V. Vinde, ó Deus, em meu aulio.
R. Socorrei-me sem demora.
Glória ao Pai e ao Filho e ao Esrito Santo. *
Como era no prinpio, agora e sempre. Amém. Aleluia.

Hino

Cristo Pastor, modelo dos pastores,
comemorando a festa deste Santo,
a multidão fiel e jubilosa,
vosso louvor celebra neste canto.

Vossas ovelhas, que a São Pedro destes
para guardar, formando um só rebanho,
ele as regeu, por vossa escolha ungido,
e as protegeu contra qualquer rebanho.

Do seu rebanho foi pastor e exemplo,
ao pobre alívio e para os cegos luz,
pai carinhoso, tudo para todos,
seguindo em tudo o Bom Pastor Jesus.

Cristo, que aos santos dais nos céus o prêmio,
com vossa glória os coroando assim,
dai-nos seguir os passos deste mestre
e ter um dia um semelhante fim.

Justo louvor ao Sumo Pai cantemos,
e a vós, Jesus, Eterno Rei, também.
Honra e poder ao vosso Santo Espírito
no mundo inteiro, agora e sempre. Amém.

Salmodia

Ant. 1 O Senhor convocou o céu e a terra,
para fazer o julgamento do seu povo.

Salmo 49(50)

O culto que agrada a Deus

Não vim revogar a Lei, mas consumar (cf. Mt 5,17).

I

1 Falou o Senhor Deus, chamou a terra, *
do sol nascente ao sol poente a convocou.
2 De Sião, beleza plena, Deus refulge, *
3 vem a nós o nosso Deus e não se cala.

– À sua frente vem um fogo abrasador, *
ao seu redor, a tempestade violenta.
4 Ele convoca céu e terra ao julgamento, *
para fazer o julgamento do seu povo:

5 “Reuni à minha frente os meus eleitos, *
que selaram a Aliança em sacrifícios!”
6 Testemunha o próprio céu seu julgamento, *
porque Deus mesmo é juiz e vai julgar.

Ant. O Senhor convocou o céu e a terra,
para fazer o julgamento do seu povo.

Ant. 2 Invoca-me no dia da angústia,
e então haverei de te livrar.

II

=7 “Escuta, ó meu povo, eu vou falar; †
ouve, Israel, eu testemunho contra ti: *
Eu, o Senhor, somente eu, sou o teu Deus!

8 Eu não venho censurar teus sacrifícios, *
pois sempre estão perante mim teus holocaustos;
9 não preciso dos novilhos de tua casa *
nem dos carneiros que estão nos teus rebanhos. –

10 Porque as feras da floresta me pertencem *
e os animais que estão nos montes aos milhares.
11 Conheço os pássaros que voam pelos céus *
e os seres vivos que se movem pelos campos.

12 Não te diria, se com fome eu estivesse, *
porque é meu o universo e todo ser.
13 Porventura comerei carne de touros? *
Beberei, acaso, o sangue de carneiros?

14 Imola a Deus um sacrifício de louvor *
e cumpre os votos que fizeste ao Altíssimo.
15 Invoca-me no dia da angústia, *
e então te livrarei e hás de louvar-me”.

Ant. Invoca-me no dia da angústia,
e então haverei de te livrar.

Ant. 3 O sacricio de louvor é que me honra.

III

=16 Mas ao ímpio é assim que Deus pergunta: †
“Como ousas repetir os meus preceitos *
e trazer minha Aliança em tua boca?

17 Tu que odiaste minhas leis e meus conselhos *
e deste as costas às palavras dos meus lábios!
18 Quando vias um ladrão, tu o seguias *
e te juntavas ao convívio dos adúlteros.

19 Tua boca se abriu para a maldade *
e tua língua maquinava a falsidade.
20 Assentado, difamavas teu irmão, *
e ao filho de tua mãe injuriavas.

21 Diante disso que fizeste, eu calarei? *
Acaso pensas que eu sou igual a ti?
– É disso que te acuso e repreendo *
e manifesto essas coisas aos teus olhos.

=22 Entendei isto, todos vós que esqueceis Deus, †
para que eu não arrebate a vossa vida, *
sem que haja mais ninguém para salvar-vos!

23 Quem me oferece um sacrifício de louvor, *
este sim é que me honra de verdade.
– A todo homem que procede retamente, *
eu mostrarei a salvação que vem de Deus”.

Ant. O sacricio de louvor é que me honra.

V. Não cessamos de orar e interceder por vós, irmãos,
R. Para que possais chegar ao mais pleno conhecer da vontade do Senhor.

Primeira leitura

Do Livro do Profeta Isaías 37,21-35

Oráculo de Isaías contra o rei da Assíria

21 Isaías, filho de Amós, mandou dizer a Ezequias: “Isto diz o Senhor, Deus de Israel: Quanto à

súplica que me fizeste sobre assuntos relacionados com Senaquerib, rei dos assírios, 22esta é a

resposta que sobre ele deu o Senhor:

Desprezou-te, zombou de ti a filha de Sião;

a cidade de Jerusalém sacudiu a cabeça por trás de ti.

23 E tu, ó rei, a quem censuraste e ultrajaste?

E contra quem levantaste a voz

e em quem puseste os olhos do alto de tua soberba?

Não foi contra o Santo de Israel?

24 Por meio dos teus servos desafiaste o Senhor

e disseste: ‘Com a multidão dos meus carros

passei por cima dos montes e das alturas do Líbano;

cortei a copa dos seus cedros

e de seus mais belos abetos,

penetrei em suas partes altas

e no coração da mata.

25 Cavei em terra estrangeira para beber água

e com a marca do meu pé fiz secar

todos os rios do Egito’.

26 Acaso, ó rei, não ouviste dizer?

Eu há tempos fiz tudo isso,

decidi outrora o que agora executo:

o extermínio das cidades fortificadas,

até se reduzirem a montões de pedras.

27 Os seus habitantes, reduzidos a grupos,

tremiam de medo e confusão;

ficaram como capim do mato,

como a grama nova ou a nascida nos tetos,

que seca ao soprar o vento sul.

28 Eu sei quando estás em casa,

quando sais e quando entras,

conheço tuas atitudes contra mim.

29 Quando te irritares contra mim

e a voz da tua soberba chegar aos meus ouvidos,

porei uma argola em teu nariz

e um freio nos teus lábios,

e te farei voltar pelo caminho por onde vieste.

30 Quanto a ti, Israel, segue esta indicação:

Este ano, será alimento o que for colhido,

no ano seguinte, só o que for nascido espontaneamente,

e no terceiro ano, deveis semear e colher,

plantar vinhas e consumir os frutos.

31 O que for salvo da casa de Judá,

o que restar, criará raiz no solo

e dará frutos nos ramos.

32 De Jerusalém sairá o último resto

e do monte Sião, o grupo dos salvos.

O desvelo do Senhor dos exércitos o realizará.

33 Eis agora o que diz o Senhor do rei dos assírios:

Ele não invadirá esta cidade,

não desfechará um tiro de flecha,

não encostará nela o escudo,

não porá contra ela sua máquina de guerra.

34 Ele voltará pelo caminho por onde veio,

e não entrará nesta cidade, diz o Senhor.

35 Hei de protegê-la e salvá-la,

prometo por mim e pelo meu servo Davi”.

Responsório Is 52,9b-10

R. O Senhor compadeceu-se de seu povo
e redimiu Jerusalém.
* Os confins de toda a terra hão de ver
a salvação de nosso Deus.
V. O Senhor manifestou seu santo braço,
ante os olhos das nações. * Os confins.

Segunda leitura

Da Constituição Apostólica Divino aflatu, de São Pio X, papa

(AAS3[1911],633-635)            (Séc.XX)

A voz da Igreja que canta suavemente

Compostos por divina inspiração, os salmos colecionados na Sagrada Escritura foram desde os inícios da Igreja empregados, como se sabe, não apenas para alimentar maravilhosamente a piedade dos fiéis que ofereciam sempre a Deus o sacrifício de louvor, isto é, o fruto dos lábios que louvam seu nome (cf. Hb 13,15; Os 14,3); mas também, como já era costume na antiga Lei, para ocupar lugar eminente na sagrada liturgia e no ofício divino. Daí nasceu, na expressão de Basílio, “a voz da Igreja” e a salmodia. Salmodia que é “filha de sua hino dia, que sempre a Igreja canta diante do trono de Deus e do Cordeiro”, como expõe nosso predecessor Urbano VI. Assim a Igreja ensina aos homens particularmente devotados ao culto divino, conforme as palavras de Atanásio, “de que modo se deve louvar o Senhor e com que palavras dignamente” confessá-lo. A este respeito disse muito bem Agostinho:“Para ser bem louvado pelo homem, Deus mesmo se louvou; e, aceitando louvar-se, deu ao homem encontrar o modo de louvá-lo”. 

Além disto, nos salmos há uma maravilhosa força para despertar nos corações o desejo de todas as virtudes. Pois, “embora toda a nossa Escritura, tanto a antiga quanto a nova, seja inspirada por Deus e útil para a instrução, como está escrito (cf. 2Tm 3,16), o livro dos salmos porém, semelhante a um paraíso, que contém em si os frutos dos demais livros, produz o canto, e, ainda mais, oferece seus próprios frutos unidos aos dos outros durante a salmodia”. Essas palavras são novamente de Atanásio, que acrescenta: “A mim me parece que os salmos são como um espelho para quem salmodia, onde este se contempla a si e os movimentos de seu espírito, e, assim impressionado, os recita”. Também diz Agostinho nas Confissões: “Como chorei por causa de teus hinos e cânticos, vivamente comovido pelas suaves palavras do canto de tua Igreja! As palavras fluíam em meus ouvidos e instilava-se a verdade em meu coração, fazendo arder a piedade; corriam-me as lágrimas e sentia-me bem com elas”. 

Na verdade, a quem não comovem aquelas frequentes passagens dos salmos onde se canta profundamente a imensa majestade de Deus, a onipotência, a indizível justiça,a bondade ou a clemência e todos os outros infinitos louvores? A quem não inspiram iguais sentimentos as ações de graças pelos benefícios recebidos de Deus, ou as humildes e confiantes preces pelo que se deseja, ou os clamores do arrependimento dos pecados? A quem não inflama a cuidadosamente velada imagem do Cristo Redentor “cuja voz ouvia Agostinho em todos os salmos a salmodiar, a gemer, a alegrar-se na esperança ou a suspirar pela realização?”

Responsório             1Ts 2,4.3

R. Como Deus nos julgou dignos
de confiar-nos o Evangelho,
nós falamos deste modo.
* Não buscamos agradar aos homens, mas a Deus.
V. A nossa exortação nada tem de falsidade,
de impureza ou de mentira. * Não buscamos.

Oração

Ó Deus, que para defender a fé católica e restaurar todas as coisas em Cristo, cumulastes o papa São Pio X de sabedoria divina e coragem apostólica, fazei-nos alcançar o prêmio eterno, dóceis às suas instruções e seus exemplos. Por nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, na unidade do Espírito Santo.

Conclusão da Hora

V. Bendigamos ao Senhor.
R. Graças a Deus.