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  • 4 A FESTA DAS TENDAS (A GRANDE REVELAÇÃO MESSIÂNICA, A GRANDE REJEIÇÃO)

7 Jesus sobe a Jerusalém para a festa e ensina 1Depois disso, Jesus percorria aGaliléia, não podendo circular pela Judéia, porque os judeus o queriam matar. 2Aproximava-se a festa judaica das Tendas. 3Disseram-lhe, então, os seus irmãos: “Parte daqui e vai para a Judéia, para que teus discípulos vejam as obras que fazes, 4pois ninguém age às ocultas, quando quer ser publicamente conhecido. Já que fazes tais coisas, manifesta-te ao mundo!” 5Pois nem mesmo os seus irmãos criam nele. 6Disse-lhes Jesus: “Meu tempo ainda não chegou; o vosso, porém, sempre está preparado. 7O mundo não vos pode odiar, mas odeia-me, porque dou testemunho de que as suas obras são más. 8Subi, vós, à festa. Eu não subo para essa festa, porque meu tempo ainda não se completou”. 9Tendo dito isso, permaneceu na Galiléia. 10Mas quando seus irmãos subiram para a festa, também ele subiu, não publicamente, mas às ocultas. 11Os judeus o procuravam na festa, dizendo: “Onde está ele?” 12Faziam-se muitos comentários a seu respeito na multidão. Uns diziam: “Ele é bom”. Outros, porém, diziam: “Não. Ele engana o povo”. 13Entretanto, ninguém falava dele abertamente, por medo dos judeus.

14Quando a festa estava pelo meio, Jesus subiu ao Templo e começou a ensinar. 15Admiravam-se então os judeus, dizendo: “Como entende ele de letras sem ter estudado?” 16Jesus lhes respondeu: “Minha doutrina não é minha, mas daquele que me enviou. 17Se alguém quer cumprir sua vontade, reconhecerá se minha doutrina é de Deus ou se falo por mim mesmo. 18Quem fala por si mesmo procura a sua própria glória. Mas aquele que procura a glória de quem o enviou é verdadeiro e nele não há injustiça. 19Moisés não vos deu a Lei? No entanto, nenhum de vós pratica a Lei. Por que procurais matar-me?” 20A multidão respondeu: “Tens um demônio. Quem procura matar-te?” 21Jesus lhes respondeu: “Realizei só uma obra e todos vos admirais. 22Moisés vos deu a circuncisão — não que ela venha de Moisés, mas dos patriarcas — e vós a praticais em dia de sábado. 23Se um homem é circuncidado em dia de sábado para que não se transgrida a Lei de Moisés, por que vos irais contra mim, por eu ter curado um homem todo no sábado? 24Não julgueis pela aparência, mas julgai conforme a justiça”.

Discussões do povo sobre a origem de Cristo 25Alguns de Jerusalém diziam: “Não éa esse que procuram matar? 26Eis que fala publicamente e nada lhe dizem! Porventura as autoridades reconheceram ser ele o Cristo? 27Mas nós sabemos de onde esse é, ao passo que ninguém saberá de onde será o Cristo, quando ele vier”. 28Então, em alta voz, Jesus ensinava no Templo, dizendo: “Vós me conheceis e sabeis de onde eu sou; no entanto, não vim por minha própria vontade, mas é verdadeiro aquele que me enviou e que não conheceis. 29Eu, porém, o conheço, porque dele procedo, e foi ele quem me enviou”. 30Procuravam, então, prendê-lo, mas ninguém lhe pôs a mão, porque não chegara a sua hora.

Jesus anuncia a sua próxima partida 31Muitos, porém, dentre o povo, creram nele ediziam: “Quando o Cristo vier, fará, porventura, mais sinais do que os que esse fez?” 32Os fariseus perceberam que o povo murmurava tais coisas sobre Jesus, e eles” enviaram alguns guardas para prendê-lo. 33Disse, então, Jesus: “Por pouco tempo estou convosco e vou para aquele que me enviou. 34Vós me procurareis e não me encontrareis; e onde eu estou vós não podeis vir”. 35Disseram entre si os judeus: “Para onde irá ele, que não o poderemos encontrar? Irá, por acaso, aos dispersos entre os gregos para ensinar aos gregos? 36Que significa esta palavra que nos disse: ‘Vós me procurareis e não me encontrareis; e onde eu estou vós não podeis vir’?”

A promessa da água viva 37No último dia da festa, o mais solene, Jesus, de pé, disseem alta voz: “Se alguém tem sede, venha a mim e beba, 38aquele que crê em mim!” conforme a palavra da Escritura: De seu seio jorrarão rios de água viva. 39Ele falava do Espírito que deviam receber aqueles que tinham crido nele; pois não havia ainda Espírito, porque Jesus ainda não fora glorificado.

Novas discussões sobre a origem de Cristo 40Alguns entre a multidão, ouvindo essaspalavras, diziam: “Esse é, verdadeiramente, o profeta!” 41Diziam outros: “É esse o Cristo!” Mas alguns diziam: “Porventura pode o Cristo vir da Galiléia? 42A Escritura não diz que o Cristo será da descendência de Davi e virá de Belém, a cidade de onde era Davi?” 43Produziu-se uma cisão entre o povo por sua causa. 44Alguns queriam prendê-lo, mas ninguém lhe pôs a mão. 45Os guardas, então, voltaram aos chefes dos sacerdotes e aos fariseus e estes lhes perguntaram: “Por que não o trouxestes?” 46Responderam os guardas: “Jamais um homem falou assim!” 47Os fariseus replicaram: “Também fostes enganados? 48Alguns dos chefes ou alguém dos fariseus por acaso creram nele? 49Mas este povo, que não conhece a Lei, são uns malditos!” 50Nicodemos, um deles, o que

anteriormente tinha vindo a Jesus, disse-lhes: 51“Acaso nossa Lei condena alguém sem

primeiro ouvi-lo e saber o que fez?” 52Responderam-lhe: “És também galileu? Estuda e verás que da Galiléia não surge profeta”.