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3. ALGUNS MILAGRES DE ELISEU

4 O óleo da viúva 1A mulher de um dos irmãos profetas suplicou a Eliseu, dizendo:”Teu servo, meu marido, morreu, e bem sabes que teu servo temia a Iahweh. Ora, veio o credor para tomar meus dois filhos e fazê-los escravos.” 2EIiseu lhe disse: “Que posso fazer por ti? Dize-me, que tens em casa?” Respondeu ela: “Tua serva nada tem em casa, a não ser um vaso de óleo.” 3Então, ele ordenou: “Vai e pede emprestadas a todos os teus vizinhos ânforas vazias em grande quantidade! 4Depois entra, fecha a porta atrás de ti e de teus filhos e derrama óleo em todas essas ânforas, pondo-as de lado à medida que forem ficando cheias.” 5Ela retirou-se e fechou a porta atrás dela e dos filhos; estes lhe apresentavam as ânforas e ela as enchia. 6Ora, quando as ânforas ficaram cheias, ela disse a seu filho: “Traze mais uma”, mas ele respondeu: “Não há mais nenhuma”; então o óleo parou de correr. 7Ela foi informar o homem de Deus, o qual disse: “Vai, vende esse óleo e paga tua dívida e vivereis, tu e teus filhos, do que restar!”

Eliseu, a sunamita e seu filho 8Certo dia, Eliseu passava por Sunam e uma mulherrica que lá morava o convidou para uma refeição. Depois, cada vez que passava por ali, ia até lá para comer. 9Ela disse a seu marido: “Olha: sei que é um santo homem de Deus este que passa sempre por nossa casa. 10Façamos para ele, no terraço, um quarto de tijolos, com cama, mesa, cadeira e lâmpada; quando vier à nossa casa, ele se acomodará lá.” 11Passando um dia por ali, retirou-se ao quarto do terraço e se deitou. 12Disse a seu servo Giezi: “Chama essa sunamita.” — Chamou-a e ela veio à sua presença. — 13Eliseu prosseguiu: “Dize-lhe: Tu nos trataste com todo desvelo. Que podemos fazer por ti? Queres que eu interceda por ti junto ao rei ou junto ao chefe do exército?” Mas ela respondeu: “Vivo no meio do meu povo.” 14Eliseu perguntou: “Então, que eu poderia fazer por ela?” Giezi respondeu: “Ela não tem filhos e seu marido já é idoso.” 15Disse Eliseu: “Chama-a”. — O servo a chamou e ela apareceu na porta. — 16E ele disse: “Daqui a um ano, nesta mesma época, terás um filho nos braços.” Mas ela retrucou: “Não, meu senhor, não enganes tua serva!” 17E a mulher concebeu e deu à luz um filho na mesma época’ que Eliseu lhe havia dito. 18O menino cresceu. Certo dia, foi ter com o pai junto dos ceifadores 19e disse a seu pai: “Ai, minha cabeça! ai, minha cabeça!” E o pai ordenou a um dos servos: “Leva-o para junto da mãe dele.” 20Este o tomou e o conduziu à mãe. O menino ficou nos joelhos da mãe até o meio-dia e depois

morreu. 21Ela subiu, colocou o menino sobre o leito do homem de Deus, fechou a porta atrás de si e saiu. 22Chamou o marido e disse-lhe: “Manda-me um dos servos com uma jumenta: vou depressa à casa do homem de Deus e volto.” 23Perguntou-lhe ele: “Por que vais ter com ele hoje? Não é neomênia nem sábado”? Mas ela respondeu: “Fica em paz.” 24Mandou selar a jumenta e disse ao servo: “Conduze-me e vai adiante. Não me detenhas pelo caminho, a não ser que eu te ordene.” 25Ela partiu e foi ter com o homem de Deus no monte Carmelo. Quando o homem de Deus a viu de longe, disse a Giezi, seu servo: “Lá está aquela sunamita. 26Corre-lhe ao encontro e pergunta: Estás bem? Teu marido vai bem? Teu filho está bem?” Ela respondeu: “Bem.” 27Chegando perto do homem de Deus na montanha, ela agarrou-lhe os pés. Giezi aproximou-se para afastá-la mas o homem de Deus disse: “Deixa-a, pois tem a alma amargurada e Iahweh mo encobriu e nada me revelou.” 28Ela disse: “Acaso eu pedi um filho a meu senhor? Não te havia pedido que não me enganasses?” 29Eliseu disse a Giezi: “Cinge teus rins, toma meu bastão na mão e parte! Se encontrares alguém, não o saúdes, e se alguém te saudar, não lhe respondas. Colocarás meu bastão” sobre o rosto do menino.” 30Mas a mãe do menino disse: “Tão certo como Iahweh vive e tu vives, eu não te deixarei!” Então ele se ergueu e a seguiu. 31Giezi, que os havia precedido, tinha colocado o bastão sobre o rosto do menino, mas ele não disse nada nem reagiu. Então o servo voltou para encontrar-se com Eliseu e informou-lhe: “O menino não despertou.” 32EIiseu chegou à casa; lá estava o menino morto e estendido sobre sua própria cama. 33Ele entrou, fechou a porta atrás deles dois e orou a Iahweh. 34Depois subiu à cama, deitou-se sobre o menino, pondo a boca sobre a dele, os olhos sobre os dele, as mãos sobre as dele, estendeu-se sobre ele e a carne do menino se aqueceu. 35Eliseu pôs-se a andar novamente de um lado para outro na casa, depois tornou a subir e se estendeu sobre ele, até sete vezes: então o menino espirrou e abriu os olhos. 36Eliseu chamou Giezi e disse-lhe: “Chama a sunamita.” Chamou-a e, quando ela chegou perto de Eliseu, este lhe disse: “Toma teu filho.” 37Ela entrou, lançou-se a seus pés e prostrou-se por terra; depois tomou seu filho e saiu.

A panela envenenada 38Eliseu voltou a Guilgal, quando a fome reinava na região.Estando os irmãos profetas sentados à sua frente, ele disse a seu servo: “Põe a panela grande no fogo e prepara uma sopa para os irmãos profetas.” 39Um deles saiu ao campo para apanhar verdura e encontrou videiras selvagens; colheu delas coloquíntidas, enchendo o manto. Voltou e cortou-as em pedaços dentro da panela de sopa, sem saber o que era. 40Distribuíram-na aos homens, para que comessem. Porém, logo que provaram da sopa, soltaram um grito: “Homem de Deus! a morte está na panela!” E não puderam mais comer. 41Então Eliseu disse: “Trazei-me farinha.” Jogou farinha na panela e disse: “Serve aos homens, para que comam.” — E já não havia nada de nocivo na panela.

A multiplicação dos pães 42Veio um homem de Baal-Salisa e trouxe para o homemde Deus pão das primícias, vinte pães de cevada e trigo novo em espiga. Eliseu ordenou: “Oferece a esta gente para que coma.” 43Mas seu servo respondeu: “Como hei de servir isso para cem pessoas?” Ele repetiu: “Oferece a esta gente para que coma, pois assim falou Iahweh: ‘Comerão e ainda sobrará.’ ” 44Serviu-lhos, eles comeram e ainda sobrou, segundo a palavra de Iahweh.