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Os benefícios

121Se queres fazer o bem, saibas a quem o fazes e teus benefícios não serão perdidos.2Faze o bem a um homem piedoso e terás a recompensa, se não dele, pelo menos do Altíssimo. 3Não haja benefícios para quem persevera no mal e nem para o que não dá esmola. 4Dá ao homem piedoso e não ajudes ao pecador. 5Faze o bem ao humilde e não dês nada ao ímpio. Recusa-lhe o pão, não lhe dês nada, para que ele não te domine. Porque encontrarás o dobro de males por todos os benefícios que fizeres a ele. 6Pois o próprio Altíssimo detesta os pecadores e aos ímpios infligirá um castigo. 7Dá ao homem bom e não ajudes o pecador.

Verdadeiros e falsos amigos

8Na prosperidade não se pode reconhecer o verdadeiro amigo, na adversidade o inimigo não pode fingir. 9Quando um homem é feliz, seus inimigos ficam na tristeza; na sua adversidade até o amigo desaparece. 10Não confies nunca em teu inimigo; como o cobre cria ferrugem, assim é a sua malícia. 11Mesmo que se humilhe e caminhe curvado, observa-o e guarda-te dele. Age com ele como quem limpa um espelho: saibas que sua ferrugem não permanecerá até o fim. 12Não o admitas ao teu lado, para que ele não te derrube e se ponha em teu lugar. Não o assentes à tua direita, para que ele não procure obter a tua cadeira e então, tarde demais, compreenderás as minhas palavras e gemerás sob o meu discurso. 13Quem terá dó do encantador que se faz morder pela serpente e de todos os que se aproximam das feras? 14Assim acontece com o que se associa ao pecador, com o que se deixa envolver nos seus pecados. 15Por uma hora ele ficará contigo, mas, se caíres, ele não se conterá mais. 16O inimigo só tem doçura nos lábios, mas no seu coração maquina jogar-te no abismo. O inimigo tem lágrimas nos olhos, mas, se tiver ocasião, o teu sangue não o saciará. 17Se te ocorre um infortúnio, tu o encontrarás ali contigo e como quem socorre agarrar-te-á pelo calcanhar. 18Sacudirá a cabeça, baterá palmas, porém, murmurando muito, mudará de semblante.