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241Por que Shaddai não marca o tempo e seus amigos não chegam a ver seus dias?2Osímpios mudam as fronteiras, roubam rebanho e pastor. 3 Apoderam-se do jumento dos órfãos e tomam como penhor o boi da viúva. 4Empurram os indigentes para fora do caminho, e os pobres da terra se escondem todos. 5Como onagros do deserto, eles saem para o trabalho, procurando desde a aurora uma presa, e, de tarde, o pão para os seus filhos. 6Ceifam no campo do malvado e rebuscam a vinha do ímpio. 10Andam nus por falta de roupa, famintos carregam os feixes. 11Em pleno meio-dia ficam entre duas muretas; sedentos, pisam os lagares. 7Nus passam a noite, sem roupa e sem coberta contra o frio. 8Ensopados pelas chuvas das montanhas, sem abrigo comprimem-se contra o rochedo. 9O órfão é arrancado do seio materno e a criança do pobre é penhorada. 12Da cidade sobem os gemidos dos moribundos e, suspirando, os feridos pedem socorro e Deus não ouve a sua súplica. 13Existem também os rebeldes à luz,que não conhecem seus caminhos nem ficam em suas veredas. 14É noite quando o assassino se levanta para matar o pobre e o indigente. Durante a noite ronda o ladrão, 16aàs escuras arromba as casas. 15O olho do adúltero aguarda o crepúsculo dizendo: “Ninguém me verá”, e cobre o rosto com uma máscara. 16bDurante o dia, escondem-se os que não querem conhecer a luz. 17A manhã é escura para eles, e experimentam os seus terrores. 25Se não é assim, quem me desmentirá ou reduzirá a nada minhas palavras?