Ofício das Leituras

V. Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

O mais suave dos hinos
entoe o povo de Deus,
pois eis que hoje uma virgem
subiu à glória dos céus.

No exílio ainda da terra,
já se entregava ao louvor;
agora, junta-se aos santos
nos mesmos hinos de amor.

A frágil carne domando,
rosa entre espinhos floriu;
calcando as pompas do mundo,
do Cristo os passos seguiu.

As suas preces ouvindo,
Jesus nos dê sua mão,
sempre a guiar nossos passos
para a celeste mansão.

Ao Pai e ao Espírito unido,
nós te adoramos, Jesus:
caminho estreito e seguro
que à vida eterna conduz.

Salmodia

Ant. 1 O Senhor, somente ele é que fez grandes maravilhas:
porque eterno é seu amor.

Salmo 135(136)

Hino pascal pelas maravilhas
do Deus criador e libertador

Anunciar as maravilhas de Deus é louvá-lo (Cassiodoro).

I

1 Demos graças ao Senhor, porque ele é bom: *
Porque eterno é seu amor!
2 Demos graças ao Senhor, Deus dos deuses: *
Porque eterno é seu amor!
3 Demos graças ao Senhor dos senhores: *
Porque eterno é seu amor!

4 Somente ele é que fez grandes maravilhas: *
Porque eterno é seu amor!
5 Ele criou o firmamento com saber: *
Porque eterno é seu amor!
6 Estendeu a terra firme sobre as águas: *
Porque eterno é seu amor!

7 Ele criou os luminares mais brilhantes: *
Porque eterno é seu amor!
8 Criou o sol para o dia presidir: *
Porque eterno é seu amor!
9 Criou a lua e as estrelas para a noite: *
Porque eterno é seu amor!

Ant. O Senhor, somente ele é que fez grandes maravilhas:
porque eterno é seu amor.

Ant. 2 Tirou do meio deles Israel
com mão forte e com braço estendido.

II

10 Ele feriu os primonitos do Egito *
Porque eterno é seu amor!
11 E tirou do meio deles Israel: *
Porque eterno é seu amor!
12 Com mão forte e com braço estendido: *
Porque eterno é seu amor!

13 Ele cortou o mar Vermelho em duas partes: *
Porque eterno é o seu amor!
14 Fez passar no meio dele Israel: *
Porque eterno é o seu amor!
15 E afogou o Faraó com suas tropas: *
Porque eterno é seu amor!

Ant. Tirou do meio deles Israel
com mão forte e com braço estendido.

Ant. 3 Demos graças ao Senhor, o Deus dos céus,
pois ele nos salvou dos inimigos.

III

16 Ele guiou pelo deserto o seu povo: *
Porque eterno é seu amor!
17 E feriu por causa dele grandes reis: *
Porque eterno é seu amor!
18 Reis poderosos fez morrer por causa dele: *
Porque eterno é seu amor!

19 A Seon que fora rei dos amorreus: *
Porque eterno é seu amor!
20 E a Og, o soberano de Basã: *
Porque eterno é seu amor!

21 Repartiu a terra deles como herança: *
Porque eterno é seu amor!
22 Como herança a Israel, seu servidor: *
Porque eterno é seu amor!
23 De nós, seu povo, humilhado, recordou-se: *
Porque eterno é seu amor!

24 De nossos inimigos libertou-nos: *
Porque eterno é seu amor!
25 A todo ser vivente ele alimenta: *
Porque eterno é seu amor!
26 Demos graças ao Senhor, o Deus dos céus: *
Porque eterno é seu amor!

Ant. Demos graças ao Senhor, o Deus dos céus,
pois ele nos salvou dos inimigos.

V. Mostrai-nos, ó Senhor, vossos caminhos.
R. E fazei conhecer a vossa estrada!

Primeira leitura

Do Livro do Eclesiástico 47,14-31

História dos Antigos: de Salomão a Jeroboão

14Sucedeu a Davi um filho sábio,
o qual, graças a ele, viveu feliz.
15Salomão reinou em tempo de paz
e Deus concedeu-lhe tranquilidade nas suas fronteiras,
a fim de que construísse uma casa para o seu nome
e preparasse um santuário eterno.
Como eras sábio em tua juventude,
16de inteligência cheio como um rio!
Teu espírito cobriu a terra,
17tu a encheste de sentenças enigmáticas.
Teu nome chegou até às ilhas longínqua
e foste amado na tua paz.
18Por teus cânticos, provérbios, sentenças
e respostas, todo o mundo te admira.
19Em nome do Senhor Deus,
daquele que se chama Deus de Israel,
20amontoaste ouro como estanho,
multiplicaste a prata como o chumbo.
21Mas entregaste o teu corpo a mulheres,
foste escravizado em teu corpo.
22Manchaste a tua glória,
profanaste a tua raça,
a ponto de fazer vir a cólera contra teus filhos
e a aflição por causa da tua loucura;
23erigiu-se um duplo poder,
surgiu de Efraim um reino rebelde.
24Deus, porém, nunca renuncia à sua misericórdia,
não destrói, nem cancela nenhuma de suas palavras,
não recusa ao seu eleito uma posteridade
e não extingue a raça daquele que amou o Senhor.
25Assim deu a Jacó um resto
e a Davi uma raiz nascida dele.
26E Salomão repousou com seus pais,
27deixando atrás de si alguém de sua raça,
28o mais louco do povo e pouco inteligente:
Roboão, que instigou o povo à revolta.
29Quanto a Jeroboão, filho de Nabat,
foi ele quem fez Israel pecar
e ensinou a Efraim o caminho do mal.
Os seus pecados multiplicaram-se tanto
30que os fizeram exilar para longe do seu país;
31porque eles procuraram toda a espécie de mal,
o castigo abateu-se sobre eles.

Responsório Ez 37,21c.22b.23a.24a; Jo 10,16

R. Eu hei de reunir os filhos de Israel;
não serão mais duas nações
e não mais se mancharão com os ídolos pagãos.
* O meu povo eles serão,
e haverá um só pastor, conduzindo todos eles.
V. Tenho outras ovelhas que não são deste aprisco
e a mim me convém conduzi-las também,
e haverá um só rebanho. * O meu povo.

Segunda leitura

Do Decreto Perfectae caritatis sobre a renovação da vida religiosa, do Concílio Vaticano II

(N.1.5.6.12)                 (Séc.XX)

A Igreja segue seu único esposo

            Desde os primórdios da Igreja, existiram homens e mulheres que pela prática dos conselhos evangélicos se propuseram seguir a Cristo com maior liberdade e imitá-lo mais de perto, levando, cada qual a seu modo, uma vida consagrada a Deus. Muitos dentre eles, movidos pelo Espírito Santo, ou passaram a vida na solidão ou fundaram famílias religiosas, que a Igreja de boa vontade acolheu e aprovou com sua autoridade. Assim surgiu, por desígnio de Deus, uma admirável variedade de comunidades religiosas, que muito contribuiu para que a Igreja não apenas esteja qualificada para toda boa obra (cf. 2Tm 3,17) e preparada para o exercício do seu ministério, para edificar o Corpo de Cristo (cf. Ef 4, 12), mas também, enriquecida com os vários dons de seus filhos, se apresente qual esposa enfeitada para o seu marido (Ap 21,1) e, através dela,se manifeste a multiforme sabedoria de Deus (Ef 3,10).

            Em tão grande variedade de dons, todos os que são chamados à prática dos conselhos evangélicos, e os professam com fidelidade, consagram-se de maneira especial ao Senhor, seguindo a Cristo que, sendo virgem e pobre, redimiu e santificou os homens pela obediência até a morte de cruz (cf. Fl 2,8). Movidos assim pela caridade que o Espírito Santo derramou em seus corações, vivem cada vez mais para Cristo e para o seu corpo, isto é, a Igreja (Cl 1,24). Por conseguinte, quanto mais fervorosamente se unem a Cristo, por essa doação de si mesmos que abrange a vida toda, tanto mais se enriquece a vida da Igreja e mais vigorosamente fecundo se torna seu apostolado.

            Os membros de cada instituto recordem antes de mais nada que, pela profissão dos conselhos evangélicos, responderam a um chamado divino, de forma que não apenas morrendo para o pecado, mas também renunciando ao mundo, vivam exclusivamente para Deus. Colocaram toda a sua vida ao serviço de Deus, o que constitui uma consagração especial, que está intimamente radicada na consagração do batismo e a exprime mais plenamente.

            Os que professamos conselhos evangélicos, acima de tudo, busquem e amem a Deus, que primeiro nos amou; e procurem em todas as circunstâncias cultivar a vida escondida com Cristo em Deus, da qual deriva e recebe estímulo o amor do próximo para a salvação do mundo e a edificação da Igreja. É também esta caridade que anima e dirige a própria prática dos conselhos evangélicos.

            A caridade que os religiosos professam por causa do Reino dos Céus (Mt 19,12) deve ser considerada como um precioso dom da graça. Liberta de modo singular o coração do homem para que se inflame mais na caridade para com Deus e para com todos os homens; por isso ela é um sinal peculiar dos bens celestes e um meio eficacíssimo para levar os religiosos a se dedicarem generosamente ao serviço de Deus e às obras de apostolado. Assim, eles dão testemunho, perante todos os fiéis cristãos, daquela admirável união estabelecida por Deus e que há de manifestar-se plenamente na vida futura, pela qual a Igreja tem a Cristo como seu único Esposo.

Responsório

R. Virgem de Cristo, como é grande a tua beleza!
* Do Senhor tu mereceste receber
a coroa da perpétua virgindade.
V. Nada pode arrebatar-te a grande glória
da tua virgindade consagrada,
nem separar-te do amor de Jesus Cristo. * Do Senhor.

Oração

Atendei, ó Deus, nossa oração para que, recordando as virtudes da virgem santa Paulina do Coração Agonizante de Jesus, mereçamos permanecer e crescer sempre mais no vosso amor. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.