4 1Ela é o livro dos preceitos de Deus, a Lei que subsiste para sempre:todos os que a elase agarram destinam-se à vida, e os que a abandonarem perecerão. 2Volta-te, Jacó, para recebê-la; caminha para o esplendor, ao encontro de sua luz! 3Não cedas a outrem a tua glória, nem a um povo estrangeiro os teus privilégios. 4Bem-aventurados somos nós, ó Israel, pois aquilo que agrada a Deus a nós foi revelado.
III. Queixas e esperanças de Jerusalém
5Coragem, povo meu, memorial de Israel! 6Fostes vendidos às nações, mas não para vossa perdição. Por terdes excitado a ira de Deus fostes entregues a vossos adversários, 7pois havíeis exasperado a quem vos fez sacrificando a demônios e não a Deus. 8Esquecestes-vos de quem vos alimentou, o Deus eterno, e entristecestes também Jerusalém, que por vós se desvelou! 9EIa viu desabar sobre vós a ira, vinda de Deus, e disse: Escutai, vizinhas de Sião, Deus fez vir sobre mim uma aflição imensa. 10Eu vi o cativeiro de meus filhos e de minhas filhas, que a eles infligiu o Eterno. 11Eu os havia nutrido com alegria, mas no pranto e na aflição os vi partir. 12Que ninguém se alegre comigo, agora viúva e abandonada de tantos: fiquei deserta por causa dos pecados de meus filhos, porque se desviaram da Lei de Deus; 13não reconheceram os seus preceitos e não andaram pelos caminhos dos mandamentos de Deus, nem palmilharam as veredas da disciplina segundo a sua justiça. 14Aproximem-se as vizinhas de Sião! Lembrai-vos do cativeiro de meus filhos e filhas, que o Eterno lhes infligiu! 15Pois fez vir contra eles uma nação vinda de longe, uma nação insolente e de língua estranha, que não teve respeito pelo ancião nem piedade para com a criança; 16e arrebataram os filhos queridos da viúva e deixaram-na sozinha, privada de suas filhas. 17Mas eu, como poderia vir em vosso socorro? 18Aquele que vos infligiu estes males vos arrancará à mão dos vossos inimigos. 19Caminhai, meus filhos, caminhai! Quanto a mim, deixaram-me deserta: 20depus a vestimenta da paz e revesti-me do manto humilde de suplicante: gritarei ao Eterno por todos os meus dias. 21Coragem, meus filhos, clamai para Deus: ele vos arrancará ao domínio, à mão dos inimigos. 22Eu, porém, espero do Eterno a vossa salvação, e do Santo recebi uma alegria: a misericórdia virá logo para vós da parte do Eterno, vosso Salvador. 23Vi que partíeis na tristeza e no pranto, mas Deus vos restituirá a mim na alegria e no júbilo para sempre. 24Pois como agora vêem as vizinhas de Sião o vosso cativeiro assim elas verão em breve da parte de Deus a vossa salvação, a qual vos sobrevirá com a glória grandiosa e o esplendor do Eterno. 25Meus filhos, suportai a ira que sobre vós se abateu da parte de Deus. Teu inimigo te perseguiu, mas tu verás em breve a sua ruína e sobre suas nucas calcarás os pés. 26Meus filhos, alvo de tantos desvelos, caminharam por ásperos caminhos, arrebatados, como um rebanho assaltado
pelo inimigo. 27Mas coragem, meus filhos, e clamai a Deus: Aquele que vos infligiu estas coisas lembrar-se-á de vós. 28Assim como tivestes o pensamento de andar errantes, longe de Deus, esforçai-vos, tendo voltado para ele, dez vezes mais em procurá-lo. 29Pois aquele que vos infligiu estes males fará vir sobre vós, com a vossa salvação, a eterna alegria. 30Coragem, Jerusalém: consolar-te-á Aquele que te deu um nome. 31Infelizes os que te maltrataram e se rejubilaram com a tua queda! 32Infelizes as cidades das quais teus filhos foram escravos, infeliz aquela que recebeu teus filhos! 33Porquanto, assim como se rejubilou com a tua queda e se alegrou com a tua ruína, da mesma forma se afligirá com a sua própria devastação. 34Eu lhe arrebatarei a alegria da sua numerosa população e a sua insolência se mudará em tristeza, 35pois um fogo lhe advirá da parte do Eterno por longos dias, e ela será habitada por demônios durante muito tempo. 36Dirige teu olhar para o Oriente, Jerusalém, e vê a alegria que te vem da parte de Deus! 37Olha: estão chegando teus filhos, a quem viste partir; eles vêm, reunidos do nascente ao poente pela palavra do Santo, jubilando com a glória de Deus.