Vigílias do 1º Domingo da Quaresma


Invitatório

V. Abri os meus bios, ó Senhor.
R. E minha boca anuncia vosso louvor.

R. Cristo por nós foi tentado, sofreu e na Cruz morreu:
    Vinde todos, adoremos!

Convite ao louvor de Deus

Animai-vos uns aos outros, dia após dia, enquanto ainda se disser ‘hoje’ (Hb 3,13).

1 Vinde, exultemos de alegria no Senhor, *
aclamemos o Rochedo que nos salva!
2 Ao seu encontro caminhemos com louvores, *
e com cantos de alegria o celebremos!

R. Cristo por nós foi tentado, sofreu e na Cruz morreu:
    Vinde todos, adoremos!

3 Na verdade, o Senhor é o grande Deus, *
o grande Rei, muito maior que os deuses todos.
4 Tem nas mãos as profundezas dos abismos, *
e as alturas das montanhas lhe pertencem;
5 o mar é dele, pois foi ele quem o fez, *
e a terra firme suas mãos a modelaram.

R. Cristo por nós foi tentado, sofreu e na Cruz morreu:
    Vinde todos, adoremos!

6 Vinde adoremos e prostremo-nos por terra, *
e ajoelhemos ante o Deus que nos criou!
=7 Porque ele é o nosso Deus, nosso Pastor, †
e nós somos o seu povo e seu rebanho, *
as ovelhas que conduz com sua mão.

R. Cristo por nós foi tentado, sofreu e na Cruz morreu:
    Vinde todos, adoremos! 

=8 Oxa ouvísseis hoje a sua voz: †
“Não fecheis os corações como em Meriba, *
9 como em Massa, no deserto, aquele dia,
– em que outrora vossos pais me provocaram, *
apesar de terem visto as minhas obras”.

R. Cristo por nós foi tentado, sofreu e na Cruz morreu:
    Vinde todos, adoremos! 

=10Quarenta anos desgostou-me aquela raça †
e eu disse: “Eis um povo transviado, *
11 seu coração não conheceu os meus caminhos!”
– E por isso lhes jurei na minha ira: *
“Não entrarão no meu repouso prometido!”

R. Cristo por nós foi tentado, sofreu e na Cruz morreu:
    Vinde todos, adoremos! 

Demos glória a Deus Pai onipotente
e a seu Filho, Jesus Cristo, Senhor nosso, †
e ao Esrito que habita em nosso peito *
pelos culos dos culos. Amém.

R. Cristo por nós foi tentado, sofreu e na Cruz morreu:
    Vinde todos, adoremos! 

Hino

Seguindo o preceito místico, 
guardemos a abstinência
durante os quarenta dias
votados à penitência.  

A Lei e os Profetas dantes
cumpriram igual preceito,
Mas Cristo, no seu deserto,
viveu o jejum perfeito.

Usemos de modo sóbrio
da fala, bebida e pão,
do sono e do riso e, atentos,
peçamos a Deus perdão.

Fujamos do mal oculto
que os laços do amor desfaz;
à voz do tirano astuto
não demos lugar jamais. 

Ouvi, Unidade simples,
Trindade, Supremo Bem:
a graça da penitência
dê frutos em nós. Amém.

Ant. 1 A árvore da vida, ó Senhor, é a vossa cruz. 

Os dois caminhos do homem

Felizes aqueles que, pondo toda a sua esperança na Cruz, desceram até a água do batismo (Autor do séc. I). 

1 Feliz é todo aquele que não anda *
conforme os conselhos dos perversos;
– que não entra no caminho dos malvados, *
nem junto aos zombadores vai sentar-se;
2 mas encontra seu prazer na lei de Deus *
e a medita, dia e noite, sem cessar. 

3 Eis que ele é semelhante a uma árvore *
que à beira da torrente está plantada;
= ela sempre dá seus frutos a seu tempo, †
e jamais as suas folhas vão murchar. *
Eis que tudo o que ele faz vai prosperar, 

=4 mas bem outra é a sorte dos perversos. †
Ao contrário, são iguais à palha seca *
espalhada e dispersada pelo vento. 

5 Por isso os ímpios não resistem no juízo *
nem os perversos, na assembleia dos fiéis.
6 Pois Deus vigia o caminho dos eleitos, *
mas a estrada dos malvados leva à morte. 

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 

Ant. A árvore da vida, ó Senhor, é a vossa cruz. 

Ant. 2 Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei,
e em Sião, meu monte santo, o consagrei. 

O Messias, rei e vencedor  

Uniram-se contra Jesus, teu santo servo, a quem ungiste (At 4,27). 

1 Por que os povos agitados se revoltam? *
por que tramam as nações projetos vãos?
=2 Por que os reis de toda a terra se reúnem, †
e conspiram os governos todos juntos *
contra o Deus onipotente e o seu Ungido? 

3 “Vamos quebrar suas correntes”, dizem eles, *
“e lançar longe de nós o seu domínio!”
4 Ri-se deles o que mora lá nos céus; *
zomba deles o Senhor onipotente.
5 Ele, então, em sua ira os ameaça, *
e em seu furor os faz tremer, quando lhes diz: 

6 “Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei, *
e em Sião, meu monte santo, o consagrei!”
=7 O decreto do Senhor promulgarei, †
foi assim que me falou o Senhor Deus: *
“Tu és meu Filho, e eu hoje te gerei!

=8 Podes pedir-me, e em resposta eu te darei †
por tua herança os povos todos e as nações, *
e há de ser a terra inteira o teu domínio.
9 Com cetro férreo haverás de dominá-los, *
e quebrá-los como um vaso de argila!” 

10 E agora, poderosos, entendei; *
soberanos, aprendei esta lição:
11 Com temor servi a Deus, rendei-lhe glória *
e prestai-lhe homenagem com respeito! 

12 Se o irritais, perecereis pelo caminho, *
pois depressa se acende a sua ira!
– Felizes hão de ser todos aqueles *
que põem sua esperança no Senhor! 

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 

Ant. Fui eu mesmo que escolhi este meu Rei,
e em Sião, meu monte santo, o consagrei. 

Ant. 3 Sois vós o meu escudo protetor,
a minha glória que levanta minha cabeça. 

O Senhor é o meu protetor

Jesus adormeceu e ergueu-se do sono da morte, porque o Senhor era o seu protetor (Sto. Irineu). 

2 Quão numerosos, ó Senhor, os que me atacam; *
quanta gente se levanta contra mim!
3 Muitos dizem, comentando a meu respeito: *
“Ele não acha a salvação junto de Deus!” 

4 Mas sois vós o meu escudo protetor, *
a minha glória que levanta minha cabeça!
5 Quando eu chamei em alta voz pelo Senhor, *
do Monte santo ele me ouviu e respondeu. 

6 Eu me deito e adormeço bem tranquilo; *
acordo em paz, pois o Senhor é meu sustento.
7 Não terei medo de milhares que me cerquem *
e furiosos se levantem contra mim. 

= Levantai-vos, ó Senhor, vinde salvar-me! †
8 Vós que feristes em seu rosto os que me atacam, *
e quebrastes aos malvados os seus dentes.
9 Em vós, Senhor, nós encontramos salvação; *
e repouse a vossa bênção sobre o povo! 

– Glória ao Pai e ao Filho e ao Espírito Santo. *
Como era no princípio, agora e sempre. Amém. 

Ant. Sois vós o meu escudo protetor,
a minha glória que levanta minha cabeça. 

V. O homem não vive somente de pão,
R. Mas de toda a palavra da boca de Deus. 

Do Livro do Êxodo                 Ex 5,1–6,1 

Naqueles dias, 5,1Moisés e Aarão apresentaram-se ao Faraó e lhe disseram: “Assim disse o Senhor Deus de Israel: ‘Deixa o meu povo partir, para me oferecer sacrifícios no deserto!’”. 2Ele, porém, respondeu: “Quem é o Senhor, para que eu ouça a sua voz e deixe ir Israel? Não conheço o Senhor e não deixarei Israel partir”. 3Eles disseram: “O Deus dos hebreus veio ao nosso encontro. Deixa-nos ir a três dias de marcha no deserto, para oferecermos sacrifícios ao Senhor nosso Deus. Do contrário, a peste e a espada virão sobre vós”.4O rei do Egito respondeu-lhes: “Moisés e Aarão, por que distraís o povo de seus trabalhos? Ide para as vossas tarefas!” 5E o Faraó acrescentou: “A população do país é muito numerosa; vós vedes que a população aumentou, e quereis agora fazer com que interrompam suas tarefas?”

6Naquele mesmo dia o Faraó ordenou aos inspetores do povo e aos capatazes, dizendo: 7“Não forneçais mais palha ao povo para fazer tijolos, como fazíeis antes: que eles mesmos juntem a palha necessária. 8Exigi, porém, a mesma quantidade de tijolos que antes, sem diminuir nada. Pois são uns preguiçosos e por isso gritam, dizendo: ‘Vamos oferecer sacrifícios ao nosso Deus’. 9Carregai esses homens com mais trabalho, e que realizem suas tarefas; e não deis ouvidos a palavras mentirosas”.

10Os inspetores do povo e seus capatazes foram, pois, dizer ao povo: “Assim disse o Faraó: Não vos dou mais palha; 11ide e juntai-a vós mesmos onde a puderdes encontrar. E, nem por isso, se diminuirá em nada o vosso trabalho”. 12O povo, então, se dispersou por toda a terra do Egito em busca de palha. 13Mas os inspetores de obras os pressionavam, dizendo: “Completai a tarefa marcada para cada dia, como fazíeis quando vos davam palha”. 14E os inspetores do Faraó açoitaram os capatazes dos filhos de Israel, que eles haviam nomeado, alegando: “Por que não completastes nem ontem nem hoje a mesma quantidade de tijolos que fazíeis antes?”

15Então os capatazes dos filhos de Israel foram se queixar ao Faraó, e clamaram: “Por que tratas assim os teus servos? 16Não nos fornecem palha, e exigem a mesma quantidade de tijolos; nós, os teus servos, somos açoitados, mas o culpado é o teu povo”. 17O Faraó respondeu: “Sois uns preguiçosos e por isso dizeis: ‘Vamos oferecer sacrifícios ao Senhor’. 18E, agora, ide trabalhar! Não vos será dada a palha, mas deveis produzir a mesma quantidade de tijolos”.

19Os capatazes dos filhos de Israel viram-se em má situação, porque lhes diziam: “Nada se diminuirá do número de tijolos que haveis de fornecer cada dia”.20Quando saíram da presença do Faraó, encontraram Moisés e Aarão, que estavam à espera deles, 21e lhes disseram: “Que o Senhor vos examine e vos julgue, pois nos tornastes odiosos aos olhos do Faraó e de seus servos, e lhes pusestes na mão a espada para nos matar”. 22Então Moisés voltou-se para o Senhor e disse: “Senhor, por que afligiste este povo? Por que me enviaste? 23Pois, desde que me apresentei ao Faraó para lhe falar em teu nome, ele tem atormentado o teu povo e tu de modo algum o libertaste”.

6,1E o Senhor disse a Moisés: “Agora verás o que eu vou fazer ao Faraó. Por mão forte deixará partir os filhos de Israel, e será mesmo coagido a expulsá-los da sua terra”. 

R. Moisés dirigiu-se ao Faraó e lhe disse:
* Deixa ir o meu povo para que, no deserto,
 me faça uma festa.
V. O Deus dos hebreus mandou-me dizer-te: * Deixa ir. 

Dos Comentários sobre os Salmos, de Santo Agostinho, bispo
(Ps 60, 2-3:CCL39,766)            (Séc.V) 

Ouvi, ó Deus, a minha súplica, atendei a minha oração (Sl 60,2). Quem é que fala assim? Parece ser um só: Dos confins da terra a vós eu clamo, e em mim o coração já desfalece (Sl 60,3). Então já não é um só, e contudo é somente um, porque o Cristo, de quem todos somos membros, é um só. Como pode um único homem clamar dos confins da terra? Quem clama dos confins da terra é aquela herança a respeito da qual foi dito ao próprio Filho: Pede-me e te darei as nações como herança e os confins da terra por domínio (Sl 2,8).

Portanto, é esse domínio de Cristo, essa herança de Cristo, esse corpo de Cristo, essa Igreja de Cristo, essa unidade que somos nós, que clama dos confins da terra. E o que clama? O que eu disse acima: Ouvi, ó Deus, a minha súplica, atendei a minha oração; dos confins da terra a vós eu clamo. Sim, clamei a vós dos confins da terra, isto é, de toda parte.

Mas por que clamei? Porque em mim o coração já desfalece. Revela com estas palavras que ele está presente a todos os povos no mundo inteiro, não rodeado de grande glória mas no meio de grandes tentações. Com efeito, nossa vida, enquanto somos peregrinos neste mundo, não pode estar livre de tentações, pois é através delas que se realiza nosso progresso e ninguém pode conhecer-se a si mesmo sem ter sido tentado. Ninguém pode vencer sem ter combatido, nem pode combater se não tiver inimigo e tentações.

Aquele que clama dos confins da terra está angustiado, mas não está abandonado. Porque foi a nós mesmos, que somos o seu corpo, que o Senhor quis prefigurar em seu próprio corpo, no qual já morreu, ressuscitou e subiu ao céu, para que os membros tenham a certeza de chegar também aonde a cabeça os precedeu.

Portanto, o Senhor nos representou em sua pessoa quando quis ser tentado por Satanás. Líamos há pouco no Evangelho que nosso Senhor Jesus Cristo foi tentado pelo demônio no deserto. De fato, Cristo foi tentado pelo demônio. Mas em Cristo também tu eras tentado, porque ele assumiu a tua condição humana, para te dar a sua salvação; assumiu a tua morte, para te dar a sua vida; assumiu os teus ultrajes, para te dar a sua glória; por conseguinte, assumiu as tuas tentações, para te dar a sua vitória.

Se nele fomos tentados, nele também vencemos o demônio. Consideras que o Cristo foi tentado e não consideras que ele venceu? Reconhece-te nele em sua tentação, reconhece-te nele em sua vitória. O Senhor poderia impedir o demônio de aproximar-se dele; mas, se não fosse tentado, não te daria o exemplo de como vencer na tentação. 

R. Farão guerra contra ti, mas não te vencerão.
* Porque eu, diz o Senhor, contigo estarei
e eu hei de te livrar.
V. Da espada escaparás e tua vida salvarás.
* Porque eu, diz o Senhor, contigo estarei
e eu hei de te livrar. 

Ant. Convertei-nos para vós, ó Senhor e nos converteremos;
renovai os nossos dias, como outrora!

Lamentação em tempo de fome e de guerra

O Reino de Deus está próximo. Convertei-vos e crede no Evangelho! (Mc 1,15). 

17Os meus olhos, noite e dia, *
chorem lágrimas sem fim;
= pois sofreu um golpe horrível, †
foi ferida gravemente *
a virgem filha do meu povo! 

18 Se eu saio para os campos, *
eis os mortos à espada;
– se eu entro na cidade, *
eis as vítimas da fome! 

= Até o profeta e o sacerdote †
perambulam pela terra *
sem saber o que se passa.
19 Rejeitastes, por acaso, *
a Judá inteiramente? 

– Por acaso a vossa alma *
desgostou-se de Sião?
– Por que feristes vosso povo *
de um mal que não tem cura? 

– Esperávamos a paz, *
e não chegou nada de bom;
– e o tempo de reerguer-nos, *
mas só vemos o terror! 

=20 Conhecemos nossas culpas †
e as de nossos ancestrais, *
pois pecamos contra vós!
– Por amor de vosso nome, *
ó Senhor, não nos deixeis! 

– 21 Não deixeis que se profane *
vosso trono glorioso!
– Recordai-vos, ó Senhor! *
Não rompais vossa Aliança! 

Deus renovará o seu povo

Eles serão o seu povo, e o próprio Deus estará com eles (Ap 21,3). 

=24 Haverei de retirar-vos do meio das nações, †
haverei de reunir-vos de todos os países, *
e de volta eu levarei todos vós à vossa terra.
=25 Haverei de derramar sobre vós uma água pura, †
e de vossas imundícies sereis purificados; *
sim, sereis purificados de toda a idolatria. 

=26 Dar-vos-ei um novo espírito e um novo coração; †
tirarei de vosso peito este coração de pedra, *
no lugar colocarei novo coração de carne.
=27 Haverei de derramar meu Espírito em vós †
e farei que caminheis obedecendo a meus preceitos, *
que observeis meus mandamentos e guardeis a minha Lei. 

=28 E havereis de habitar aquela terra prometida, †
que nos tempos do passado eu doei a vossos pais, *
e sereis sempre o meu povo e eu serei o vosso Deus! 

Oração na tribulação

Em toda parte e sempre levamos em nós mesmos os sofrimentos mortais de Jesus, para que também a vida de Jesus seja manifestada em nossa frágil natureza (2Cor 4,10).

– 1 Senhor, lembrai-vos do que nos sucedeu, *
olhai e vede a nossa humilhação!
– 2 Nossa herança ficou com estrangeiros, *
nossas casas passaram a mãos estranhas! 

– 3 Somos órfãos, pois já não temos pai, *
nossas mães se tornaram quais viúvas!
– 4 Nossa água, compramos por dinheiro, *
nossa lenha nos custa um alto preço! 

– 5 Perseguidos, com a canga no pescoço, *
sem repouso, estamos esgotados!
– 6 Ao Egito e à terra dos Assírios *
estendemos a mão para ter pão. 

– 7 Pecaram os pais, já não existem; *
levamos as culpas dos seus crimes.
– 15 A alegria fugiu dos corações, *
converteu-se em luto a nossa dança! 

– 16 A coroa caiu-nos da cabeça, *
infelizes de nós, porque pecamos!
– 17 Amargurou-se o nosso coração, *
nossos olhos estão anuviados! 

– 19 Ó Senhor, vós reinais eternamente, *
vosso trono perdura para sempre!
– 20 Por que persistir em esquecer-nos? *
Por que, para sempre, abandonar-nos? 

– 21 Convertei-nos a vós e voltaremos, *
renovai nossos dias, como outrora! 

Ant. Convertei-nos para vós, ó Senhor e nos converteremos;
renovai os nossos dias, como outrora! 

Leitura do Evangelho de Jesus Cristo segundo Lucas             13,22-3 

Naquele tempo:22 Jesus atravessava cidades e povoados, ensinando e prosseguindo o caminho para Jerusalém. 23 Alguém lhe perguntou: “Senhor, é verdade que são poucos os que se salvam?” Jesus respondeu: 24“Fazei todo esforço possível para entrar pela porta estreita. Porque eu vos digo que muitos tentarão entrar e não conseguirão. 25 Uma vez que o dono da casa se levantar e fechar a porta, vós, do lado de fora, começareis a bater, dizendo: ‘Senhor, abre-nos a porta!’ Ele responderá: ‘Não sei de onde sois.’ 26 Então começareis a dizer: ‘Nós comemos e bebemos diante de ti, e tu ensinaste em nossas praças!’ 27 Ele, porém, responderá: ‘Não sei de onde sois. Afastai-vos de mim todos vós que praticais a injustiça!’ 28 Ali haverá choro e ranger de dentes, quando virdes Abraão, Isaac e Jacó, junto com todos os profetas no Reino de Deus, e vós, porém, sendo lançados fora. 29 Virão homens do oriente e do ocidente, do norte e do sul, e tomarão lugar à mesa no Reino de Deus. 30 E assim há últimos que serão primeiros, e primeiros que serão últimos.”

31 Naquela hora, alguns fariseus aproximaram-se e disseram a Jesus: “Tu deves ir embora daqui, porque Herodes quer te matar.” 32 Jesus disse: “Ide dizer a essa raposa: eu expulso demônios e faço curas hoje e amanhã; e no terceiro dia terminarei o meu trabalho. 33 Entretanto, preciso caminhar hoje, amanhã e depois de amanhã, porque não convém que um profeta morra fora de Jerusalém.

Concedei-nos, ó Deus onipotente, que, ao longo desta Quaresma, possamos progredir no conhecimento de Jesus Cristo e corresponder ao seu amor por uma vida santa. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.    

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.


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