Oração do justo caluniado
Eis que o Juiz está às portas (Tg 5,9).
–2 Senhor meu Deus, em vós procuro o meu refúgio: *
vinde salvar-me do inimigo, libertai-me!
=3 Não aconteça que agarrem minha vida †
como um leão que despedaça a sua presa, *
sem que ninguém venha salvar-me e libertar-me!
–4 Senhor Deus, se algum mal eu pratiquei, *
se manchei as minhas mãos na iniqüidade,
–5 se acaso fiz o mal a meu amigo, *
eu que poupei quem me oprimia sem razão;
=6 que o inimigo me persiga e me alcance, †
que esmague minha vida contra o pó, *
e arraste minha honra pelo chão!
–7 Erguei-vos, ó Senhor, em vossa ira; *
levantai-vos contra a fúria do inimigo!
– Levantai-vos, defendei-me no juízo, *
porque vós já decretastes a sentença!
=8 Que vos circunde a assembléia das nações; †
tomai vosso lugar acima dela! *
9 O Senhor é o juiz dos povos todos.
– Julgai-me, Senhor Deus, como eu mereço *
e segundo a inocência que há em mim!
=10 Ponde um fim à iniqüidade dos perversos, †
e confirmai o vosso justo, ó Deus-justiça, *
vós que sondais os nossos rins e corações.
–11 O Deus vivo é um escudo protetor, *
e salva aqueles que têm reto coração.
–12 Deus é juiz, e ele julga com justiça, *
mas é um Deus que ameaça cada dia.
=13 Se para ele o coração não converterem, †
preparará a sua espada e o seu arco, *
e contra eles voltará as suas armas.
–14 Setas mortais ele prepara e os alveja, *
e dispara suas flechas como raios.
–15 Eis que o ímpio concebeu a iniqüidade, *
engravidou e deu à luz a falsidade.
–16 Um buraco ele cavou e aprofundou, *
mas ele mesmo nessa cova foi cair.
–17 O mal que fez lhe cairá sobre a cabeça, *
recairá sobre seu crânio a violência!
–18 Mas eu darei graças a Deus que fez justiça, *
e cantarei salmodiando ao Deus Altíssimo.
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