se manifestou o que seremos! Sabemos que, quando ele se manifestar, seremos semelhantes a ele, porque o veremos tal como ele é (IJo 3,2). ora, quais são esses tesouros da sabedoria e de ciência, para que servem essas riquezas divinas senão para manifestar a nossa pobreza? Para que essa imensa bondade senão para nos saciar? Mostra-nos o Pai e isso nos basta (Jo 14,8).

E, em certo salmo, um de nós, expressando nossos sentimentos ou falando por nós, diz ao Senhor: serei saciado quando se manifestar a vossa gloria (cf. Sl 16,15 Vulg.). Ele e o Pai são um só; e quem o vê, vê também o Pai. Por conseguinte, o Rei da glória Senhor Deus do universo (Sl 23,10). Voltando-se para nós, ele nos mostrará o seu rosto; seremos salvos e saciados, e isso nos bastará.

Mas até que isso aconteça, até mostrar o que nos basta, até bebermos e ficarmos saciados na fonte da vida que é ele mesmo, enquanto caminhamos na fé e peregrinamos longe dele, enquanto temos fome e sede de justiça e desejamos, com indizível ardor, contemplar a beleza de Cristo na sua condição divina, celebremos com amorosa devoção o nascimento de Deus na condição de servo.

Se ainda não podemos contemplar aquele que foi gerado pelo Pai antes da aurora, celebremos o seu nascimento da Virgem no meio da noite. Se ainda não podemos compreender aquele cujo nome subsistirá enquanto o sol brilhar (cf. Sl 18,6), reconheçamos que armou sua tenda ao sol (cf. Sl 18,6).

Se ainda não vemos o Unigênito que permanece no Pai, recordemos o Esposo saindo do quarto nupcial (cf. Sl 18,6). Se ainda não estamos preparados para o banquete do nosso Pai, conheçamos o presépio de nosso Senhor Jesus Cristo.

Responsório IJo 1,2; 5,20

R. A vida revelou-se e nós vimos e anunciamos;
a vida eterna anunciamos,
* Que estava com o Pai e nós se revelou.
V. Sabemos, também, que o Filho de Deus já veio entre nós
e nos deu entendimento, para nós conhecermos
aquele que é verdadeiro;
no verdadeiro estamos, no seu filho Jesus.
É este o Deus verdadeiro, é esta a vida eterna.
* Que estava.

Oração

Ó Deus, pelo nascimento do vosso Filho, iniciastes maravilhosamente a redenção do vosso povo. Concedei a vossos servos uma fé tão firme, que nos deixemos conduzir por ele e cheguemos à glória prometida. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


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