2 Assim como a corça suspira * 
pelas águas correntes, 
– suspira igualmente minh’alma *
por vós, ó meu Deus! 

Minha alma tem sede de Deus, * 
e deseja o Deus vivo. 
– Quando terei a alegria de ver * 
a face de Deus? 

4 O meu pranto é o meu alimento * 
de dia e de noite, 
– enquanto insistentes repetem: * 
‘Onde está o teu Deus?’ 

5 Recordo saudoso o tempo * 
em que ia com o povo. 
– Peregrino e feliz caminhando * 
para a casa de Deus, 
– entre gritos, louvor e alegria * 
da multidão jubilosa. 

6 Por que te entristeces, minh’alma, *
a gemer no meu peito? 
– Espera em Deus! Louvarei novamente * 
o meu Deus Salvador! 

7 Minh’alma está agora abatida, *
e então penso em vós, 
– do Jordão e das terras do Hermon * 
e do monte Misar.  

8 Como o abismo atrai outro abismo, *
ao fragor das cascatas, 
– vossas ondas e vossas torrentes * 
sobre mim se lançaram. 

9 Que o Senhor me conceda de dia * 
sua graça benigna 
– e de noite, cantando, eu bendigo * 
ao meu Deus, minha vida. 

10 Digo a Deus: ‘Vós que sois meu amparo, * 
por que me esqueceis? 
– Por que ando tão triste e abatido * 
pela opressão do inimigo?’ 

11 Os meus ossos se quebram de dor, *
ao insultar-me o inimigo; 
– ao dizer cada dia de novo: * 
‘Onde está o teu Deus?’ 

12 Por que te entristeces, minh’alma, *
a gemer no meu peito? 
– Espera em Deus! Louvarei novamente * 
o meu Deus Salvador!