CÂNTICO DE DÉBORA E DE BARAC

51Naquele dia, Débora e Barac, filho de Abinoem, entoaram um cântico:2Já que, emIsrael, os guerreiros soltaram a cabeleira e o povo espontaneamente se apresentou, bendizei a Iahweh! 3Ó reis, ouvi! Ó príncipes, escutai! A Iahweh, eu, sim, eu cantarei, celebrarei a Iahweh, Deus de Israel. 4Iahweh! Quando saíste de Seir, quando avançaste nas planícies de Edom, a terra tremeu, troaram os céus, as nuvens desfizeram-se em água. 5Os montes deslizaram na presença de Iahweh, o do Sinai, — diante de Iahweh, o Deus de Israel. 6Nos dias de Samgar, filho de Anat, nos dias de Jael, não existiam mais caravanas; aqueles que andavam pelos caminhos seguiam tortuosos atalhos. 7As aldeias estavam mortas em Israel, estavam mortas, até que te levantaste, ó Débora, até que te levantaste, mãe em Israel! 8Escolhiam deuses novos, e a guerra batia às portas. Não se viam escudos nem lanças, e eram quarenta mil em Israel! 9O meu coração volta-se para os chefes de Israel, com os voluntários do povo! Bendizei a Iahweh! 10Vós que cavalgais brancas jumentas e vos assentais em tapetes, e vós que ides pelos caminhos, cantai, 11ao som da voz dos pastores, à beira dos bebedouros. Aí se celebram os atos justos de Iahweh, os seus atos de justiça pelas aldeias de Israel! (Então o povo de Iahweh desceu às portas.) 12Desperta, Débora, desperta! Desperta, desperta, entoa um cântico! Coragem, Barac! Levanta-te e domina os que te haviam aprisionado, filho de Abinoem! 13Então Israel desceu às portas, o povo de Iahweh desceu por sua causa, como herói. 14Os príncipes de Efraim estão no vale. À tua retaguarda, Benjamim está entre os teus. Os chefes desceram de Maquir, de Zabulon, aqueles que levam o bastão de comando. 15Os príncipes de Issacar estão com Débora, e Neftali, com Barac, pelo vale, seguiu as suas pegadas. Nos clãs de Rúben demoradamente se deliberava. 16Por que ficaste nos currais a escutar o assobio, junto aos rebanhos? (Nos clãs de Rúben demoradamente se deliberava.) 17Galaad ficou do outro lado do Jordão, e Dã, por que vive nos navios? Aser permaneceu na orla do mar, e tranqüilo habita em seus portos. 18Zabulon é um povo que enfrentou a morte, como Neftali, nos planaltos do território. 19Os reis vieram e combateram, os reis de Canaã combateram em Tanac, à beira das águas de Meguido, mas não levaram dinheiro por espólio. 20Do alto dos céus as estrelas lutaram, de seus caminhos, lutaram contra Sisara. 21A torrente do Quison os arrastou, a torrente dos antigos tempos, a torrente do Quison! Marcha, minh’alma, ousadamente! 22Então os cascos dos cavalos martelaram o chão: galopam, galopam os seus corcéis.

23Maldito seja Meroz, diz o Anjo de Iahweh, amaldiçoai, amaldiçoai os seus habitantes: pois não vieram em auxílio de Iahweh, entre os heróis, em auxílio de Iahweh. 24Bendita entre as mulheres Jael seja (a mulher de Héber, o quenita), entre as mulheres que habitam em tendas, bendita seja ela! 25Ele pediu-lhe água: leite lhe trouxe, na taça dos nobres serviu-lhe creme.26Estendeu a mão para apanhar a estaca, a direita para alcançar o martelo dos trabalhadores. Então matou Sisara, rachou-lhe a cabeça, com um golpe perfurou-lhe a têmpora. 27Entre os seus pés ele desabou e se estendeu. Onde caiu, ali ficou, sem vida. 28À janela a mãe de Sisara se debruça e espia, através da grade: “Por que tanto tarda o seu carro a vir? Por que são lentos os seus cavalos?” 29A mais sábia das suas donzelas lhe responde, e a si própria ela repete: 30“É que sem dúvida demoram em repartir os despojos: uma jovem, duas jovens para cada guerreiro! Finos tecidos bordados e coloridos para Sisara, um enfeite, dois enfeites para meu pescoço!” 31Assim perecem todos os teus adversários, Iahweh! Aqueles que te amam sejam como o sol quando se levanta na sua força! E a terra descansou quarenta anos.

5 GEDEÃO E ABIMELEC A. VOCAÇÃO DE GEDEÃO